sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Seis anos




  Hoje, faz seis anos que te conheci, que me apaixonei, que estamos juntos. O engraçado é que parece que foi ontem que te conheci. Começamos na brincadeira, sem qualquer compromisso e hoje, praticamente, estamos casados.
  Só posso dizer que fui feliz, sou feliz, embora haja muitos altos e baixos, mas, isso faz parte de um relacionamento. A vida não é um mar de rosas. É cheia de altos e baixos e conosco, não podia ser diferente.
  O que mais gosto na gente é que somos, antes de tudo, bons amigos, bons cúmplices do nosso delicioso pecado. Respeitamos e admiramos um ao outro, elementos fundamentais para uma relação estável.
  É claro, que se me perguntassem, gostaria que tivesse alguns ajustes, como você ser mais carinhosa, menos implicante, mais centrada, não tão instável.... Mas, com o passar do tempo aprendi a respeitar e aceitar como és, mas, no fundo, bem no fundinho, ainda guardo o sonho de que um dia você vai mudar.
  Adoro os programas semanais que fizemos juntos com cinema, shopping e almoçar fora. Amo quando você vai para cozinha e prepara deliciosas comidinhas para teu este teu gordinho - tudo bem, estou de dieta, não precisa reclamar tanto. Quando você me serve frutinhas ou sorvete de sobremesa. Mas, o melhor é quando fazes batinha frita quase crua, bem como eu gosto; batatas que você corta, frita, nada de pré-pronta, pois sabes que não gosto muito. Também amo quando seguras minha mão direita ao assistir televisão ou cinema, fazendo massagem no meu corte, na minha mão aleijada.  Adoro quando chego em casa e você grita mor, mor, mor e me recebe com um selinho.
  Ouso dizer que gosto até dos teus defeitos, de você falar demais e quase me deixar tonto. De ser minuciosa ao contar seu dia a dia, melhor, a semana, uma vez que só nos vemos nos finais de semana. Haja paciência para ouvir o relatório semanal, mas, no fundo gosto e dou boas risadas interiormente. Admiro sua necessidade de falar, enquanto eu sou tão calado. Me esforço para falar, dividir meu dia com você, mas, sou muito contido, reservado. Sei que não sou perfeito, mas, tento ao máximo fazer você feliz, tenha certeza disso.
  Espero ter o prazer de conviver, de dividir meus dias com vocês, por muitos e muitos anos, no mínimo, mais seis. Mas, confesso fui mais além e já imaginei nos dois velinhos: você falando sozinha pelos quantos da casa enquanto eu, meio surdinho, dormindo sentado na frente da televisão. Parabéns para nós, afinal hoje é nosso dia. 

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Resoluções de final de ano

  Quarta-feira, dia 15, comecei a concretizar minhas resoluções de final de ano. Já era mais que hora, afinal, 2011 já ta chegando.
  A primeira foi criar vergonha e finalmente assumir que estou gordinho e preciso urgente uma dieta. Ou seja, assumi e fechei hoje. É lógico que tive que pedir auxílio para uma nutricionista, minha clínica geral. Além de doutora, uma excelente amiga. O bom é que toda semana tenho que ir lá me pesar. Se não perder peso, morro de vergonha da doutora. Além dos quilos a mais, ela também esta cuidando da minha saúde, dos exames que fiquei de recuperação.
  Estou sob tratamento médico por seis meses. Ah! Comecei a caminhar no Parque. Hoje caminhei mais de uma hora. Pode parecer pouco, mas, para quem é tri sedentário é muito. To com as pernas moles. Risos.
  O segundo passo foi rever os amigos. Comecei pela Marilise. Tomamos um excelente café, no Café Nobre, regado a muita conversa, afinal, fazia meses que a gente não se via. Foi ótimo matar a saudade desta amiga que eu amo. Agora resta rever minha loira do coração, a Vanessa, e meu amigo Luis. Este último, tenho vergonha, pois há mais de seis vezes venho dando cano nele. Que feio né!
  Sexta vou à Porto Alegre comemorar os seis meses de namoro e passar meu aniversário lá. Retorno na segunda, pois na terça tenho dentista de manhã cedinho.
  Parece que foi ontem que comecei a namorar. O tempo passou rápido demais. E, já me sinto sócio da empresa Transporte Caxiense, principalmente dos motoristas. Conheço quase todos. Risos.
  Semana que vem quero ir à São Marcos levar os presentes do meu sobrinho. Ia mandar pela minha mãe, mas, quero ver a reação dele ao receber tantos pacotinhos, principalmente, por saber que ele vai amar. Ao todo, são 12 minisséries televisivas, entre elas Fringe, Bonés, Supernatural, Friends... Já minha afilhada, optou por dinheiro. Não tive o prazer de escolher seus presentes. Agora é saber que quantia dar. Help!
  Agora, de férias, fico pensando e planejando o que fazer para ocupar as horas. Tenho lido, ouvido música, caminhado e, mesmo assim, as horas não passam. Que saudades do serviço. O pior que volto só em março, talvez em fevereiro, fato que estou torcendo para que sim. Enquanto o ano novo não chega, é continuar realizando minhas resoluções de final de ano e saber onde será o Natal, Ano Novo e para que praia ir em janeiro.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Organizando a casa e o corpo

  Uma semana após o início do tratamento contra o colesterol e ter começado a dieta, me sinto faminto, desesperado por doces e outras guloseimas. O pior, em uma semana só perdi um quilinho.
 Ando viciado em médicos. Em uma semana, parece mentira, mas fui sete vezes a consultórios, ora para fazer exames, ora para mostrar os resultados, além de ter que voltar para fazer novos exames.  Pode?

 O novo remédio para a pressão tem acabado comigo. Fico azedo, com a garganta arranhada, tossindo toda hora, além de uma dor de cabeça medonha. Se continuar assim vou pedir ao meu cardiologista para trocar. A troca de medicamento aconteceu devido ao anterior não estar fazendo mais efeito. Até aí tudo bem! Só que separando para doar o remédio descubro que na farmácia onde comprei me deram o medicamento errado, ou seja, o meu era de 50mg, e me venderam um de 25mg. Pudera que não estivesse fazendo efeito. Com que cara vou ficar ao dizer ao médico que tava tomando o remédio em dosagem menor. 

 Quando saio de casa, tenho optado por sair a pé, para caminhar, fazer algum exercício, já que sou tri sedentário. Abrigo tornou-se meu uniforme. Mas, caminhar com este calor, não tem sido fácil. Basta algumas quadras e estou todo suado. Mas, faz parte.

 Quanto ao emprego, optei pelo velho, a continuar pelo mesmo. Devo recomeçar em março, talvez em fevereiro, aí pela metade do mês. O problema é saber administrar o que fazer com tanto tempo livre, com tantas férias. Entrei sexta e já estou cansado de não fazer nada. Risos!
 Nestes dois dias de folga, tenho assistido a diversos dvds musicais que comprei, escutado diversos cds e planejado rever amigos. Sexta mesmo fui a um churrasco na casa do Batista. Conversei, ri muito, me diverti para valer e já combinamos outra reunião de amigos. 

 Esta semana mesmo tenho que agendar um café com a Marilise e outro com a Vanessa, um janta com Luiz, cinema com Cainã... E, ainda, quero aproveitar para arrumar meu quarto, tirar o pó dos meus cds e dvds, arrumar o guarda roupa, doar algumas que não estou mais usando.  

 Para finalizar, planejar o que farei nestas longas férias, aonde ir, estas coisas, além, é claro, de comprar os presentes de Natal que já esta aí. O bom que já me antecipei e comprei quase todos: roupas para mãe, dinheiro para Fernanda, dvds para o Rodolfo. Família pequena também é bom, rapidinho todas as lembranças estão compradas.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Meu mundo caiu

 Quase véspera do meu aniversário, percebo que a vida não vai bem na aldeia. Primeiramente a empresa onde trabalho entrou em férias. Só reabre ano que vem, em março, em Farroupilha. O que fazer até lá já que não serei remunerado. Help! Será umas férias minguadas. Ainda bem que tenho umas economias. Sorte que fui prevenido e comprei os presentes de Natal todos com antecedência, inclusive, estão pagos.

 Seguidamente, estou com duas propostas de empregos. A primeira é no antigo local em que trabalhava. Gosto muito de lá, dos colegas que deixei, dos administradores, mas, quando me lembro que terei que trabalhar de domingo a domingo desanimo. O pior que eles querem que eu comece já, este mês. O Segundo convite partiu de uma amiga que adoro. A proposta é tentadora, inovadora, mas, confesso que fiquei recioso, pois é só comissionado, sem carteira assinada. Que sufoco! Já o local que trabalho, eu amo. Não é a toa que estou lá há 11 anos. Mas, ficar dois meses contado dindin não é, ou será fácil.

 E, os problemas não para por aí. Meu relacionamento não vai lá estas coisas. Sempre sonhei com uma pessoa romântica, meiga, gentil, mas, quando percebo estou enamorado de uma fera, um ogro há quase seis anos. Ela é bipolar, oras está um doce, oras um mostro, um poço de grossura. Sem contar a incrível mania de gastar todo salário em minutos, em uma semana. Depois passa o resto do mês azeda. E, agora, em dezembro, para completar, tem auditoria no hospital. Daí sim ela virá um bicho e quem sofre sou eu. Não vejo hora de chegar dia nove para a vida voltar ao normal. Tenho até medo de ir este final de semana à Porto Alegre. Existe 99% de chance de brigarmos por qualquer bobagem. Mas, Porto aqui vou eu.

 O pior, vem agora. Fiz meus exames de rotina no início da semana e rodei em todos, fiquei em recuperação, segunda época. Tudo bem que estou gordinho, acima, do peso, com roliços e substanciosos 95 quilos, mas, não passar em exames como triglicerídios, glicose, entre outros é dose. Lá vem remédios, dietas e exercícios. Tudo bem, dieta to precisando mesmo, to ate indo na nutricionista para perder peso, mas, exercícios e remédios ninguém merece. Mas, bem feito, quem mandou eu ser desleixado no inverno. Agora é colher o que plantei. Amanhã mesmo tenho exames do coração. Vamos ver se o cardiologista vai me liberar para alguma atividade física além de caminhar. Depois conto as novidades!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O tempo não para

  Estou impressionado com a rapidez que as horas, os dias, os anos estão passando. Há pouco tinha 18 anos. Quando me deparei comigo mesmo, já estava com 30 anos. Daqui a 32 dias já estarei na fase do “enta”, do quarentão, cinquentão,... E o pior, me sinto como um meninão, como se tivesse, no máximo, 25 anos.

