domingo, 13 de dezembro de 2020

Quando a pandemia passar!


 

Sobrevivemos de teimosos, pois além do vírus, tivemos seca, inflação, falta de produtos, desemprego e, principalmente a saúde mental abalada. Foi preciso muita força positiva para não pirar.

 

O triste é constatar que o mundo ficou carente, carente de abraços e beijos. E, ao contrário do que se posta nas redes sociais e se vê nos comerciais de televisão, a grande maioria das pessoas não aprendeu NADA com o isolamento.

 

Diariamente centenas de pessoas morrem nos hospitais enquanto isso o povo continua se aglomerando em festas e em casas noturnas. As pessoas pregam o amor, mas não sabem amar, nem a si mesmas.

 

Pergunto: quantas pessoas você ajudou este ano? Não falo só na questão financeira, mas na emocional? Quantas palavras de carinho e conforto você disse aos seus familiares, amigos e conhecidos? Ainda não aprendemos nem a dar BOM DIA aos colegas de trabalho! Fico impressionado com os rostos que vejo de manhã, a maioria de cara fechada, emburrada. Será que o mundo irá mudar depois desta pandemia? Tenho medo desta resposta!

 

Mas, enquanto este vírus intruso não vai embora, eu só quero fortalecer as minhas amizades, criar novas redes sociais, ler e cantar mais, recitar e escrever poemas, conversar cara a cara, distribuir carinhos e sorrisos e, principalmente, acreditar que o mundo vai melhorar e aprender usar a tecnologia, a ciência e o amor a seu favor. - JK

 

sábado, 12 de dezembro de 2020

O tempo!


 

O tempo é o causador do estresse, da irritabilidade e de muito outros problemas do nosso cotidiano. Vivemos em mundo imediatista. Ninguém quer esperar nada, quer tudo para ontem. E, como o tempo passar rápido demais, ele é o vilão algoz para a maioria das pessoas, mas não, para mim.

 

Às vésperas de completar mais um aniversário, não lamento por estar envelhecendo, pelo contrário, agradeço todos os dias por poder chegar aos 53 anos neste sábado. Quantas pessoas sonharam em chegar e não conseguiram, tiveram suas vidas interrompidas no caminho.

 

Tento ensinar às pessoas a metáfora do tempo. Ele não existe! O que existe é uma de vê-lo, medi-lo! O tempo não esta nos ponteiros do relógio, mas sim na natureza e dentro de cada um de nós. O tempo é de Deus!

 

Tenho o maior orgulho de dizer que nasci no século passado, que já vivi mais de meio século. Este é o melhor presente que eu posso ganhar, assim como as marcas deixadas em nossa pele pelo passar do tempo. Nó somos resultados do que fizemos com o tempo, o nosso tempo e seguir o cronômetro não é a melhor maneira de usar o tempo a nosso favor.

 

Hoje, olho para trás e revejo quantas lições aprendi, os desafios que enfrentei e as histórias que ajudei a escrever. Um novo ciclo inicia e muita coisa ainda me espera para frente! Então, lá vou eu, curtir meus 53 anos, com muita serenidade, mas com muita loucura também! - JK

domingo, 6 de dezembro de 2020

Dizem que sou louco!


 

Era um domingo qualquer de primavera, quase verão! Era dezembro, recordo! Chovia, fazia frio e tinha serração.

 

Olho para janela quando uma estranha sensação de plenitude toma conta de mim, uma sensação estranha de liberdade e alegria apesar do dia cinza, sem cor. De repente, começo a falar sozinho, um estranho solilóquio seguido de altas gargalhas. Coisa de esquisito mesmo, de gente louca.

 

Ligo o som, Nirvana, em alto volume. Danço freneticamente, numa doideira só! Pulo e danço loucamente até cair completamente esgotado. Não satisfeito me entrego ao prazer de uma boa e transcendental leitura quando sou conduzido a um mundo de sonhos, de fadas e gnomos.

 

Percebo que fui contaminado, mais uma vez, por aquela idiossincrática e gratuita alegria. Felicidade esta que toma conta de mim todos os dias, onde colegas e amigos me olham assustados, incomodados e incrédulos de tanto bom humor. Adoro cumprimentar todos de maneira cordial e simpática. E, em época de convid, sinto falta de abraços.

 

Adoro sorrir gentilmente para todos que me olham, dar um simpático “oi”, mesmo com muitos olhares de censura e repreensão. Aprendi a desvencilhar-me do vitupério das pessoas. Elas dizem que sou louco, mas, como diz a canção: “mais louco é quem me diz que não é feliz”. Eu sou feliz! – JK