domingo, 24 de dezembro de 2017

Feliz Natal

Hoje comemora-se o nascimento de Jesus. Para celebrar seu nascimento, as famílias se reúnem e festejam com banquetes e troca de presentes.

Sim, isso todos nós sabemos, mas a verdadeira história de Natal começa, na verdade, pelo menos sete mil ano antes do nascimento de Jesus, em Roma, e era uma homenagem à data de “nascimento” do deus persa Mitra, que representa a luz. E, ao longo do século 2, tornou-se uma das divindades mais respeitadas entre os romanos.

A comemoração é tão antiga quanto a civilização e tem um motivo bem prático: celebrar o solstício de inverno, a noite mais longa do ano no hemisfério norte, que acontece no final de dezembro. Dessa madrugada em diante, o sol fica cada vez mais tempo no céu, até o auge do verão. É o ponto de virada das trevas para luz: o “renascimento” do Sol.

Vale lembrar que os gregos aproveitavam o solstício para cultuar Dionísio, o deus do vinho e da vida mansa, enquanto os egípcios relembravam a passagem do deus Osíris para o mundo dos mortos. Na China, as homenagens eram (e ainda são) para o símbolo do yin-yang, que representa a harmonia da natureza.

O nascimento de Jesus, começou a ser comemorado no século quatro, quando o cristianismo virou religião oficial do Império Romano, no dia 25 de dezembro, juntamente com o nascimento de Mitra.

Já, a história de Papai Noel começa na Ásia Menor, século 4. Três moças da cidade de Myra (onde hoje fica a Turquia) estavam na pior. O pai delas, era muito pobre, e as garotas só viam um jeito de sair da miséria: entrar para o ramo da prostituição. Foi então que, numa noite de inverno, um homem misterioso jogou um saquinho cheio de ouro pela janela (alguns dizem que foi pela chaminé) e sumiu. Na noite seguinte, atirou outro; depois, mais outro. Um para cada moça. Aí as meninas usaram o ouro como dotes de casamento – não dava para arranjar um bom marido na época sem pagar por isso. E viveram felizes para sempre.

Papai Noel (Father Christmas), na verdade, era o bispo Nicolau de Myra, um ricaço que passou a vida dando presentes para os pobres e foi canonizado pela igreja católica como São Nicolau.

Mas, não podemos esquecer que o Natal além de celebrar o nascimento de Jesus também é tempo de perdão, de esquecer as tristezas e amarguras. É deixar renascer em nossos corações a paz, o amor e a esperança lembrando que o melhor presente é um abraço carinhoso em quem amamos.

Feliz Natal amigos! - JK

domingo, 17 de dezembro de 2017

50 e poucos anos



Completar mais de meio século de vida nesta terça-feira, dia 19, não é para qualquer um, nem mais como antigamente, no tempo dos meus pais e avós. Hoje, somos muito mais ativos, participativos do que antes.

Aos 50 anos ou mais, a gente ainda casa, se separa, muda de profissão, começa mais uma faculdade, faz filhos, cuida dos netos, cuida da casa sem medo de ser feliz ou do que os outros vão pensar. Ouso dizer que hoje, apesar de muitos quilos a mais, estou muito melhor do que há trinta anos atrás. Estou mais sábio, adquiri conhecimentos e experiências que ninguém vai me tirar.

Vale a pena lembrar que o tempo não está no relógio, na ampulheta, nem no cronômetro. Ele está dentro de nós, na intensidade que vivemos, ou seja, no tempo contido dentro de cada dia. Eu mesmo, friso que vivi meus mais de cinquenta e poucos anos intensamente e não me arrependendo de nada do que fiz. Pelo contrário, fiz no tempo certo, na hora que eu achei certo, mesmo estando errado.

Sim, errar também é preciso para termos a noção do que é certo. Eu errei muito, assumo, mas era preciso, foi preciso! Do contrário, não estaria aqui hoje, feliz, escrevedo esta crônica.

Discorda? Então, se imagine vivendo num tempo sem relógio, sem celular, sem televisão, .... sem nada que pudesse lhe dizer que horas são, nem o dia do ano, nem o mês ou ano. Nem o que é certro ou errado. Estaríamos perdidos, sem experiências, apenas soltos em um tempo que não pode existir.

Hoje, dos altos dos meus cinquenta anos, posso pensar que vivi mais de meio século intensamente e exageradamente, volto a frisar e repetir. E, agradeço a Deus por esta oportunidade. E, a minha família e amigos por estarem sempre do meu lado nesta longa trajetória um tanto quanto atrapalhada e desatrada.