  Olhando um pouco mais para trás, vejo o quanto meus sobrinhos cresceram. A Fernanda, que vi nascer, ajudei a cuidar, já está com 23 anos. Parece que foi ontem que eu corria para as Americanas, em Porto Alegre, atrás de brinquedos e bonecas, principalmente, da Xuxa.

  O mesmo acontece com o Rodolfo. O guri apaixonado por Legos, hoje só quer saber de mini-séries televisivas. E o pior, eu também. Comprei para ele as cinco temporadas de Boné. Não resisti e já estou terminando a quarta temporada. To louco para começar a quinta.

  Minha mãe mesmo, que até então não parecia envelhecer, fiquei assustado quando ela disse que já iria fazer 70 anos. Para mim, o tempo não passou para ela. Ela continua linda e jovem. Notei que os anos passaram de tanto ela reclamar de dor nos braços e em outros lugares. Todos os dias surge uma dor nova. Até então, para mim, ela era uma jovem senhora. Imaginem como eu vou ficar: Jean das Dores. Risos.

  Meu pai parece que foi ontem, mas já faz nove anos que ele faleceu. Sou capaz ainda de sentir o seu cheiro no meu quarto ou quando entro no meu apartamento. Ainda sinto-o tão presente. Em Finados, quando fui conversar com ele em São Marcos, no cemitério, ainda não acreditava que seu corpo estava lá. Tenho sempre a impressão de que, quando menos espero, vou encontrar com ele em casa ao chegar.

  Eu mesmo, to com uma barriguinha indecente, os cabelos estão ficando ralos e os pelos das pernas começaram a cair. Pode? Só posso dizer que o tempo não para e a idade não vem sozinha.

sábado, 23 de outubro de 2010

Brejeirice e samba

  Sou apaixonado por música. Quem acompanho meu blog já deve saber. Seguido escrevo um texto sobre música. Desta vez, não será diferente. Acabei de adquirir dois cds que merecem ser comentados.
  
 Primeiro, antes de tudo, vale ressaltar que sou apaixonado por vozes femininas. Então, nada mais justo do que começar com ela, Vanessa da Mata. Ela acaba de lançar “Bicicletas, bolos e outras alegrias”, pela Sony. A poesia apaixonado e brejeira desta mineira de 34 anos passeia por todas as 12 faixas do cd, o quinto de sua carreira.
  
 A primeira faixa, “O tal casal”, tem tudo para tocar nas rádios e se tornar o primeiro sucesso deste disco. De letra romântica e versos simples, como diz o próprio título, a música fala de um casal apaixonado. E o romantismo persiste em canções como “Te amo”, “Vê se fica bem” e “As palavras”. 
  
 O humor e o deboche de Vanessa aparece em “Fiu Fiu”, onde ela anda de jeans apertado e leva uma cantada ao passar na frente de uma construção. Em “Bolsa de grife”, Vanessa faz uma crítica divertida e psicodélica ao consumismo. Mas, talvez a melhor faixa seja a que dá nome ao disco, onde a brejeirice da mineira esbanja simpatia em um ritmo quente e envolvente.
  
 A surpresa fica por conta do novo trabalho de Marcelo D2, “Canta Bezerra da Silva”, samba puro e malandragem contagiante, de rua. Ouvi-lo cantar melodias, em vez da usual poesia falada do rap, é o primeiro impacto do disco.
  
 Tratando-se de Marcelo D2, a maconha não podia ficar de fora. Está presente em faixas como “A semente” (Eu conheço aquele mato chefia...) e “Malandragem dá um tempo” (Vou apertar, mas não vou aceder agora...).

  O humor também está presente nas faixas “Minha sogra parece um sapatão” (... ela bebe cachaça e fuma charuto, tem bigode e cabelo no peito...) e “Quem usa antena é televisão” (... o Chicão voltava da gafieira e flagrou um esperto no seu barracão...), hilárias e suingadas. Destaque também para “Malandro Rife” e “Pega eu”. Um disco para dançar e cantar do início ao fim.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Feriado feliz

 Às vezes a vida pode nos surpreender, mesmo quando já não acreditamos que isso possa acontecer. Pois foi justamente isso que aconteceu no feriado de 12 de setembro.

 Ao chegar a Porto Alegre, deparei-me com uma pessoa que eu não conhecia: carinhosa, romântica, atenciosa, prestativa. Confesso que estranhei, e muito. Cada palavra, cada gesto de carinho não pareciam vir da pessoa com que convivo há seis anos, pois nos últimos anos, ela tem sido tão desligada, relapsa, ausente, grossa mesmo em outras palavras.

 Confesso que foi a melhor coisa que me aconteceu nos últimos meses, pois já andava cansado de tanta patada, inclusive, estava disposto a terminar meu relacionamento, pois haja paciência. O pior que aqui em casa todos tem certeza de que tenho o gênio ruim, mas, neste caso, o genioso não sou eu, é ela.

 Depois do desabafo, continuemos com a surpresa do feriado. Vocês acreditam que até café ganhei, com direito a pão fresquinho, coisa que adoro. Me senti um rei, sendo bajulado, afinal, um carinho extra não faz mal a ninguém. E a comidinha então, uma delícia. Às vezes ela erra no tempero, mas, mesmo assim, não chega a ser ruim.

 Mas, o melhor de tudo, foi o cafuné com direito a filmes em dvd. Subi aos céus, pois há tempos não recebia um carinho que não fosse na mão cortada. E, os afagos não pararam por aí, continuaram na hora de dormir, acordar. Parecia um sonho. Até presente ganhei de Dia das Crianças: dois cds.

 O que mais um homem pode querer senão um carinho da pessoa amada. É nestas horas que descubro que um carinho não faz mal a ninguém, pelo contrário, nos torna feliz, neste caso, meu feriado feliz. Agora é aguardar e torcer que a dobradinha se repita neste final de semana.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Surpresa frustrada.

 Feriado chegando. Nada melhor do que planejar o que fazer. Primeiro passo, Porto Alegre, afinal, namorar e preciso.

 Como sai antes do serviço, por volta das 17h, resolvi fazer uma surpresa e buscar meu amor no Zaffari. Toda sexta-feira, religiosamente, ela faz compras no mesmo mercado. Era o que eu pensava.

 Chegando à Porto, lá fui eu para o mercado. Estacionei o carro na garagem e fui procurar ela nos corredores. Não encontrando, a solução foi ligar. Ela já estava pronta, na fila do táxi. Disse para subir até o C3 que lá estava eu.

 Passado vinte minutos, nada dela aparecer. Ela ligou furiosa querendo saber onde eu estava, repeti. Mais dez minutos, ela liga, uma arara, me botando a boca, soltando os bichos para fora. Só depois de alguns minutos de estresse descubro que ela mudará de Zaffari, estava em outro. Pode?

 Tentando acalmar a fera, disse que ia buscá-la, mas, ela não quis, preferiu pegar um táxi. Fui para seu apartamento. Lá chegando, percebi que ela ainda não estava. O táxi chegou uns cinco minutos depois. Ela mal desceu do táxi e me fulminou. Quis ajudar com as compras, mas, ela não quis. Tive que me impor.

 No apartamento, brigou comigo e disse que não queria falar nada. E, não falou. Só voltou a conversar no dia seguinte próximo do meio-dia.

 Como era de se esperar, dormi na sala, optei por não enfrentar a fera e respeitá-la. Deixei o pó baixar, senão ela me corria de casa. Risos. Dormi mal pra cachorro. E pensar que tudo o que eu queria era matar a saudade, dormir de conchinha e fazer uma surpresa indo buscar ela no Zaffari.

 E, para completar o feriado, ela se resfriou, ficou mal da garganta. E, o pior, de dieta. Não queria comer nada. Passei o feriado a sopa e sanduíche. A única coisa que se salvava era o café da manhã, farto. Fomos ao cinema, e o filme era um belo abacaxi, ou seja, um típico feriado frustrado. Só espero que a semana seja bem melhor.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Velhos e bons tempos

 Tenho um bom gosto musical, não posso negar. Não tem música que eu não goste, tenho preferências. Entre elas esta a MPB.

 Adoro vozes femininas, como de Maria Bethânia, Gal Costa, Dalva de Oliveira, Dolores Duran, Elis Regina, Marisa Monte, Alcione, Roberta Sá, Ana Carolina, entre outras. Na parte internacional meu destaque fica com Shirley Bassey, Edith Piaf, Lisa Stanfield, Dalida, Billie Holiday, e Kd Lang. São tantas intérpretes que é impossível enumerar todas.

 Meu gosto musical foi uma herança deixada pelos meus pais e minha madrinha de escotismo, Vera. Meu pai tinha toda coleção de Nat King Cole e Ângela Maria, além de diversos LPs de boleros. Já minha madrinha, tinha a coleção mais incrível e variada que se possa imaginar. Foi com ela que ouvi pela primeira vez Maysa. Ainda recordo como se fosse hoje a capa do vinil: Gala 79 e a música em questão: Caminhos Cruzados. Fiquei apaixonado pela voz e pela letra da música. Ela também me ensinou a gostar de Bethânia. O disco em questão era Álibi. Sabia de cor todas as músicas do vinil, mas, entre minhas prediletas estavam e estão: Diamante verdadeiro, Explode coração, Negue, O meu amor e Sonho meu.

 Adorava ir no final de tarde para sua casa. Ela é minha mãe iam tomar chimarrão e colocar as fofocas em dia, enquanto eu Christiane, Rogério e Miguel, ficávamos brincando na sala, escutando música. Amava sua casa, sua hospitalidade. Lembro que lá, tudo era melhor que na minha casa. Considerava Vera como uma segunda mãe, além de seus filhos serem meus melhores amigos. Infelizmente, o tempo nos afastou, mas guardo com maior carinho aqueles velhos e bons tempos.

