domingo, 21 de abril de 2013

Zanga de amor



  O amor parece estar de zangado comigo. Conheço pessoas fascinantes, encantadoras, mas nada vai adiante.

 Inicialmente acreditei que o problema estava com as outras pessoas, mas, após alguns dias pensando, descubro que o problema sou eu.

 Sim, sou exigente, seleto. Não é qualquer pessoa que roupa minha paz, meu coração. Me valorizo muito. É, pra se corresponder, enamorar comigo, tem que ser especial.

 Me conquistar não é fácil! Um simples deslize faz tudo ir por água baixa.

 Recentemente, um simples estresse no trânsito levou o fim de uma paquera. Não era um grande amor, do contrário, não teria terminado. Melhor assim, penso!

 Um simples jantar também foi motivo para encerrar um novo romance que iniciava. O encontro começou com um jantar em um restaurante árabe. Foi perfeito, redondinho, com direito a troca de olhares, beijos e mão na mão.

 No dia seguinte, sou informado que ela tinha um jantar com amigos. Levei um banho de água fria! Percebi que não agradei tanto assim nem o jantar não foi tão especial como pensei.

 E, mais recentemente, em Porto Alegre, envio um torpedo para uma amiga do Facebbok  a convidando para um jantar. Recebo um de volta que ela tem janta com amigas. Respeito, afinal, enviei o msn muito tarde.

 Cheguei em Porto Alegre, muito tarde. Devia ter me programado mais, não simplesmente ter ido achando que seria recebido de braços abertos. Não posso esquecer que as pessoas tem compromissos e, esqueci! Até aí, tudo bem!

Fiz minha voltas, compras, passeios e voltei para o hotel. Lá pela meia noite recebo outro torpedo me convidando para sair. Já estava deitado, dormindo. Levei bronca atráves do celular. Talvez merecida, mas, acho que não.

 Recordo que respondi, educamente, dizendo já estar dormindo e sugeri um café ou chimarrão. Não obtive resposta. Mas, até entendo, como disse, ninguém precisa estar a nossa disposição. As pessoas tem compromissos, seus afazeres.

 São estas coisas que constatam que o errado sou eu. Preciso ser mais flexível, tolerante. Quem sabe amanhã, hoje ainda estou achando que o culpado desta zanga é o amor.