segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A casa de Elis Regina

 Fiquei impressionado com o descaso da Administração Municipal e dos porto alegrenses para com sua maior cantora. Explico: este final de semana fui à Porto Alegre para namorar. Num destes súbitos e imprevisíveis momentos, resolvemos conhecer a casa onde nasceu Elis Regina, no bairro Iapi.

 Endereço em mãos, lá fomos nos procurar o prédio. Para complicar, enfrentamos um congestionamento medonho, devido a uma passeata. Para percorrer algumas quadras, foi necessário muita paciência. Mais de uma hora para se deslocar do Bom fim ao Iapi.

 Fiquei impressionado com a falta de planejamento municipal para os condutores de veículos. Mas, deixando o trafego de lado de uma das cidades que vai sediar a copa em 2014 – não quero nem pensar nos imensos congestionamentos -, voltamos à casa de Elis.

 Chegando no bairro, na rua Rio Pardo, 21, finalmente me deparo com a tão sonhada casa de Elis, neste caso, um pequeno prédio de dois andores, uma espécie de condomínio residencial. São diversos blocos iguais, todos bem organizados, cuidados, sinalizados. Fico um tempo estático olhando para a edificação e imaginando como teria sido a infância de Elis. As ruas por onde andou, o quarto onde dormiu, a parada onde pegava ônibus para cantar no centro, a praça onde brigava, que brincadeiras gostava... Minha mente divaga, viaja, tenta voltar ao passado.

 Poucos metros do prédio me deparo com um largo em sua homenagem, o Largo Elis Regina, com uma simples placa de bronze. Aliás, diga-se de passagem, mal cuidado, com grama alta precisando urgentemente ser cortada e um bocadinho de papéis trazido pelo vento.

 Na minha opinião, o apartamento que nasceu Elis, devia ser transformado em um museu em sua homenagem. No Largo, além da placa em bronze, no mínimo um busto seu já que no Gasômetro, encontra-se sua estatua, belíssima por sinal. Lá sim uma justa homenagem aquela que foi uma das maiores cantoras do Brasil.

 Aproveitei também para revisitar a Casa de Cultura Mário Quintana, que abriga a Sala Elis Regina. Lá estão alguns dos seus trabalhos expostos, além de roupas usadas em shows. De quebra, a exibição constante de um vídeo da cantora no telão. Uma excelente idéia! Tudo isso me remeteu ao último show em solo gaúcho da saudosa Elis Regina, no gigantinho. Um show ímpar, magnífico. Saudades de Elis, embora ela esteja sempre presente em nosso cotidiano através de suas eternas canções.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Minisséries como companhia

 Sempre fui caseiro, reservado, tranqüilo. Mas, neste rigoroso inverno, me recolhi, fechei-me ainda mais eu meu mundinho.

 Saio apenas para trabalhar. No máximo, um cineminha ou um jantar fora. Ou, uma paradinha no Iguatemi para compra um cd, dvd ou livro.

 Nestas minhas paradinhas na Saraiva, não resisto e compro dvds de minisséries. Estou apaixonado por este tipo de entretenimento. Em outras palavras, viciado.

 Atualmente, estou terminando de assistir a segunda temporada de “True Blood”. Muita boa a minissérie de vampiros que, para sobreviver, tomam sangue sintético e dividem o mesmo espaço com os humanos. Hoje mesmo encerro a temporada.

 Quero começar ainda hoje mesmo “Brother & Sisters”. Assisti alguns episódios na televisão e adorei. Resultado: acabei comprando a primeira e segunda temporada. Já to louco para ver. Por empolgação, também adquiri “Maysa” e “Dalva e Herivelto”. Se depender do que adquiri, até final de setembro não saio de casa. Risos.

 Antes de “True Blood”, devorei “The L World”. Muito boa a mini série. Soube retratar muito bem o universo feminino. E o melhor, com tórridas cenas de sexo entre mulheres, um fetiche de todo homem.