 Recordo que, aos domingos, fazíamos reuniões dançantes na casa de madrinha. Lá dançávamos de rosto coladinho. Um disco que era o xodó era a trilha sonora da novela Água Viva, que tocava sem parar. As trilhas sonoras de novelas sempre eram as favoritas, as que mais tocavam. Recordo que eu tinha poucos discos. Se não me falha a memória: Álibi de Bethânia, Mania de você, Rita Lee; Os Gigantes e Cara a Cara internacional, além de compactos que iam de Lilian (Uma música lenta) a Gretchen (Dance with me). Bons tempos, com certeza!

 De lá para cá, meu gosto foi se apurando, modificando. Lembro que cheguei a ter três mil vinis, mas, com a chegada do CD, acabei me desfazendo de todos. Até hoje dói no peito.

 Na época, morava em Porto Alegre. Precisava voltar à Caxias do Sul e, num subido momento de loucura, dei todos os meus vinis para amigos e pessoas que passavam na rua. Outros, doei em sebos ou troquei por cd.´s. Para ser exato, um só. Dei uns 50 LPS em troca do CD Outras Palavras, de Caetano Veloso. Já meu primeiro cd foi MM, de Marisa Monte seguido pela trilha sonora do filme 9 ½ de amor.

 Atualmente, tive que mandar fazer uma estante sob medida para guardar meus CDs que já ultrapassam a margem dos 2.500, além dos 300 dvds musicais. Ás vezes acho que só sei viver de amor e música.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O problema é o regime que não dá satisfação

 Finalmente criei vergonha e comecei, recomecei, recomecei e recomecei minha dieta. Sim, um eterno recomeço. Já perdi as contas de quantas vezes recomecei e quantas vezes escrevi aqui neste blog sobre estar fora do peso, com uns quilinhos a mais e precisar de uma dieta.

 Passei o inverno todo tentando emagrecer e não consegui. Faltou força de vontade. E cá entre nós, inverno combina com comidas mais pesadas, alimentação mais encorpada e foi o que eu fiz. A vergonha só chegou quando, domingo, subi na balança e, para minha surpresa – nem tanto assim -, foram registrados exatos 95 kg. Que susto! E o pior, inventei de olhar-me no espelho pelado: que medo! Não era minha aquela barriga enorme. Risos! O pior é que é.

 Tomei vergonha e comecei a dieta já no domingo mesmo, na janta. Só um sanduíche com coca-cola, esta não pode faltar. Mas, desta vez, zero. A nutricionista disse que podia tomar, mas, nada em excesso.

 Na segunda, resolvi segui a risca a dieta que a nutricionista me deu e assim estou conseguindo levar durante a semana. São cinco dias e, para meu espanto, já perdi 250 gramas, embora sinta que minha calça já está caindo. No cinto, um furinho a mais esta sobrando. Às vezes acho que a balança está me enganando, pois parece que perdi mais, afinal, foi tanto sacrifício. Risos! Nada de chocolates e outras guloseimas que adoro. No cardápio, muita salada e verduras. Arghs! Justo eu que odeio saladas, mas, to começando a me reeducar. Até eu estranho ver no meu prato cenouras, beterrabas, brócolis, pepinos,... De quebra, uma minúscula colher de arroz e um bifinho de gado ou frango na chapa. Mas, fazer o que, é necessário.

 O engraçado é que durante o dia, com as cinco refeições, com direito a sobremesa, passo bem, não sinto fome. Mas, na hora da janta, é um sufoco, pois lá em casa somos acostumados a jantar, um jantar muito farto, afinal, é a hora que a família se reúne, uma vez que quase todos almoçam fora. Isso vem acontecendo desde pequeno. Meu pai era bancário. Geralmente almoçava com um cliente. Era na janta que nos reunimos e assim, permanece esta tradição de mais de 40 anos. Não vai ser fácil perder este hábito, mas estou tentando. Meu medo são estes feriados. Sempre acabo comendo mais do que o necessário.

 Lá em casa, com exceção de Fernanda, todos estamos acima do peso. Então, estamos equilibrando a comida. Não tenho deixado a mãe preparar o meu completo. Risos! Eu mesmo estou me servindo, vendo quais alimentos podem ser misturados ou não. E, até o presente momento, está funcionando, embora não coma como eu gostaria.

 Meu próximo passo e deixar de ser sedentário. Não sei de começo a caminhar ou vou para uma academia, coisa que nunca tive saco nem paciência. Talvez, os dois.

 Para caminhar, sou vadio, depois que entro em casa, só quero saber de banho, televisão e quarto. Sair de casa, nem pensar, quanto mais uma academia. A solução que encontrei, embora falte força de vontade, é ir de ônibus para o trabalho e voltar a pé. São oito quilômetros, um bom exercício para o corpo e para a mente, afinal, relaxo. Há dois anos fazia isso. Eu, meu MP4 e meus tênis, éramos companheiros inseparáveis. Vamos ver nos próximos dias que medida irei adotar. Prometo que relato aqui e informo os quilinhos que perdi.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A casa de Elis Regina

 Fiquei impressionado com o descaso da Administração Municipal e dos porto alegrenses para com sua maior cantora. Explico: este final de semana fui à Porto Alegre para namorar. Num destes súbitos e imprevisíveis momentos, resolvemos conhecer a casa onde nasceu Elis Regina, no bairro Iapi.

 Endereço em mãos, lá fomos nos procurar o prédio. Para complicar, enfrentamos um congestionamento medonho, devido a uma passeata. Para percorrer algumas quadras, foi necessário muita paciência. Mais de uma hora para se deslocar do Bom fim ao Iapi.

 Fiquei impressionado com a falta de planejamento municipal para os condutores de veículos. Mas, deixando o trafego de lado de uma das cidades que vai sediar a copa em 2014 – não quero nem pensar nos imensos congestionamentos -, voltamos à casa de Elis.

 Chegando no bairro, na rua Rio Pardo, 21, finalmente me deparo com a tão sonhada casa de Elis, neste caso, um pequeno prédio de dois andores, uma espécie de condomínio residencial. São diversos blocos iguais, todos bem organizados, cuidados, sinalizados. Fico um tempo estático olhando para a edificação e imaginando como teria sido a infância de Elis. As ruas por onde andou, o quarto onde dormiu, a parada onde pegava ônibus para cantar no centro, a praça onde brigava, que brincadeiras gostava... Minha mente divaga, viaja, tenta voltar ao passado.

 Poucos metros do prédio me deparo com um largo em sua homenagem, o Largo Elis Regina, com uma simples placa de bronze. Aliás, diga-se de passagem, mal cuidado, com grama alta precisando urgentemente ser cortada e um bocadinho de papéis trazido pelo vento.

 Na minha opinião, o apartamento que nasceu Elis, devia ser transformado em um museu em sua homenagem. No Largo, além da placa em bronze, no mínimo um busto seu já que no Gasômetro, encontra-se sua estatua, belíssima por sinal. Lá sim uma justa homenagem aquela que foi uma das maiores cantoras do Brasil.

 Aproveitei também para revisitar a Casa de Cultura Mário Quintana, que abriga a Sala Elis Regina. Lá estão alguns dos seus trabalhos expostos, além de roupas usadas em shows. De quebra, a exibição constante de um vídeo da cantora no telão. Uma excelente idéia! Tudo isso me remeteu ao último show em solo gaúcho da saudosa Elis Regina, no gigantinho. Um show ímpar, magnífico. Saudades de Elis, embora ela esteja sempre presente em nosso cotidiano através de suas eternas canções.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Minisséries como companhia

 Sempre fui caseiro, reservado, tranqüilo. Mas, neste rigoroso inverno, me recolhi, fechei-me ainda mais eu meu mundinho.

 Saio apenas para trabalhar. No máximo, um cineminha ou um jantar fora. Ou, uma paradinha no Iguatemi para compra um cd, dvd ou livro.

 Nestas minhas paradinhas na Saraiva, não resisto e compro dvds de minisséries. Estou apaixonado por este tipo de entretenimento. Em outras palavras, viciado.

 Atualmente, estou terminando de assistir a segunda temporada de “True Blood”. Muita boa a minissérie de vampiros que, para sobreviver, tomam sangue sintético e dividem o mesmo espaço com os humanos. Hoje mesmo encerro a temporada.

 Quero começar ainda hoje mesmo “Brother & Sisters”. Assisti alguns episódios na televisão e adorei. Resultado: acabei comprando a primeira e segunda temporada. Já to louco para ver. Por empolgação, também adquiri “Maysa” e “Dalva e Herivelto”. Se depender do que adquiri, até final de setembro não saio de casa. Risos.

 Antes de “True Blood”, devorei “The L World”. Muito boa a mini série. Soube retratar muito bem o universo feminino. E o melhor, com tórridas cenas de sexo entre mulheres, um fetiche de todo homem.

 Anteriormente, me enamorei dos problemas familiares de “A Sete Palmos”. Imagine você morando ao lado da morte, ou seja, junto a uma casa funerária. Humor negro do jeito que eu gosto.

 Dando continuidade, quase morri de rir com o sitcom de “Will & Grace”. São hilárias as situações do advogado Will Truman, um advogado gay, e de sua amiga Grace Adler, que montou seu próprio escritório de decoração. O melhor é a amiga deles, a multimilionária Karen Walker e suas inesquecíveis trapalhadas pinceladas de humor negro e politicamente incorretos.

 Deixando a comédia de lado, também assisti ao drama “Oz”. A série mostra o cotidiano de uma prisão de segurança máxima conhecida por “Oz”. Nesta, estão presentes temas como sexo, violência e drogas.

 Ainda com o mesmo tema acompanhei o drma de suspense e ação, “Prison Break”. A história gira em torno de um homem que recebeu sentença de morte por um crime que não cometeu e de seu irmão que elabora um plano para tira-lo da prisão. Empolgante! Também assisti a “Roma”, “Supernatural” e “Dexter”. Todas muito boas. Vale a pena conferir!

domingo, 15 de agosto de 2010

Falando de samba

 Ando apaixonado por samba. Dia e noite no meu aparelho de som e mp4 só toca samba. Eta ritmo gostoso, contagiante, empolgante... Quando menos percebo, estou cantando junto e sambando miudinho.

 Dentre as cantoras favoritas da atualidade estão Mart´nália e Roberta Sá. Da velha geração, estão Alcione e Beth Carvalho.

 Adoro o suinge e a malandragem de Mart´nália, é envolvente, sem contar a paradinha que nos remete a seu pai, o grande Martinho da Vila. Seu novo cd e dvd, “Em África Ao Vivo”, é bom demais. Lá estão seus principais sucessos como Cabide e Conto de areia, além dos sucessos do seu pai. Entre eles: Ex-amor e Disritmia.

