terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Eu tenho Fé!

Eu tenho fé! Acredito em Deus, anjos ou em qualquer ser de luz! Acredito em vida após a morte e em extraterrestres. Não podemos estar aqui somente de passagem e sozinhos nesta imensidão.

E vou mais além, acredito em duendes, gnomos, fadas e até em seres travessos que estão em nossos jardins e casas fazendo pirraças e travessuras. Acredito num mundo invisível paralelo ao nosso.

Como católico, aprendi a cultuar um Deus que foi crucificado para nos salvar. Com ele aprendi o poder do amor, aliás, todas as religiões e crenças nos levam a um único caminho: a fé. E, Deus, pode se apresentar em todas as formas, o importante é acreditar que existem seres superiores que zelam por nós.

Eu mesmo sou apaixonado por igrejas e templos. Sinto uma energia mágica nestes locais. Saio revigorado quando os visito. Daí vem minha fixação por fotografias de edificações religiosas. Adoro recordar que já estive ali e trouxe novas energias. O contrário acontece quando vou me despedir de alguém em cemitérios. Saio como se carregasse o mundo em minhas costas, baixo astral e desanimado.

Nestas horas, um banho de descarrego, com ervas aromáticas, sal grosso ou anil, ajuda. Vale aqui também, queimar um incenso e rezar um mantra, pedir luz. É preciso desprender do que nos acompanha. Um passe, ajuda neste caso!

E, independente da religião, o importante é ter fé, acreditar num ser superior e não fazer ou desejar mal a ninguém. Tudo que você deseja a alguém, de uma certa forma, retorna pra você. E, entra aqui aquele velho ditado popular: “a fé remove montanhas”. E, ter fé é preciso, assim como agradecer.

Eu tenho Fé! – 25.02.20.

Bloco do Eu Sozinho



Minha garganta arranha, meus olhos queimam. A terça-feira promete!

Sozinho em casa, escuto Elza Soares enquanto meu pensamento viaja e olho para o dia cinza lá fora! Estou num estágio de lamento profundo, down! Talvez seja efeito do álcool e da noitada de carnaval, ontem. Embora acompanhado por centenas de pessoas, a melhor companhia para mim, fui eu! Impressionante como as pessoas estão vazias, sem conteúdo. Só pensam prazeres momentos e descartáveis.


Descubro que sou um ser estranho. Prazeres momentâneos não me satisfazem mais. Além de velho, estou virando chato, esquisito. Até tentei conversar com algumas meninas mais jovens do que eu, mas fiquei pensando onde elas esqueceram o cérebro? Corpos perfeitos, lindas, mais desprovidas de inteligência. Lógico, toda regra tem sua exceção, não estou generalizando.


Conversando com mulheres da minha idade, solteiras ou separadas, descubro que a maioria esta desesperada para arranjar um namorado, marido. Uma simples conversa já termina em pedido de namoro. Corro, fujo! Compromissos me amedrontam!


Sim, sou diferente! Estar na minha companhia me basta. Não preciso de um milhão de amigos para ser feliz. Poucos e bons amigos me bastam. Aliás, estes poucos são os melhores, tenho certeza. Posso contar com eles em todos os momentos e vice-versa. Não vivemos juntos, mas estamos ligados em sentimentos e reciprocidades.

Não sou de procurar as pessoas, amigos. Se eles não me procuram, fico quietinho no meu canto. Como trabalho com multidões e falo muito, quando chego em casa ,quero mais é ficar quieto. E, ao contrário do que eu deixo transparecer, sou tri tímido quando se fala em de assuntos pessoais. No trabalho, sou outra pessoa, até eu me desconheço. Me convide para programas, com no máximo, seis pessoas. Serei a perfeita companhia! Mais do que isso, um não você ouvirá de mim. E, antes que você me julgue de esnobe, indiferente, sou apenas seleto. Sim, sou estranho. Neste carnaval sou o Bloco do Eu Sozinho.

Bloco do Eu Sozinho – JK- 25.02.20


domingo, 23 de fevereiro de 2020

Parem o mundo que eu quero descer!