 Anteriormente, me enamorei dos problemas familiares de “A Sete Palmos”. Imagine você morando ao lado da morte, ou seja, junto a uma casa funerária. Humor negro do jeito que eu gosto.

 Dando continuidade, quase morri de rir com o sitcom de “Will & Grace”. São hilárias as situações do advogado Will Truman, um advogado gay, e de sua amiga Grace Adler, que montou seu próprio escritório de decoração. O melhor é a amiga deles, a multimilionária Karen Walker e suas inesquecíveis trapalhadas pinceladas de humor negro e politicamente incorretos.

 Deixando a comédia de lado, também assisti ao drama “Oz”. A série mostra o cotidiano de uma prisão de segurança máxima conhecida por “Oz”. Nesta, estão presentes temas como sexo, violência e drogas.

 Ainda com o mesmo tema acompanhei o drma de suspense e ação, “Prison Break”. A história gira em torno de um homem que recebeu sentença de morte por um crime que não cometeu e de seu irmão que elabora um plano para tira-lo da prisão. Empolgante! Também assisti a “Roma”, “Supernatural” e “Dexter”. Todas muito boas. Vale a pena conferir!

domingo, 15 de agosto de 2010

Falando de samba

 Ando apaixonado por samba. Dia e noite no meu aparelho de som e mp4 só toca samba. Eta ritmo gostoso, contagiante, empolgante... Quando menos percebo, estou cantando junto e sambando miudinho.

 Dentre as cantoras favoritas da atualidade estão Mart´nália e Roberta Sá. Da velha geração, estão Alcione e Beth Carvalho.

 Adoro o suinge e a malandragem de Mart´nália, é envolvente, sem contar a paradinha que nos remete a seu pai, o grande Martinho da Vila. Seu novo cd e dvd, “Em África Ao Vivo”, é bom demais. Lá estão seus principais sucessos como Cabide e Conto de areia, além dos sucessos do seu pai. Entre eles: Ex-amor e Disritmia.

 No dvd, o show gravado na ilha de Luanda, além de uma roda de samba gravado em um quintal do Rio de Janeiro. Com certeza, merece ser conferido.

 E, minha adoração por ela não para por aqui. Recentemente adquiri todos os cds que encontrei dela: cinco. Todos elogiáveis: “Ao vivo”, “Madrugada”, “Menino do Rio”, “Minha cara” e “Ao Vivo em Berlim”.

 Bem, Roberta Sá contagia pela afinação e belos arranjos do Trio Madeira Brasil. Seu novo disco “Quando o canto é reza” é fundamental para os amantes do samba. Um disco caprichado, uma justa homenagem ao baiano Roque Ferreira, autor de sucessos de Maria Bethânia e Clara Nunes. Um dos destaques fica por conta da capa e do encarte do cd, um belíssimo trabalho de Felipe Jardim.

 E, ainda falando de samba destaco aqui também os novos de Martinho da Vila: “Poeta da Cidade” e “Filosofia de vida”. O primeiro uma justa homenagem ao poeta Noel Rosa e, o segundo, uma homenagem ao próprio Martinho da Vila, com participação de Ana Carolina. O cd também foi lançado em dvd. E, ainda falando no tributo a Noel, Mart´nália dá uma canja no cd do pai.

domingo, 8 de agosto de 2010

Quero ser surpreendido!

   Será que um dia eu terei um amor ou uma amizade como estas de cinema? Onde o apaixonado ou amigo faz tudo pelo seu amor, seu amigo? Confesso que ta difícil, mas, não custa nada sonhar, afinal, como diz o ditado: sonhar não custa nada.

  Raramente fui surpreendido pelos meus amores, relacionamentos. Ouso dizer que somente uma vez, ao menos que eu lembre. Guardo com carinho na mente apenas uma única lembrança.

  Na época, trabalhava no Unibanco, em Porto Alegre, na agência sete de setembro, no subsolo. Recordo que eu é minha chefe, a Elisa, vimos um cara descer com um buquê de rosas vermelhas amarrados em um sisal junto com um ursinho branco escrito: Eu Te Amo. Nos olhamos e ficamos a imaginar para quem seria.