 No dvd, o show gravado na ilha de Luanda, além de uma roda de samba gravado em um quintal do Rio de Janeiro. Com certeza, merece ser conferido.

 E, minha adoração por ela não para por aqui. Recentemente adquiri todos os cds que encontrei dela: cinco. Todos elogiáveis: “Ao vivo”, “Madrugada”, “Menino do Rio”, “Minha cara” e “Ao Vivo em Berlim”.

 Bem, Roberta Sá contagia pela afinação e belos arranjos do Trio Madeira Brasil. Seu novo disco “Quando o canto é reza” é fundamental para os amantes do samba. Um disco caprichado, uma justa homenagem ao baiano Roque Ferreira, autor de sucessos de Maria Bethânia e Clara Nunes. Um dos destaques fica por conta da capa e do encarte do cd, um belíssimo trabalho de Felipe Jardim.

 E, ainda falando de samba destaco aqui também os novos de Martinho da Vila: “Poeta da Cidade” e “Filosofia de vida”. O primeiro uma justa homenagem ao poeta Noel Rosa e, o segundo, uma homenagem ao próprio Martinho da Vila, com participação de Ana Carolina. O cd também foi lançado em dvd. E, ainda falando no tributo a Noel, Mart´nália dá uma canja no cd do pai.

domingo, 8 de agosto de 2010

Quero ser surpreendido!

   Será que um dia eu terei um amor ou uma amizade como estas de cinema? Onde o apaixonado ou amigo faz tudo pelo seu amor, seu amigo? Confesso que ta difícil, mas, não custa nada sonhar, afinal, como diz o ditado: sonhar não custa nada.

  Raramente fui surpreendido pelos meus amores, relacionamentos. Ouso dizer que somente uma vez, ao menos que eu lembre. Guardo com carinho na mente apenas uma única lembrança.

  Na época, trabalhava no Unibanco, em Porto Alegre, na agência sete de setembro, no subsolo. Recordo que eu é minha chefe, a Elisa, vimos um cara descer com um buquê de rosas vermelhas amarrados em um sisal junto com um ursinho branco escrito: Eu Te Amo. Nos olhamos e ficamos a imaginar para quem seria.

  Para minha surpresa, o diferente ramalhete de flores estava endereçado a mim. No cartão, um simples dizer: “eu gosto de ser mulher que mostra mais o que sente”. Bem, não precisa dizer mais nada o cartão. A frase retirada de uma música de Marina Lima que escutamos na voz de Maria Bethânia na noite anterior, dizia tudo.

  Nunca havia recebido rosas, nem tão pouco visto um arranjo tão diferente. E o ursinho, então, só havia ganhado quando criança bichinhos de pelúcia. Achei o presente tão meigo, singelo. Ah! Vale lembrar que meu apelido, na época, era Ursinho Panda, ou Panda como era chamado na intimidade.

  Se não me falha a memória, eu devia ter 23 anos quando ganhei os presentes que me surpreenderam. Decorridos mais de 17 anos, ainda guardo este momento na memória e em foto. Realmente marcou.

  De lá para cá, nada mais aconteceu que me surpreendesse. E, olha que eu puxei fatos da memória. Nem uma cesta de café da manhã ganhei tão pouco um cafezinho na cama. Risos. E, olha que eu sou criativo, faço loucuras por amor ou pó um amigo. Mas, ainda tenho certeza que alguém vai me surpreender e tirar um pouco minha vida deste mar de marasmo. Se este dia chegar, prometo que relato aqui no blog o acontecido.

sábado, 7 de agosto de 2010

Sexta-feira em casa

 Final de semana em casa é sempre aquele tédio. Nada para fazer a não ser ver televisão e atacar a geladeira constantemente. Para amenizar, nada melhor do que ir até a locadora locar alguns dvds. E, foi justamente o que eu fiz. Loquei quatro filmes de sexta-feira para sábado.

 Um bom: “De repente, Califórnia”. Não esperava nada do filme. Dos quatro, foi o que loquei sem pretensões, mas que acabou sendo o melhor de todos. Não vou contar a história do filme, mas vale à pena conferir. Se você ler a sinopse, com certeza não locaria, mas, recomendo. Só posso dizer que aprendi que o filme: “o amor está onde a gente menos espera”. E, como o filme é polêmico, ouso a dizer que o tema foi muito bem abordado, de tirar o chapéu.

 O segundo, bem, loquei por causa dela, da Merly Streep, uma atriz que adoro. Todos os filmes dela você pode assistir sem medo, geralmente são bons ou excelentes. “Simplesmente complicado” não podia ser diferente. Uma comédia leve, inteligente, boa para assistir e esquecer dos problemas do cotidiano.

 Bem, o terceiro, deixou a desejar. Pelo resumo, diria que era uma extraordinária comédia romântica, mas, o filme me enganou redondamente. “Quando em Roma”, tinha tudo para ser um bom filme, mas apela para os clichês de sempre, não inovou em nada, a não ser a correta interpretação de Kristen Bell, perfeita no papel da mocinha romântica.

 E o último, por conseqüência, o pior deles, foi uma total decepção, pois traz outra atriz que gosto muito: Sandra Bullock. O filme “Maluca paixão” é ruim do começo ao fim, assim como a interpretação de Sandra. Nem parece que ela ganhou o Oscar no ano passado de melhor atriz. O filme, com certeza, merecia o troféu Framboeza. Levaria, no mínimo, três prêmios: o de pior filme, enredo e atriz. O pior é o estrago no bolso: R$ 27,60 por quatro dvds é salgado.

 Só espero que na hora de devolver os dvds, daqui a pouco, consiga locar filmes melhores, senão o sábadão cinzento e frio será insuportável. Help!

*** Em tempo: Sábado fiquei o dia todo em casa vendo filmes. Loquei Zumbilândia, O Padrasto e A Caixa. Só joguei dinheiro fora. Antes tivesse ido na formatura da minha amiga Denise.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Frio e solidão

Os últimos dias tem sido de frio intenso aqui no Sul, principalmente na serra gaúcha, aonde as temperaturas chegaram a dois graus negativos. Já a sensação térmica é de menos cinco graus. Sair de casa, só para trabalhar, pois o frio chega a doer os ossos. Há tempos não sentia tanto frio.

Nestes dias frios, meu trajeto tem sido de casa para o trabalho e do trabalho para casa. Estender o dia em um barzinho no final do dia para uma cervejinha ou cafezinho, nem pensar. É casa, banho, janta e cama.

Não tem nada melhor do que nossa caminha nestes dias gelados, ainda mais quando tudo que gostamos ou precisamos estão ao nosso alcance, como televisão, aparelho de som, dvd, ... Nem para ir ao banheiro dá vontade de sair da cama. Para se ter uma idéia, estou dormindo com dois cobertores e dois edredons. De quebra, antes de deitar, lençol térmico ligado e cama quentinha.

É nestas horas que faz falta um cobertor de orelha. Tem coisa melhor do que dormir, neste frio, de conchinha? Sentir o calor do outro corpo junto ao nosso corpo. Tá certo, tem! Mas, não se encaixa nesta questão. Risos!

Eu, para variar, durmo sozinho, em uma cama de casal, acompanhado, só aos finais de semana. E, olhe lá. Ás vezes ela está de plantão e não vou à Porto Alegre, fico em Caxias do Sul mesmo, como é o caso deste final de semana. Aliás, para variar, nem sei se estou casado de novo ou não.

Em média, a cada seis meses, temos uma crise. Desta vez, por causa da limpeza. Comendo um lanche na sala, mais precisamente, no sofá, em frente à televisão, tive a infelicidade de derrubar uma ervilha ou seria um milho no sofá. Para que? O mundo desabou. Ouvi cobras e lagartos. Até aí tudo bem, pois fiz uma pequena sujeira mesmo, mas, o que não tolero é a grossura. Fico louco! Resultado: um leve desentendimento.

Até aí, tudo bem, mas, isso aconteceu no sábado de noite e até hoje, quarta-feira, estou sem falar ou receber mensagem. Bem, eu mandei todos os dias, até hoje, mas, cansei de correr atrás.

No meu entender, não fiz nada de tão grave assim para ficar na reserva tanto tempo. São estas pequenas atitudes imaturas que me deixam P da vida. E, depois, vem falar em morar junto Eu hein! Muda ou mudo eu!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Amor e música


  Quem me conhece sabe, sou apaixonado por música. Se pudesse, escutaria música 24 h por dia.

  Quando estou em casa, estou sempre com um cd tocando e, na rua, mp4. Tenho mais de 2.500 cds e uns 300 dvds de shows e clipes.

  Não posso ver um lançamento que compro, na maior parte das vezes, por impulso. Escuto uma vez e dou de presente para amigos. Outras vezes, compro por causa de uma música apenas, como é o caso de Claudia Leitte, As máscaras. Um cd fraco, irregular. Não traz nada de novo, nem explora a boa voz da cantora, o que é lamentável Até a belíssima Paixão, sucesso dos gaúchos Kleiton e Kledir, Claudia conseguiu destruir. Transformou a balada romântica num fraco e inexpressível reggae.

  Por outro lado, cantoras que não era muito fã, como Celine Dion, Taking Chances World Tour the Concert, surpreenderam-me com seus novos trabalhos. O registro ao vivo (cds e dvds), é maravilhoso. Dion canta as baladas românticas que a consagraram, com mestria única. De quebra, ingressa no rock com louvor. Vale à pena conferir, mesmo não sendo fã da cantora.

  Outra cd maravilhoso é de Leila Pinheiro, Meu Segredo Mais Sincero. Neste, ela presta uma homenagem ao saudoso líder do Legião Urbano, Renato Russo. Constam no cd, músicas de todas as fazes do Legião. A belíssima voz de Leila, torna as letras ainda mais belas como: Pais e filhos, Teatro dos Vampiros, Ainda é cedo, Eu sei, entre outras... Na minha opinião, este não merece apenas ser conferido, e sim adquirido.

  Ainda falando em música, ontem morreu o produtor musical Ezequiel Neves, um dos principais dos anos 80 e 90. Por coincidência ou não, data em que faleceu o saudoso Cazuza há 20 anos. Talvez, um dos maiores poetas na nova geração, junto com Renato Russo.