Ouso afirmar que me joguei de cabeça em tudo que eu fiz, dos amores ao trabalho. Tudo no seu tempo exato, nem mais nem menos.

E, quantas as marcas que o tempo deixou em minha pele, agradeço. São caminhos trilhados com êxito, marcas da minha passagem aqui na terra, pegadas da minha existência. Minhas rugas são vivências que nem todos tiveram o prazer de conquistar.

Mas, o melhor de tudo, é ser de sagitário, ser de dezembro, do mês mais festivo e alegre do calendário. É acreditar no nascimento de Jesus, no renascer da esperança, no ano novo que se inicia.

Hoje, me vejo mais feliz, mais elouquente, confiante e otimista que antes. Aposto nos jovens, tenho orgulho dos meus filhos, neto, sobrinhos e acredito no ardor das manifestações e revoluções, pacíficas é claro!

Meu coração, apesar de seus cinquenta e poucos anos, é de uma criança e com elas, me identifico e me dou tão bem. É que não sei mentir, embora esteja aprendendo. Assumo, com orgulho que sou brega, imaturo, tolo muitas vezes, mas com um enorme coração e uma sensibilidade que aflorou com o passar dos tempos.

Não, eu não endureci, pelo contrário, estou mais sentimental. Um simples beijo de novela me faz chorar e um abraço amigo me deixa feliz. Acredito, mais do que nunca na fidelidade e que se os homens, não voltarem amar e respeitar o próximo, nossas existência está com os dias contados.

E, o maior patrimônio que acumulei foi uma consciência tranquila, que cumpri minha missão aqui seja como pai ou filho, amigo e amante. Trago no peito, a saudade de amigos e parentes que já particiram, mas que nunca esqueço e que, em breve, tenho a certeza de que vamos nos reencontrar na outra margem da vida.

Enquanto esse dia não chega, a sorrir eu pretendo levar a vida por muitos dezembros e reveillons. Então, parabéns para mim! Muitos anos de vida! - JK

sábado, 9 de dezembro de 2017

51 mas com cara de 31

Estou impressionado com a rapidez que as horas, os dias, os anos estão passando. Há pouco tinha 18 anos. Quando me deparei comigo mesmo, já estava com 30 anos. Daqui a 09 dias literalmente estarei na fase do “enta”, do cinquentão, sessentão,... E o pior, me sinto como um meninão, como se tivesse, no máximo, 30 anos.

Olhando um pouco mais para trás, vejo o quanto meus sobrinhos cresceram. A Fernanda, que vi nascer, ajudei a cuidar, já está com 30 anos. Parece que foi ontem que eu corria para as Americanas, em Porto Alegre, atrás de brinquedos e bonecas, principalmente, da Xuxa.

O mesmo acontece com o Rodolfo. O guri apaixonado por Legos, hoje só quer saber de mini-séries televisivas, computador e livros. E o pior, eu também. Comprei para ele todas as temporadas de séries que achamos interessantes, entre elas, Motel Bates. Não resisti e já estou terminando a quinta temporada.

Minha mãe mesmo, que até então não parecia envelhecer, fiquei assustado quando ela disse que já iria fazer 77 anos em 2018. Para mim, o tempo não passou para ela. Ela continua linda e jovem. Notei que os anos passaram de tanto ela reclamar de dor nos braços e em outros lugares. Todos os dias surge uma dor nova. Até então, para mim, ela era uma jovem senhora. Imaginem como eu vou ficar: Jean das Dores. Risos.

Meu pai, parece que foi ontem que ele partiu, mas já faz 15 anos que ele faleceu. Sou capaz ainda de sentir o seu cheiro dele no meu quarto ou quando entro no meu apartamento. Ainda sinto-o tão presente. Em Finados, quando fui conversar com ele, em São Marcos, no cemitério, ainda não acreditava que seu corpo estava lá. Tenho sempre a impressão de que, quando menos espero, vou encontrar com ele em casa ao chegar.

Eu mesmo, to com um barrigão indecente, os cabelos estão ficando ralos e brancos. E, os pelos das pernas começaram a cair, todos! Pode? Só posso dizer que o tempo não para e a idade não vem sozinha. E, deixa vir! É preciso saber envelhecer e aceitar-se! Até agora, estou conviendo muito bem com meus quase 51 anos que estão chegando junto com o Natal e Ano Novo. - JK