Parem o mundo que eu quero descer! Acho que já vi e vivi tudo que precisava. Filhos e netos criados, profissionalmente satisfeito, amorosamente feliz, relativamente estável e emocionalmente instável.

As pessoas perderam a noção, o amor ao próximo. Estão cada vez mais egoístas, individualistas, ruins. Só pensam e desejam o mal ao seu semelhante. E o pior, nas redes sociais postam frases de autoajuda e, religiosamente vão aos seus templos orar e agradecer. É muita hipocrisia e falsidade!

O bulling tomou conta. Ninguém respeita ninguém! Você não pode ser gordo, negro, católico, gay, gremista que a gozação vem generalizada. O desapreço com as pessoas é grande! Desde quando chamar alguém de gordo, veado ou negro é carinhoso? Ou falar mal do seu Deus? Na verdade, Deus é um só, ele engloba todas formas de energia, assim como nossos somos iguais, independente de posição social ou status no facebook. Nas empresas, é um colega tentando puxar o tapete do outro quando deveriam estar se esforçando para se destacar e ajudar no crescimento da instituição.

Se seu amigo esta feliz, torça pela felicidade dele, agradeça por ele estar de bem com a vida, ter conseguido o sucesso pessoal e profissional. A inveja e maldade nada acrescentam, pelo contrário, destrói, puxa para trás. Uma pessoa jamais irá prosperar sem esforço, generosidade e respeito ao próximo.


Será que existe um lugarzinho onde não exista violência, pessoas passando fome e homens maus? Sim, eu sei, este lugar não existe! Mas, não custa nada sonhar que um dia vamos conseguir ser civilizados e chegar neste paraíso. Enquanto este dia não chega, continuamos caminhando em direção ao nosso fim.

Parem o mundo que eu quero descer – JK 23.02.20

domingo, 16 de fevereiro de 2020

Eu de dieta


É triste ser gordinho! Em apenas três semanas de viagem visitando clientes, engordei três quilos. Pior, por mais que tente fechar a boca, não resisto e me jogo as tentações dos cafés da manhã dos hotéis.

Como comer apenas saladas e bifes grelhados quando teus clientes te convidam para almoçar e jantar nos melhores restaurantes da cidade ou quando não fazem “aquele” almoço especial ou janta em suas casas. Impossível!

E, cá entre nós, fazer dieta é um crime! Quando me lembro que depois do carnaval tenho que recomeçar – sim, tenho mais uma semana de visitas. E não venha me dizer que a gente não passa fome. Comer pouco toda hora não me satisfaz.

Pior que a dieta sempre começa e termina igual. Na segunda-feira, aquele copo de shake diet com um pedaço de queijo branco. Minha disposição é humor estão excelentes. Tenho uma leve dor de cabeça. É meu cérebro pedindo comida.

Na terça, aquela saladinha básica, torrada de pão preto e um iogurte. A cabeça doí mais forte, mas nada que duas aspirinas não resolvam. E, depois de uma noite mal dormida, chega à quarta. Tive pesadelos a noite inteira, parecia que um “aliem” queria sair de dentro da minha barriga desesperado a procura de comida.

Na quinta, não sei o motivo, mas estou de mau humor. Descubro que odeio saladas. E, minha cabeça parece uma escola de samba de tanta batucada. Aspirina não resolve mais.

Na sexta, tenho vontade de exterminar a raça humana. Confesso que mataria por um brigadeiro. Na nutricionista percebo que, além de perder meu bom humor, perdi apenas 250 gramas. E ela tem coragem de me dizer que é assim. A FDP me chamou de velho. Sorte que não estou armado!


No sábado, sou acordando por frangos assados dançando can-can na minha imaginação. Minha família me diz que estou a cara do Jack, do filme O Iluminado. Chega o domingo, agora os frangos fazem a dança do ventre. Ligo a televisão e a programação só fala em comida.

E a semana recomeça normalmente. Briguei com o porteiro, chamei a vizinha de vaca e chutei um cachorro. No décimo dia de dieta, volto a me pesar e não perdi nenhuma grama. Não sei por que, mas a nutricionista me mandou ao psiquiatra. Será que é porque eu a ameacei com o cortador de unhas?