  Decorrido 20 anos, o espaço deixado ainda não foi preenchido. Na música popular, nem um novo compositor/cantor surgiu para preencher a lacuna deixada por Russo e Cazuza. Tanto, que suas músicas continuam presentes no repertório dos principais intérpretes, sem contar nos ídolos da nova geração, muitas vezes, sem voz, sem talento, mas, com uma boa aparência para felicidade de suas fãs histéricas. Enquanto isso, só posso dizer que só sei viver de amor e música.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Forte sexo frágil


  Na minha empresa, um fato me chamou atenção esta semana: uma mulher trabalhando de servente de pedreira. Confesso que é a primeira vez que vejo uma mulher atuar nesta área tão restrita aos homens. E o melhor, totalmente feminina, arrumada, com direito a batom, calça de abrigo justa, blusa colada ao corpo e luvas amarelas. Pois é, como podem perceber, tenho prestado muito atenção nela. Ouso dizer que ela, além de bonita, tem um corpo perfeito. Ela se destaca entre os companheiros. Primeiro por ser a única mulher, segundo por não usar uniforme como seus colegas.

  Percebo que ela é tímida, encabulada. Várias vezes eu lhe sorri desejando um bom dia e ela, timidamente, apenas cumprimentou com a cabeça. Seria por vergonha? Acredito que não, pois a vejo trabalhar com tanta vontade que é bonito de ver e admirar. Entre suas funções, a vejo preparar o cimento e levar, no carinho, a massa cinzenta até a obra, um trajeto, digamos, distante. Ela tão frágil, miúda, mas, com tanta determinação.

  Conversando com algumas colegas de trabalho, descubro que ela sai, diariamente, vinte minutos antes do expediente terminar. Ela está fazendo um curso para trabalhar numa empresa de matrizes. Torço para que consiga seu objetivo.

  Constato que as mulheres estão presentes em quase todas as áreas. Eu mesmo tenho uma amiga que é motorista de ônibus. E, como a auxiliar de obras, uma linda mulher. Também conheço uma mulher que concerta máquinas de lavar e de louça. Esta, nem tão feminina assim. Risos.

  Gosto de ver esta conquista feminina. Afinal, quem foi que disse que as mulheres são o sexo frágil? Frágil, no meu entender, somos-nos, homens.

  Temos somente a força bruta. Somos dependentes das mulheres, o forte sexo frágil. Somo vil a dor. Já imaginou se nós tivéssemos que parir? O mundo seria bem menos populoso. Ou termos que cuidar da casa, filhos, preparar almoço, janta, entre outras tarefas e de noite estamos bem dispostos e lindos para nossas esposas. Seria, no mínimo, engraçado. Embora, muitos homens já façam isso. Mas, resumindo, friso que somos totalmente dependentes da mulher. Quando pequeno, de nossas mães e quando adultos, das nossas esposas. Ah! Essa estranha e adorável dependência.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

O problema é o regime que não dá satisfação

  Este mês tive o privilégio de assistir ao show de Bibi Ferreira, no Bourbon Country. Confesso que foi um espetáculo correto, perfeito.

  Bibi surpreendeu com sua lucidez, carisma e desenvoltura no palco, conhecimento este adquirido ao longo de seus 88 anos. No espetáculo, Bibi falou de sua trajetória e cantou músicas consagradas de Tom Jobim, Noel Rosa, Dolores Duran, Edith Piaff, Amália Rodrigues, entre outras.

  E, surpreendeu pela voz ainda marcante. Só lamento o teatro não ter lotado, afinal, não é sempre que Porto Alegre recebe uma artista do porte de Bibi Ferreira. Antes do espetáculo, um coquetel foi servido aos convidados. Bom vinho, salgados deliciosos, tudo perfeito como manda o figurino. A recepção fazia parte dos três anos do teatro do Borboun Country, promovido pelo Zaffari, meu supermercado favorito.

  Por falar em coquetel, minha luta eterna contra a balança continua. E o pior, estou perdendo. Consegui me superar e chegar aos 95 quilos. To roliço, com direito a uma pequena papadinha. Estou me sentindo o personagem Fred Flistone. Como não se começa dieta na segunda-feira, amanhã vou ver se início, mas, com o auxílio de uma nutricionista.

  Até então, a imagem que via no espelho me bastava, mas, confesso que, agora, ver-me pelado me assusta. Aquele monte de gominhos gordurosos na barriga e nas gostas. Arghs!!! Sempre achei bonitinho, mas, nos outros. Em mim, não. Risos. Mas, o engraçado é que estou perdendo os pelos das pernas. Vou ficar com elas lisinhas. Pode? Só tem de um lado.

  Percebi isso, somente hoje ao sair do banho, quando me enxugava. Peludinho em cima e lisinho em baixo. Ninguém merece!!!

  Espero conseguir levar a dieta em diante, pois no inverno é mais difícil, principalmente quando já estamos na casa dos quarenta. Help! Tenho a impressão de que estou sempre com fome, com vontade de devorar tudo e todos.

  Por falar em devorar, ando com a libido em alta. Ultimamente estou sempre com tesão. Talvez esteja na andropausa. Será? Acho que além da nutricionista terei que ir fazer uma visita ao meu Urologista.

  Alguns amigos que dizem que é da idade. Quando chegamos aos quarenta temos vontade de traçar todas. Isso me assusta, pois logo eu que sou todo certinho, metódico. Sair à procura de sexo gratuito não faz parte dos meus planos. Estou satisfeito com minha namorada. Não é a toa que estamos juntos há cinco anos e meio. E, espero estar do seu lado, no mínimo, mais uns cinco.

sábado, 29 de maio de 2010

O futuro é um presente que não aconteceu

  É nestas horas soltas, vazias de um sábado frio e cinza de outono que me encontro pensando na vida, no que fiz ao longo de meus quarenta anos e o que farei nos anos que virão. Engraçado é que não me arrependo nada do que fiz no passado, pelo contrário, no meu entender, tudo que passei foi necessário para meu aprendizado, para chegar aonde eu cheguei.

  Ao contrário da maior parte das pessoas, acho que vivi cada dia intensamente, inconsequentemente. Joguei-me de cabeça na vida e dela sorvi cada momento, cada sabor e dissabor. Já o futuro, nunca foi uma preocupação, a não ser com a saúde. Estando bem com o corpo e a alma, podemos construir tranquilamente nossa vidinha.

  Queria ser mais ligado em bens materiais, mas, meus sonhos são tão simples, tão fáceis de realizar. Ouso a dizer que a maior parte deles já conquistei e, tenho certeza, que os demais também conseguirei.

  Acredito que, assim como muita gente, ainda não encontrei minha cara metade, minha alma gêmea, embora esteja enamorado há mais de cinco anos. Por mais que eu goste dela, sinto que falta uma reciprocidade em alguns itens. Como sempre digo: me entrego demais em uma relação, mais do que a outra parte envolvida. Nesta construo sonhos, castelos, infelizmente, sempre de areia. Ou seja: sempre amei mais do que fui amado. Como Cazuza, sou deliciosamente exagerado.

  Na atual – ela vai odiar ler isso, mas, fazer o que -, sinto que falta romantismo, troca de carinho. Somos mais amigos do que namorados. Gostamos das mesmas coisas. Nossa cumplicidade é fantástica, não posso me queixar. Mas, para por aí.

  Eu sou quieto, ela faladeira. Sou romântico, ela nem aí. Adoro beijos, troca de carícias, ela apenas segurar minha mão. Já eu, odeio sair de mão dada, gosto de sair enganchado pelo braço.

  Adoro comer, ela fazer dieta. Adoro gordinhas e ela é magrinha. Gosto de comida japonesa e ela de chinesa. Dizem que os opostos se atraem, e é verdade.

  Ao contrário do saudoso poetinha Vinícius de Morais: que bom que as pessoas são diferentes, senão seria um tédio viver se todos fossem iguais a você. Mas, por outro lado, amamos música, cinema, teatro, viajar, ler, passear... Nos encaixamos perfeitamente.

  Quem sabe um dia a gente não entre em sintonia perfeita, se é que existe sintonia perfeita. Enquanto isso vou levando a vida. De repente um novo amor pode acontecer para um de nós. Como disse, o futuro é uma coisa incerta. Ou quem sabe, ela é minha alma gêmea e eu ainda não descobri. Só sei que o futuro é um presente que não aconteceu ainda.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O aprendizado

  Quando jovem, fui muito inconseqüente. Fazia tudo que me dava na cabeça e não media as conseqüências. Certa vez exagerei tanto que quase parti desta. Explico: final de ano, época de muitas festas e bebedeiras. Recordo que não perdia uma.

  Numa delas, início do mês de dezembro, no Clube Juvenil, fui além das contas. Tomei mais de um litro de uísque. Até aí tudo bem! Mas, não satisfeito somente com a bebedeira, tomei dois ou mais moderadores de apetite roubados da minha mãe.

  Fiquei elétrico. Parecia aquele bonequinho da propaganda de pilhas Duracel. Não tinha o que me desligasse. Dancei a noite toda. No dia seguinte, domingo, aquela dor de cabeça e enjôos. O pior que segunda-feira ia fazer uma cirurgia na mão direita, Quando tinha 15 anos, talvez um pouco menos cortei os tendões em um acidente.

  Na segunda-feira, dia da cirurgia eis que ao fazer a anestesia local, a mesma não pegou. Acabaram fazendo geral. Só que devido minha arte de dois dias atrás, acabei tendo uma parada cardíaca. Fui ressuscitado através de aparelhos.

  Lembro que os médicos usavam o ressuscitador no meu peito e pediam para eu reagir. Não conseguia embora ouvisse tudo o que eles falavam e sentisse o que faziam. Foi num destes instantes que uma luz imensa me envolveu, como que se convidasse para entrar em um imenso túnel de luz branca com tons violeta, onde vultos apareciam no final.

  Embarquei naquele túnel, quando, bruscamente, um choque me ver voltar e acordar. Abri os olhos e vi um sorriso do meu médico ao me dizer: que susto você nos deus Jean.

  Deste momento em dia, jurei para mim mesmo nunca mais usar drogas ou qualquer medicamento sem prescrição médica, promessa essa que venho cumprindo desde então. Até para de beber, parei.

