sábado, 29 de julho de 2017

Despedir-se!





Depois de muito pensar, resolvo que é hora da despedida, deixar para trás velhos sonhos, velhos projetos e velhos amores platânicos. Se em 50 anos não realizei, talvez seja hora de deixar os velhos sonhos para trás e partir atrás de novos, reciclar-me.

Aquele sonho de casar de você, de ter uma casa com cerca branquinha, uma varanda e um cachorro, deu lugar para um prédio imponente e uma cinquentona  charmosa e inteligente. Aquele sonho de conhecer o mundo, deixei para o Pink & Cérebro. Hoje, se conhecer Belém do Pará me dou por satisfeito. O sonho de criar nossa empresa, o Temer e os políticos acabaram após tantos tributos e ladroagem.

Agora, que venham novos sonhos, novos trabalhos e novos amores. É hora de recomeçar em um emprego novo, fazer novas amizades, rever conceitos e ideologias enquanto é tempo.

Acredito estar na crise dos 50 anos, na andropausa. De repente, um calorão aparece, de repente um frio medonho. Tudo o que eu sabia até ontem, hoje já não sei mais, já não sei se quero saber.

Sinto-me perdido e sozinho dentro do meu eu. Estou fechado, introspectivo, preso ao mundo que eu criei. E o pior, dele não quero sair.

O mundo lá fora, apesar dos encantos, revela mais perigos que possamos imaginar. Eu mesmo, recentemente, conheci a pior pessoa que podia se imaginar conhecer. Aquelas, ruins e ardilosas como as piores vilãs de novelas. Jamais pensei que existiria no mundo real. Mas, não me preocupo em revidar, o tempo é o senhor da razão.


Enquanto não tomo a decisão certa, ou a errada, escrevo este desabado. Restam-me dois dias, tempo suficiente para pensar e repensar se haverá despedida ou não. Parei na contramão!