Eu de dieta. – JK 16.02.20


Educação, você precisa ter.


Cada dia fico mais impressionado com a falta de educação das pessoas. Elas já não sabem mais distinguir o certo do errado. E vou mais, acreditam que tudo é possível, permitido, desde que elas sejam valorizadas, se sintam bem ou tenham alguma vantagem.

Pra começo de conversa, as pessoas já não sabem cumprimentar, dizer um “Bom dia” ou “Obrigado”. E, quando dão, parece que estão prestando um favor. Nas redes sociais, postagens que acrescentam, ensinam, nos fazem pensar, não são nem curtidas. Já as de besteirol, maldade, bulling, são curtidas e comentadas como se eles todos fossem especialistas no assunto, quando, na verdade, mal sabem escrever.

Mas, o que esperar de um povo que não lê e tem preguiça de pensar? Quando estão na internet, ao invés de ficarem só vendo besteiras e escutando música sem conteúdo, deveriam aproveitar cinco minutos para saber o que esta acontecendo ao seu redor, na sua cidade, no mundo. E, o pior postam frases de alto ajuda sem saber ou praticar o que postaram.

Os apelidos carinhosos de antigamente deixaram de existir. Você chama seu amigo ou colega de trabalho de viado, gordo, puta, vaca, imbecil, como se isso fosse normal. As pessoas estão totalmente sem noção! Pensem comigo: quem gostaria de ser chamado assim? E se fosse com seus filhos ou alguém da sua família, você gostaria? Troque de lugar com a pessoa antes de chamar com nomes pejorativos

Para não me estender - ninguém gosta de ler textos longos e de pensar -, o que é o trânsito de nossas cidades. Motoristas despreparados e totalmente sem noção. Mas, não vou me prolongar, deixo a consciência de cada dizer o que é certo ou errado. E aqui entre nos, sejamos mais educados. O mundo não precisa só de paz e amor, mas de educação.

Educação, você precisa ter. – 16.02.20 - JK

sábado, 15 de fevereiro de 2020

Abaixo o preconceito

Infelizmente grande parte das pessoas ainda não aprendeu que o que define as pessoas não é a cor, a raça, forma física, a opção sexual, a religião ou posição social. O que define uma pessoa é o seu caráter. Atire a primeira pedra que não tem um membro de sua família de outra cor, gay, gordo ou magro, ateu ou crente, rico ou pobre.

E, aqui, em tom confessional, eu sei muito bem o que é ser descriminado pela sociedade. Explico: se somos gordos, fugimos dos padrões da ditadura da beleza. Se somos educados, somos considerados alienígenas. Se não saímos contando quantas mulheres pegamos, somos gays. Se somos colorados, sofremos bulling pelos gremistas. Se somos brancos, somos classificados de brancos azedo. Se somos católicos, enfrentamos problemas com os crentes e, se somos pobres, a única vantagem e oferecer mão de obra barata ao patrão.

Sim, a sociedade é preconceituosa, nos somos preconceituosos. Todos temos um ou vários tipos de preconceitos, não a adianta negar. Hoje, para ser aceito pela sociedade, você tem que ser ser sarado, rico, usar roupas e perfumes caras, além de ser dono de um carro do ano. E vou mais além, se você tiver uma mansão ou cobertura, daí você é o “cara”, o “best friend”.

Mas, se todos somos iguais, porque complicar, classificar, rotular. Ser feliz é o que importa, interessa. Porque querer saber com quem fulano ou fulana dorme e querer julgar por isso. Deixa a pessoa ser feliz do seu jeito. Se ela quiser transar com o time de futebol inteiro, mais os jogadores do banco de reserva, a vida é dela, só dela. O que isso vai influenciar ou mudar na sua vida?

E, aos preconceituosos de plantão, antes de encerar este texto, deixo aqui alguns questionamentos: e se seu filho ou neto fosse gay, negro, amarelo, pobre, gordo, herege, deficiente, você deixaria de amar? E se teu Deus fosse negro, você deixaria de acreditar nele?