  Precisei de um susto para aprender a andar na linha. E, apesar de tudo, não me arrependo. Foi necessário este aprendizado para saber até aonde vão meus limites. Do contrário, sabe-se lá o que estaria fazendo hoje.

domingo, 9 de maio de 2010

Minhas prioridades são outras

  Outono chegou. Inverno se aproxima. Lá se vão meus dias de sossego, de paz. Para quem trabalha com vendas, em um centro de compras onde 80% das mercadorias são de inverno, agora é nosso período de trabalhar, trabalhar e trabalhar.

  Começo meu expediente às 7h e, antes das 19h, não consigo sair. Tem dias, como terças e quintas, que é praticamente impossível sair antes das 20h. Passo maior parte do tempo de pé. Converso tanto durante o dia, que a noite chego estar com calos nas cordas vocais.

  Quando chego em casa, estou sempre cansado, quero ficar sozinho. Só quero saber de banho, janta e cama.

  Meus amigos reclamam que não tenho tempo para eles. E é verdade! Pode parecer estranho, mas, não abro mão da minha caminha, meu soninho. Preciso de oito horas de sono diárias para estar bem no dia seguinte, senão, fico imprestável.

  E as reclamações não são só dos amigos, até minha namorada reclama que no final de semana estou sempre cansado. Quero dormir até mais tarde, aí pelas 8h, ficar na cama me enrolando.

  Acordo, diariamente, às 6h, tomo banho, café e sai voando para o trabalho. Sem contar que é tão bom ficar curtindo a preguiça na cama, ainda mais com o friozinho. Cafezinho na cama, tv ligada. Tem coisa melhor? Ta certo, tem... Risos.

  Sair de casa, tornou-se um tormento. Faz anos que não vou a uma boate. Nem sei mais como é isso, quais são os pontos de encontro da moda, como se dança... Nem beber, bebo. Nem me lembro mais a última vez que bebi. Ficar tontinho então, séculos.

  A última vez que fui em um barzinho, ainda me lembro, foi ano passado, em dezembro. Fui com a Mara tomar uma cerveja. Depois disso, só um cafezinho ao cair da tarde no Arco da Velha este ano.

  Alguns amigos reclamam que estou deixando a vida escorrer pelos meus dedos, mas, hoje, minhas prioridades são outras. Foi-se o tempo de cassação, barzinhos, boates... Hoje, gosto de viajar, ler, ouvir música, assistir filmes... De preferência a dois, mas, se tiver que ser sozinho, não vejo problemas. Sou uma boa companhia para mim mesmo. Às vezes acho que preciso de alguém como eu. Risos.

  Hoje, não troco por nada o aconchego do meu lar. Não tem programa que me faça mudar de idéia. Talvez um jantar na casa de amigos, poucas pessoas seguido de um bom dvd.

  Amigos, desculpe a sinceridade, mas, contém comigo somente no verão. Sou como as formigas, só que ao inverso. Trabalho no inverno e descanso no verão.

sábado, 8 de maio de 2010

Como é grande o meu amor por você


  Helena, o aniversário é seu, mas o presente, com certeza, quem ganhou, fui eu. Ouso dizer: nós, afinal o Pimentinha não é só meu, para mim e sim, para toda família: você e a Fernanda e quem mais chegar.

  E, como sei que gostas de cartão, de ler o que eu escrevo, aqui estou de coração aberto tentando prestar minha singela homenagem – mais uma – a maior e melhor mãe do mundo. Selecionei palavras, mas, confesso que na minha opinião, nenhuma consegue traduzir o que eu sinto.

  Resolvi, então, plagiar Roberto Carlos. Lembrei de uma velha canção que cantava e canto para você desde pequeno. E, inclusive, assistimos ao show de Rei onde ele cantou esta música que traduz com exatidão o que eu sinto por você: “Eu tenho tanto pra lhe falar, mas como palavras não sei dizer, como é grande o meu amor por você. E não há nada, pra comparar, para poder, lhe explicar, como é grande o meu amor por você. Nem mesmo o céu, nem as estrelas, nem mesmo o mar, e o infinito, não é maior, que o meu amor, nem mais bonito. Me desespero, a procurar, alguma forma de lhe falar, com o é grande o meu amor por você. Nunca se esqueça, nem um segundo, que eu tenho o amor, maior do mundo, como é grande o meu amor por você”.

  Pois é mãe, já se passaram mais de sessenta anos – não vou revelar a idade (risos) -, desde que cantei pela primeira vez esta canção para você. E, por incrível que pareça, ela continua sendo atual, expressando tudo àquilo que eu sinto por você. Com certeza, esta música será eternamente a nossa melodia. Hoje minha voz não é tão doce como antes, e sim mais grave. Também não sou aquele menino que você podia colocar no colo e proteger dos perigos da vida.

  Eu cresci, não teve jeito, mas, no fundo, sei que continuo e sempre serei para você aquela eterna criança sapeca, levada, assim como você será meu anjo da guarda, meu porto seguro, ponto de partida e chegada, minha mãezinha pequeninha que eu amo.

  Pequeninha no tamanho, mas, grande no coração, na alma. Às vezes você parece ser tão frágil, mas, no fundo, sei que és mais forte que eu e a Jeanine junto. Quem tem você por perto, tem sempre um carinho incondicional. Sei que se você pudesse, protegeria meio mundo, todas as pessoas que você gosta, ama.

  Pois é minha guerreira, minha maezona saiba que eu te amo. E, se Deus quiser – e ele vai querer –, muitos anos ainda teremos pela frente para lhe proporcionar alegrias e também, é claro, algumas dores de cabeça.


  Amo você Helena Horácia!



  Feliz Aniversário e Feliz Dia das Mães!


* Cartão de aniversário e Dia das Mães 08.05.2010

quinta-feira, 6 de maio de 2010

O mistério do carro novo


  É incrível como certas coisas tem o dom de nos deixar alegres, mais felizes, mais dispostos. Nesta quarta-feira consegui realizar meu sonho: comprei meu primeiro carrinho zerinho. Ele é bem como eu almejava: modelo esportivo, vermelho com todos os confortos necessários para me deixar satisfeito.

  E, confesso, era para ser meu este KA. Liguei três vezes para a concessionária para falar com uma vendedora que é minha amiga e nada de encontrar ela e, quando encontrava, ela tava sempre ocupada. Resolvi ir na Florauto com minha mãe olhar os valores dos automóveis. Só tinha em mente que seria um KA. Lá chegando, coloquei, de cara, o olho em KA, modelo esportivo, vermelho. Foi amor à primeira vista. Olhei mais dois modelos, mas não me atraíram.

  Pra ser sincero, o modelo que eu havia gostado estava com o valor um pouco acima do que eu pretendia gastar ou tinha na poupança. Mas, para minha surpresa, minha mãe me deu de presente a diferença. Resultado: comprei meu sonho à vista. Hoje posso dizer que estou radiando alegria, pois o Pimentinha é lindo, minha cara.

  E, as coincidências não param por aí. Ao me desfazer do Furioso, meu corsinha, na hora de tirar meus pertences, encontrei, no chão, no lado do motorista, um pente. Só que não era um pente qualquer, é sim o pente que meu pai usava em seu bolso e que estava guardado junto com outros pertences dele. E, que misteriosamente desapareceu do local onde guardei.

  Para mim, foi um sinal que meu pai aprovou minha decisão, que estava comigo, ao meu lado, como ele sempre esteve, mesmo estando ausente há mais de nove anos. E, parte do dinheiro usado, vale lembrar, que foi da herança que ele deixou.

  O que me deixou meio cabreiro foi o fato do pente, mas, tomei como uma benção do meu pai, na certeza de que ela provou minha aquisição. Que lá do céu, ele continua zelando por mim e por minha família.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Maio, presentes e dieta frustrada


  Mudar, todo começo de mês é isso. Faço promessas de algumas mudanças, mas, infelizmente, metade dos meus planos ficam apenas no papel, nos meus sonhos. Alguns sonhos, saem do papel, como a aquisição de um carro zerinho uma vez que o atual esta velinho. No início, há 12 anos, o chamava carinhosamente de Furioso, hoje apenas Caquinho. Amanhã, se Deus quiser – e ele vai querer -, vou estar com o Pimentinha.

  A resolução que entra mês e sai mês e nunca acaba acontecendo é o meu regime. Toda segunda-feira é a mesma ladainha. Faço planos que vou começar a dieta e começo, só que o regime não dura até sexta-feira, ou seja, um eterno recomeço. Me contento em saber que em cinco meses de dieta frustrada, não engordei um quilo, mas, por outro lado, não perdi nada. Triste consolo. Risos!

  Outro plano é comprar um presente para minha mãe. Além do Dia das Mães, ela está de aniversário um dia antes, ou seja, tenho que me esmerar em um presente bom. Estava pensando em um forno elétrico ou uma roupa transada, embora, confesse, que ela tem tudo. Acho difícil dar-lhe um presente, além de ter quase tudo, ela tem um gosto refinado e nada convencional, normal. Mas, no fundo, é uma pessoa simples. Difícil explicar.

  Ainda este mês, meu sobrinho está de aniversário: 16 anos. Outro problema para dar presente. Já comprei o dvd de Avatar. Estava pensando em complementar com Lua Nova e Sherlok Homes. Será que ele vai gostar destes três dvds me questiono?

  E, de quebra, meu amor está de aniversário. Haja bolso para tantos presentes. Pensei em um presente para casa já que ela está reformando o apartamento. Já adquiri um conjunto de toalhas e um edredom. Mas, acho que presente para casa somente, não funciona. Talvez uma jóia ou relógio, seguido de umas flores. Afinal, qual mulher não gosta de flores. Sem contar que estamos no mês de maio, mês das mães, das mulheres fortes e de uma união de cinco anos. E o melhor, depois de muitas brigas, desentendimentos, estamos passando pela nossa melhor fase, nosso melhor período. Tudo está um mar de rosas. Se melhorar, estraga.

domingo, 11 de abril de 2010

Ritual da conquista

 Descobri que relacionamentos não são fáceis, ainda mais hoje em dia que tudo ocorre em questões de minutos, onde a fila anda rapidamente como a tecnologia. O encanto de antigamente, a conquista, perdeu-se no tempo, no espaço. Hoje você conhece alguém, uma hora depois você já esta na cama com ela.