  Para minha surpresa, o diferente ramalhete de flores estava endereçado a mim. No cartão, um simples dizer: “eu gosto de ser mulher que mostra mais o que sente”. Bem, não precisa dizer mais nada o cartão. A frase retirada de uma música de Marina Lima que escutamos na voz de Maria Bethânia na noite anterior, dizia tudo.

  Nunca havia recebido rosas, nem tão pouco visto um arranjo tão diferente. E o ursinho, então, só havia ganhado quando criança bichinhos de pelúcia. Achei o presente tão meigo, singelo. Ah! Vale lembrar que meu apelido, na época, era Ursinho Panda, ou Panda como era chamado na intimidade.

  Se não me falha a memória, eu devia ter 23 anos quando ganhei os presentes que me surpreenderam. Decorridos mais de 17 anos, ainda guardo este momento na memória e em foto. Realmente marcou.

  De lá para cá, nada mais aconteceu que me surpreendesse. E, olha que eu puxei fatos da memória. Nem uma cesta de café da manhã ganhei tão pouco um cafezinho na cama. Risos. E, olha que eu sou criativo, faço loucuras por amor ou pó um amigo. Mas, ainda tenho certeza que alguém vai me surpreender e tirar um pouco minha vida deste mar de marasmo. Se este dia chegar, prometo que relato aqui no blog o acontecido.

sábado, 7 de agosto de 2010

Sexta-feira em casa

 Final de semana em casa é sempre aquele tédio. Nada para fazer a não ser ver televisão e atacar a geladeira constantemente. Para amenizar, nada melhor do que ir até a locadora locar alguns dvds. E, foi justamente o que eu fiz. Loquei quatro filmes de sexta-feira para sábado.

 Um bom: “De repente, Califórnia”. Não esperava nada do filme. Dos quatro, foi o que loquei sem pretensões, mas que acabou sendo o melhor de todos. Não vou contar a história do filme, mas vale à pena conferir. Se você ler a sinopse, com certeza não locaria, mas, recomendo. Só posso dizer que aprendi que o filme: “o amor está onde a gente menos espera”. E, como o filme é polêmico, ouso a dizer que o tema foi muito bem abordado, de tirar o chapéu.

 O segundo, bem, loquei por causa dela, da Merly Streep, uma atriz que adoro. Todos os filmes dela você pode assistir sem medo, geralmente são bons ou excelentes. “Simplesmente complicado” não podia ser diferente. Uma comédia leve, inteligente, boa para assistir e esquecer dos problemas do cotidiano.

 Bem, o terceiro, deixou a desejar. Pelo resumo, diria que era uma extraordinária comédia romântica, mas, o filme me enganou redondamente. “Quando em Roma”, tinha tudo para ser um bom filme, mas apela para os clichês de sempre, não inovou em nada, a não ser a correta interpretação de Kristen Bell, perfeita no papel da mocinha romântica.

 E o último, por conseqüência, o pior deles, foi uma total decepção, pois traz outra atriz que gosto muito: Sandra Bullock. O filme “Maluca paixão” é ruim do começo ao fim, assim como a interpretação de Sandra. Nem parece que ela ganhou o Oscar no ano passado de melhor atriz. O filme, com certeza, merecia o troféu Framboeza. Levaria, no mínimo, três prêmios: o de pior filme, enredo e atriz. O pior é o estrago no bolso: R$ 27,60 por quatro dvds é salgado.

 Só espero que na hora de devolver os dvds, daqui a pouco, consiga locar filmes melhores, senão o sábadão cinzento e frio será insuportável. Help!

*** Em tempo: Sábado fiquei o dia todo em casa vendo filmes. Loquei Zumbilândia, O Padrasto e A Caixa. Só joguei dinheiro fora. Antes tivesse ido na formatura da minha amiga Denise.