Talvez seja a hora de revermos nossos conceitos, deletar os rótulos e aceitar as pessoas como elas são, exatamente do jeito que elas são. Para que chamar as pessoas de gordo, magro, crente, gay, veado, sapatona, puta, negro, cafuzo, mameluco e outros termos pejorativos? Se coloque no lugar da pessoa. Você gostaria de ser tratado assim?

Abaixo o preconceito – JK – 15.02.20



domingo, 9 de fevereiro de 2020

Viajar é preciso



Adoro viajar, conhecer novos lugares, novas pessoas. Devo ser descendente de ciganos, pois adoro por o pé estrada, principalmente, sem rumo. Mas, bom mesmo é viajar acompanhado, mas, se não tiver, vou sozinho mesmo. Sempre digo que sou a companhia perfeita para eu mesmo!

Viajar é uma necessidade. É contar histórias e ser personagem de cada uma delas. Eu só não viajo mais por falta de dinheiro, às vezes de tempo. Viajar é se encantar, apaixonar, trocar a alma de lugar. Conhecer sabores e cheiros diferentes me fascina, assim como cidades, hotéis, conhecer um pouco a história de cada cidade, sua cultura. É o melhor, ninguém nunca vai nos tirar este conhecimento.

Viajar é terapia, mesmo quando tudo não dá certo, quando você se hospeda em um hotel de quinta com café da manhã horrível. Sem contar que não existe viagem perfeita e agente não precisa postar tudo nas redes sociais, apenas as partes boas e umas indiretas aos prefeitos e donos de hotel. E, aqui entre nós, não inveje as fotos paradisíacas que seus amigos publicam nas redes sociais. Apenas curta e aproveite a sua viagem ao máximo. Lembre-se: o melhor da vida a gente faz offline.
Sem contar que o melhor das viagens não são as fotos, mas as lembranças. Tem coisas que são só da gente, só nossas. E, se chover, visite um museu. Se ficar doente, procure um farmacêutico e medique-se. O voo atrasou, pegue outro. A mala extraviou, compre só o básico. Não precisamos de muito em uma viagem. Portanto aperte o cinto e boa viagem de carro, ônibus, avião, trem, navio e moto. Divirta-se!

Viajar é preciso – Jk 11.02.20

domingo, 2 de fevereiro de 2020

Caras como eu




Enquanto muitos lamentam por estarem envelhecendo, eu agradeço, todos os dias, por ter o privilégio de ter chegado aos 52 anos e, no mínimo, desfrutar mais uns 25 anos pela frente com muita saúde e alegria ainda.

E, hoje, descubro que caras como eu estão ficando raros de se encontrar. Aprendi a não desejar mal a ninguém, apenas que o universo retribua tudo que me desejam ou fazem para mim, em dobro. Colhemos o que plantamos.

O tempo me ensinou a ser mais seleto. Não é qualquer companhia que me basta. O velho ditado aqui cai bem: “  antes só do que mal acompanhado”. Não é porque você é bonita, tem um corpo legal e transa bem que vamos ficar juntos. Precisa muito mais do que isso, principalmente, companheirismo, respeito e cumplicidade. Sim, caras como eu, estão ficando chatos e cheios de manias. Estamos mais sábios e inteligentes também.

E, caras como eu, não estão mais preocupados com a beleza estética, mas sim, da alma. Eu mesmo, estou acima do peso e com os cabelos cada vez mais ralos e brancos. Cada dia, novas marcas deixadas pelo tempo marcam meu rosto e corpo.

Daqui do alto dos meus mais de 50 anos, posso dizer que vivi mais de meio século, acompanhei mudanças e transformações que marcaram gerações e entraram para história. Há sempre uma forma positiva de pensar no tempo. Eu mesmo quero ajudar meus semelhantes, os animais, afinal, estamos aqui de passagem. Quero ser lembrado com carinho, ser imortal no coração de amigos e conhecidos.

E, se não encontrar ninguém, um sapato velho para calçar, vou morrer solitário, mas feliz por ter feito, quase tudo, que quis. Sim, vivi exageradamente e, hoje, vejo que não me arrependo de nada. Fiz tudo na hora certa, no tempo certo, mesmo errando muitas vezes. É preciso saber viver, viver intensamente e eu vivi!  

Caras como eu – Jk 02.02.20