 Cadê o ritual da conquista, o cortejar, a sedução? Tudo se perdeu. Beijar, então, nem se fala. Antigamente o beijo na boca era o cartão de visita de um homem ou de uma mulher; hoje, virou uma espécie de competição para ver quem beija mais. Motivo de orgulhos para muitos. Será? Eu, pessoalmente, acho que não. Acho tão vazio você contar para o amigo do lado que beijou 13 mulheres e não sentiu nada por nenhum. Eu mesmo tenho vergonha quando vejo os jovens se vangloriando de quantas beijaram em uma noite.

 Era tão bom o tempo que você convidava uma menina para ir ao cinema, jantar fora e, no máximo o que você conseguia era um selinho na hora de ir embora, muitas vezes, roubado ainda, na frente da casa dela ou no dentro do carro. Já o tão sonhado beijo na boca acontecia, geralmente, depois do terceiro ou quarto encontro. Me lembro que o corpo tremia, subia um calorão, uma vontade enorme de que aquele beijo não terminasse jamais.

 E o sexo? Bem, o sexo, muitas vezes para você levar uma gatinha para cama levava meses, mas, confesso que o sabor era diferente, era melhor, pois você cada dia conquistava um pedaçinho da sua amada. Um dia você beijava o pescoço, noutro tocava as coxas e, quando muito ousado, uma rápida mão nos seios, isso, se ela deixasse. Ver sua conquista completamente nua era a conquista do paraíso, um sonho. Passar a noite então ao lado dela, nem se fala. Era como conversar com Deus, visitar as deusas do Olímpio.

 Talvez um dia os velhos e bons tempos voltem, embora, ache difícil. Do jeito que as coisas andam, sexo será somente virtual. Contato físico, somente para procriar e olhe lá. Espero que eu esteja errado, pois não existe nada melhor do que o bom e velho contato físico.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Retrospectiva amorosa

 Confesso que já perdi a conta de quantos finais de semana fui à Porto Alegre ao longo destes cinco anos e quatro meses de namoro. No mínimo, acredito, que umas 265 idas a capital, sem contar a volta. Tudo somado, foram 530 viagens. 

 Ao todo, percorri cerca de 63.600 quilômetros, mais de 365 horas dentro do Expresso Caxiense, ou seja, 15 dias dentro do ônibus. Ouso dizer que já sou sócio da empresa de transportes. E, assumo, valeu e esta valendo à pena! Não estão incluídos aqui os quilômetros e as horas percorridas de carro, tão pouco de táxi.


 Fizemos muitas coisas juntos, entre elas, mobiliar o apartamento na Monsenhor Veras, viajar para diversos estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Maceió e Salvador. E, ainda, um cruzeiro de navio a bordo do Costa Vitória. Uma viagem inesquecível!

 O melhor de tudo, ouso a dizer, foram às intermináveis idas ao cinema. Assistimos aos melhores filmes juntos. Algumas vezes não fui boa companhia, pois dormi, mas, com certeza, o filme não era bom. E, percorremos boa parte dos melhores restaurantes portoalegrenses, principalmente, os chineses, que chego a estar enjoado de tanto ir.

 Vale ressaltar os shows que vimos juntos: Ana Carolina, Maria Bethânia, Zizi Possi, Vanessa da Mata, Simone, Kleiton e Kledir, Fernanda Abreu, Zélia Ducan, Ney Matogrosso, e Rita Lee. Melhor parar por aqui. Do contrário, a lista será interminável. Isso, sem citar as peças de teatro.

 Os passeios a dois pelas ruas de Porto Alegre e interior do Rio Grande do Sul também foram inesquecíveis: Brique da Redenção, passeio de barco no Guaíba, Festa da Uva em Caxias do Sul e por aí vai.

 Brigamos muito ao longo destes cinco anos friso, mas, tudo somado, fomos e somos felizes. Foram pequenas discussões. Hoje, analisando, bobagens, apenas bobagens e infantilidades. Nada sério!

 Agora, é levar a vida a dois, juntinhos. E, como já dizia o saudoso poeta Vinícius de Morais; “que seja infinito enquanto dure”.

terça-feira, 30 de março de 2010

Mania de tirar vantagem

 Tudo que eu pensei ser para sempre, hoje eu já não sei mais. Tudo muda, muda rápido demais para acompanhar. E as pessoas que escolhemos para estar ao nosso lado, nem sempre são aquilo que imaginamos, pensamos. Elas se fazem nossas amigas, mas, na primeira oportunidade, nos decepcionam. Somos bons enquanto somos úteis e prestativas para elas.

 Eu mesmo tenho exemplos no meu cotidiano. Colegas de trabalho fingem ser teu amigo, mas, na primeira oportunidade, te dão o bote, tiram vantagem da sua ingenuidade. Infelizmente, este oportunismo não faz parte somente do meu dia-a-dia, mas de muitas pessoas, inclusive, da sua. Sim, de você que esta lendo este texto, este blog neste exato momento. Você já parou para pensar, questionar sobre isso?

 O pior que não são só colegas, também se encaixam parentes e chefes. Sempre ao nosso lado tem alguém querendo tirar vantagem. Que mania deselegante que nos brasileiros temos de querer tirar vantagem em tudo! Exemplos maiores acontecem no trânsito, em uma fila para pagar conta ou ser atendido.

 Na hora de pagar uma conta, quase nunca recebemos o troco certo, sempre falta uma moedinha ou ganhamos uma balinha para completar o troco. Mas, se não tivemos esta moedinha para fechar o valor, não podemos comprar o que almejamos ou embarcar em um ônibus. E, se você tentar dar o dinheiro, mais as balinhas que você recebeu de troco, é linchado, chamado de louco. Mas, nós, temos obrigação de aceitar.

 No trabalho, a situação não é diferente. De uma maneira ou de outra, quase sempre levamos alguma desvantagem. É à hora extra que não veio no contracheque. Você terá folgas, muitas folgas, mas, sempre menor do que deveria ter.

 O salário previsto para o dia cinco que você recebeu dia oito, e em cheque. O dinheiro do vale transporte que você não ganha, pois tem carro. E, se a empresa for pequena, nem carteira assinada você terá. Já seu chefe vai achar que esta prestando um favor para você por ter te empregado. E, horário, você só terá para entrar. Já para sair, somente quando teu chefe resolver dizer que você pode ir embora mesmo depois de ter terminado seu expediente. E o pior, ele vai achar que ainda esta te prestando um favor.

 E, como você não tem carteira assinada, por conseqüência, não terá nenhum benefício posterior. Aposentadoria e invalidez provisória por acidente ou doença, nem pensar. É melhor você morrer, custa menos ao Estado.

 Então, pergunto a você leitor deste blog: até quando nos brasileiros vamos querer tirar vantagens um sobre os outros? Se alguém souber, me responda, por favor. Estou esperando.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Final de semana frustado

Sábado resolvi conhecer o zoológico de Sapucaia do Sul. Até aí, tudo bem, pois me parecia ser um bom programa, diferente. Mas, me enganei, fui um legítimo programa de índio, deixou muito a desejar.


Ao chegar, desembolsei quatro reais de entrada, isso de carro. Achei um bom preço, justo. Já o acesso ao local, deixou a desejar. Estrada de chão mal conservada, cheia de buracos.

Corsa estacionado em uma sombra começo a percorrer, conhecer o zoológico e seus animais. Tudo bem sinalizado, limpo, mas, poucos animais. Que decepção! Um espaço tão grande destinado ao lazer e com poucos animais. Alguns, diria, tristes por não terem uma companheira ou companheiro. Mas, percebe-se que todos estão bem cuidados, alimentados.

Mas, o pior de tudo é chegar a Sapucaia do Sul, a estrada é um verdadeiro campo de obras. Isso sem contar que já está intransitável, principalmente ao se aproximar de Canoas, onde o tráfego de veículos literalmente para, causando enorme congestionamentos, isso em qualquer dia e horário.

Qual será a solução dos nossos governantes para esse eterno congestionamento, principalmente nas proximidades da Praça do Avião, em Canoas? Esta, terá que ser rápida, do contrário, em breve o trânsito irá parar, mais do que já vem acontecendo. É um verdadeiro estresse.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Cantando com a ovelha negra

  No último sábado, dia 13, tive o privilégio de assistir ao show de Rita Lee, em Porto Alegre. Rita cantou quase todos seus principais sucessos, incluindo, músicas da época da tropicália e dos Mutantes.

  Na minha opinião, um show politicamente correto apenas. Músicos afiados e bem sintonizados com Rita Lee. Som impecável e cenário mediano. A voz de Rita Lee, já não é mais a mesma. Um tanto quanto desgastada pelo tempo, afinal já são 65 anos de vida. Rita, em quase todo o show, contou com a ajuda nos vocais. Quando ousou cantar sozinha, mostrou uma voz rouca, cansada.

  A performance no palco também deixou a desejar apesar da simpatia com os gaúchos. Rita conversou muito e contou causos, inclusive, afirmou torcer pelo internacional. Um dos melhores momentos ficou com a imitação de Gal Costa na clássica Baby (Você, precisa saber da gasolina, da margarina...), onde pareceu de peruca preta onde usou e abusou dos gestos e expressões da baiana. De quebra, um medley dos Mutantes e Tropicalismo, de Bat Macumba a Panis et circenses.

  O pior que o último cd e dvd da cantora, intitulado apenas de Multishow ao vivo, já dava uma prévia do que seria o show e do desgaste da voz de Rita. Pena que percebi a tempo, pois teria economizando R$ 75,00. Mas, apesar de esperar mais do show, foi gratificante rever Rita Lee 30 anos depois, afinal, cantei junto seus principais sucessos como: Ovelha Negra, Saúde, Flagra, Erva venenosa, Bwana, Agora só falta você, Lança Perfume, Bem me quer, Doce Vampiro, entre outras.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Festa da Uva

 Acabou a Festa da Uva, um dos maiores eventos de Caxias do Sul e do Brasil. Confesso que há tempos não via uma festa tão sem graça. Ouso dizer que o melhor da festa foi à simpatia e o empenho da rainha e princesas, bem como a participação da comunidade.

 O desfile do corso alegórico deixou a desejar. Foi um dos anos mais simples, sem criatividade, deixou muito a desejar. Não entendo como a comissão da Festa da Uva não fez uma visita à Gramado, aos idealizadores do Natal Luz, para trocar algumas idéias. Vale ressaltar que o Natal Luz é um encanto de evento. Perfeito em todos os sentidos, da decoração aos desfiles.

 Nos pavilhões da Festa da Uva, a dificuldade começa com o acesso. Dez reais, por pessoa, nos finais de semana, é salgado para uma família de classe média ou com renda de um ou dois salários mínimos. Faça o calculo. Em média, uma família é constituída de quatro pessoas: pai, mãe e dois filhos. São R$ 40,00 somente de entrada. Se a família for de carro, mais R$ 10,00 para o estacionamento. Já são R$ 50,00. Uma lembrança aqui, um lanche mais tarde, com certeza, o valor ultrapassara os R$ 100,00.

 Vale ressaltar que a festa oferece degustação de uvas à vontade aos visitantes. A mesma é servida em bandeirinhas de papel e vem lavada e gelada. Uma delícia. Na parte cultural, os shows também agradaram o público. Tinha atrações para todos os gostos. Do sertanejo ao pagode, passando pelo rock e pelas atrações locais e regionais.

 Nos pavilhões, o visitante encontrava de tudo: roupas, bijuterias, artigos de cozinha, enfeites para casa, exposição de ônibus, implementos agrícolas... Tirando o calor excessivo, a exposição e comercialização de produtos estava bem organizada, com preços bons e acessíveis.

 Agora é esperar para a edição de 2012 supere a deste ano em todos os sentidos, pois nosso povo, nossa gente, nossos governantes tem todas as condições para isso. É esperar para conferir!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Drogas nunca mais

 Se fosse enumerar todas as gafes e erros que cometi acredito que daria para dar a volta ao mundo. Algumas tomaram proporções enormes, outras, menores.

 Uma delas foi na época em que trabalhava no Jornal Pioneiro. Época de eleições. Era proibido tomarmos partido. Mas, inconseqüente como era, resolvi participar de uma carreata, em prol do candidato Pepe Vargas, isso que nem sou do PT, mas, simpatizava com Vargas e sua esposa, também concorrendo a uma vaga no Legislativo.

 Até aí tudo bem, pois tinha certeza que ninguém iria descobrir, sem contar que estava indo de encontro aos meus ideais. Mas, para minha surpresa, fui filmado, sem perceber, pela RBS TV. Na edição de segunda, lá estava eu, bem belo e faceiro, acenando a bandeira do PT. Resultado, uma advertência no trabalho. Na época, recordo, ainda não era formado, o que complicou um pouco mais. Levei aquele pito do editor-chefe.

 Retornando mais ainda ao passado, em São Marcos, dia da coroação da minha irmã. Ela seria a nova rainha do Clube Grêmio Americano. Mãe e irmã no cabeleireiro e pai tomando uma cervejinha no barzinho. Eu, em casa, brincando de massa de vidro. Por um descuido, atravesso a janela com a mão direita. Resultado: todos os tendões da mão direita cortados.

 O susto em ver os tendões para fora, me fez correr até o hospital. Era sábado. Apenas um médico de plantão. Lá fui eu para sala de cirurgia, sozinho. Cerca de quatro horas de cirurgia, lá fui eu para casa com o braço engessado e os tendões costurados. Família quando chegou ficou louca. Mas, tudo acabou bem e, pro incrível que pareça, acabei indo a coroação à noite.

 Anos mais tarde, tive que refazer a cirurgia, pois tava perdendo os movimentos da mão. No sábado, dois dias antes de fazer a nova cirurgia, Andréa, Nani e eu fomos a uma festa no Clube Juvenil. Tomamos todas. De quebra, alguns moradores de apetite para dar mais ânimo.

 Recordo que fiquei o domingo todo errado. Batia e derrubava tudo. Não conseguia nem falar direito. E o pior, dia seguinte cirurgia. Mas, tinha certeza de que estaria bem. E de fato acordei me sentindo melhor. Mas, na hora da anestesia local, nada de pegar.

 Sentia os médicos mexerem na minha mão e muita dor. Tiveram que fazer anestesia geral e acabei tendo uma parada cardíaca. Quase fiquei na mesa de cirurgia. Fui trazido de volta graças ao ressuscitador.

 Passado o susto, jurei nunca mais beber – tanto -, ou me drogar. Daquele dia em dia em diante, mudei minha vida, fiquei um pouco mais saudável. Precisei de um susto para cair na real. Hoje, sou a pessoa mais careta que existe na fase da terra, mas, não recrimino nada. Todos temos que aprender com nossos próprios tropeços.

terça-feira, 2 de março de 2010

Paciência

  Paciência nunca foi meu forte, quem me conhece sabe disso. Estouro feito um rojão. Se estou errado, peço desculpas, mas se estou certo, o orgulho fala mais alto. Não falo com a pessoa, a não ser o essencial, até ela pedir desculpas. Sem sombra de dúvida, um defeito meu ainda ser corrigido. Juro que tenho tentando contar até dez, mas, nem sempre consigo.

  Segunda-feira mesmo, minha mãe voltou da praia. A primeira coisa que disse antes de dizer: to com saudades foi: “nossa como você está gordo. Precisa emagrecer”. Mordi a língua para não falar nada, dar o contra ataque. Apenas fechei-me em meu mundinho, fui deitar. Nem as novidades da praia quis saber. Eu sei que estou gordinho, ninguém precisa me dizer. Tenho espelho. E, se achou, tenha educação e guarde o comentário para si mesmo.

  Outro dia mesmo, andando pelas ruas de Caxias do Sul, encontrei uma velha conhecida de minha mãe. Ao me ver, perguntou da mãe, da Fernanda, da minha irmã e, para finalizar, como eu estava gordo. Não resisti. Quando vi, já havia lhe dito: “tava olhando para a senhora, como você envelheceu. Nem parece que a senhora tem a mesma idade da minha mãe. Desculpe dizer, mas o tempo não lhe fez bem”. A mulher ficou vermelha, virou as costas e foi embora. Nem tchau me deu. Risos.

  Fato parecido aconteceu com outra amiga da minha mãe. Só que desta vez, ao comentar que estou gordo, não resisti e perguntei se ela estava grávida. A mulher queria me comer, avançar. Só sei que a vingança é doce. Risos. Sempre digo: “quem fala o que quer, ouve o que não quer”.

  A única coisa que sei é que cheguei ao meu limite de peso. Roliços 90 quilos. Realmente preciso fechar a boca e emagrecer. Talvez assim as pessoas parem de me chamar de gordo.

  Nada melhor do que começar a dieta numa segunda-feira. O café da manhã foi uma xícara de café com leite com duas fatias de pão torrado. Já o almoço, que é o perigo, afinal, duas semanas sem comida de mãe, estou faminto por sua modinha. Só sei que será arroz, feijão e bife. Precisa mais do que isso?

  De tarde, uma fruta e de noite, só uma sanduíche. Vamos ver se da próxima vez que escrever algo sobre peso, já estou com 85 quilos.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Na platéia do Trem Azul

  Não é porque Elis Regina morreu, mas, sem sombra de dúvida, Trem Azul foi um dos melhores shows que já vi ao longo dos meus 40 e poucos anos. Um show impecável apesar de pouca gente.

  Recordo que, como era estudante, comprei o ingresso mais barato, nas arquibancadas, afinal, adorava e adoro Elis Regina. Vida de estudante sabe como é, dinheiro sempre contado.

  Como o Gigantinho é grande, pensei que não ia ver o show direito. Mas, me enganei. Cheguei cedo, três horas de antecedência. O show era às 21h. Escolhi o melhor lugar das arquibancadas, onde poderia ver melhor minha diva.

  Para minha surpresa, o Gigantinho não lotou. Pouquíssimas pessoas foram ver Elis Regina. Acredito que não havia mais que cinco mil pessoas, sendo que o espaço deve ser para umas 12 mil.

  O show começou quase no horário com Elis mostrando para o que veio. Com “Aprendendo a jogar” ela levantou a platéia já no início do show e a fez o público cantar e dançar junto. Foi divino. O mesmo aconteceu com “Alô, alô Marciano” e “O medo de amar é o medo de ser livre”.

  Não recordo se foi nesta hora ou depois de “Trem Azul” que Elis, muito simpática, parou o show e convidou todos para se aproximarem, chegarem mais perto, virem para pista, pois havia muito lugar vago ali na frente. Uma emoção tomou conta de mim, afinal, ia ficar pertinho de Elis. Com a medida, Elis agradou a todos e o show ficou mais aconchegante, intimista.

  E, foi bem nesta parte que Elis encantou e empolgou ao cantar “Se eu quiser falar com Deus”, “Flora, “Valsa de Eurídice”, “Canção da América” e “Me deixas louca”, estas duas últimas de arrepiar. Só de lembrar, os pelos dos meus braços se ouriçam.

  Talvez, “Me deixas louca”, “Canção da América” e “Se eu quiser falar com Deus”, tenham sido os momentos mais marcantes junto com “Maria, Maria”, onde Elis pos a platéia abaixo, ao delírio, êxtase. Sua dançinha, performa-se no palco foi magistral. A partir destes momentos que entendi o significado de um dos seus muitos apelidos: “heliscóptero” e “pimentinha”.

  Dando seqüência, Elis contagiou com os sambas “Sai dessa”, “Aqui é o país do futebol”, seguido por um pot-pourri fantástico, onde inovou e misturou músicas super conhecidas de outras interpretes como “Amante a moda antiga”, Começar de novo”, Menino do Rio” e “Lança perfume”, com temas de aberturas de programas da Rede Globo, como o da novela “Baila Comigo”, Fantástico”, Os Trapalhões”, entre outros. Foi perfeito, sublime!

  O que me chamou a atenção era o improviso de Elis Regina. Os músicos deviam passar trabalho com ela, principalmente o baterista. Sua voz alcançava altos e baixos em segundos. Os vocalizes eram fantásticos, perfeitos, principalmente em “Aprendendo a jogar”, “Trem azul”, “Caxangá” e “o que foi feito de Vera”. Vale ressaltar a afinação. Não é necessário nem comentar.

  Resumindo: o show foi perfeito, irreal, excepcional. Não me arrependo de ter contado os trocos e ficado um mês sem ir a festas para poder assistir ao show. Pena na época, anos 80, não ter máquina digital para ter registrado este momento único, ímpar, mas, que esta bem guardados em minha memória.