quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Andropausa, será?


Hoje acordei revoltado! É incrível como pequenas coisas podem estragar nossa noite, nosso dia. Explico: ontem, ao deitar, acendi a luz do meu abajur. Percebi que o mesmo estava quebrado. E, justamente na patinha. Meu abajur é um pingüim. Foi tri-difícil de achar. Pra variar, obra da faxineira. Ruim com ela, pior sem ela. Agora é tentar garimpar para ver se encontro outro.

 Como estou de folga, passei a manhã inteira na cama. Se falasse com alguém, mordia. To com um humor do cão. Nem mesmo a segunda temporada de Modern Family me aninou. Vamos ver se enquanto escrevo este desabafo, escutando música, melhora meu astral. Pra ajudar, to passando um cafezinho preto, amo. Será que estou no andropausa?

 Depois de três semanas exaustivas na estrada, divulgando e contatando clientes novos e antigos do local onde trabalho, percebi que preciso rever alguns conceitos. O primeiro é se estou satisfeito com o local onde trabalho. Treze anos se passaram e meu salário continua o mesmo. Ganho quase a mesma coisa de quem entrou agora e bem menos de quem trabalha em outras empresas como a minha. Conversamos sobre isso durante a viagem e descobri que o meu salário é o menor de todos, a metade.

 Posso não ser o melhor funcionário, mas, sou aplicado, responsável, desenvolvo e desenvolvo com mestria meus compromissos. Também iniciativa, ninguém precisa me dizer o que fazer. Infelizmente, não sou reconhecido profissionalmente, ao menos, profissionalmente. Neste inverno mesmo, 3h15 da manhã estava de pé. Ás quatro horas passavam para me buscar e antes das 5h já estava trabalhando. O expediente não se encerrava antes das 19h.

 Seguidamente, acho que ta na hora de pensar um pouco mais em mim. Desde que meu pai morreu, há dez anos, tenho pensando mais na família do que em mim mesmo. Em primeiro lugar coloquei a família, depois minha vida pessoal. Sobrevivo do que sobra de ajudar a família. Não reclamo, mas, to sempre pensando neles. Deixo de fazer coisas que quero para ajudar, estar com eles. Isso é o que dá ser solteirão, quarentão e encalhado.

 Mas, não posso me queixar, pois se uma coisa desagrada, é só mudar, afinal, ninguém está me obrigando a fazer nada que eu não queira. Penso assim! Tanto que resolvi começar a procurar outro emprego com calma, onde a remuneração seja um pouco melhor e dedicar-me a mim mesmo.

  Ando meio carente, to precisando um novo amor. Desde que terminei meu relacionamento de mais de sete anos, não dei sorte. Conheci pessoas legais, mas, nenhum relacionamento foi para frente. Acho que sou um dos últimos românticos que procura um relacionamento sério.

domingo, 9 de outubro de 2011

Que seja infinito enquanto dure



 O coração, às vezes, nos reserva agradáveis surpresas. Ainda bem, pois de desagradáveis já ando cansado e um tanto quanto desiludido.

 Semana passado, passei o final de semana em Porto Alegre. Durante minha estada na capital conheci uma psicóloga que me chamou a atenção, despertou meu interesse. Confesso que ela não é bonita - eu diria charmosa -, mas tem exatamente aquilo que me desperta a atenção: inteligência e maturidade!

 A noite foi perfeita: jantamos em um bom restaurante, com direito a champagne, carne de búfalo regada ao molho de funghi, além de uma deliciosa conversa seguida por troca de olhares e um pé embaixo da mesa.

 Na hora de ir embora, como chovia, fomos abraçadinhos até o carro. O guarda chuva e o guardador de carros foram nossas únicas testemunhas.

 Uma volta pela cidade, um convite para mais um taça de champagne. Convite aceito, rumamos para sua cobertura. Lá, um brinde seguido de muitos beijos e troca de carinhos. Como ninguém é de ferro, por lá acabei pernoitando.

 A noite foi maravilhosa! De manhã, um bom café a dois ou a três, pois eis que, para minha surpresa, surge o Fred, um lindo vira lata. Chimarrão, almoço caseiro, passeio de carro, shopping e casa outra vez. Para encerrar, uma noite de muito amor e carinho. Domingo de manhã, hora da despedida, com direito a esquecer a carteira no banheiro. Fico impressionado como sou desligado e estabanado. Isso que a tarde eu viajava para Bagé.

 Ah! Não posso esquecer as juras, as promessas de amor trocadas durante este curto período. E, do convite para um relacionamento mais sério.

 Será que estou preparado para um novo romance? Embora, possa adiantar, ela tem tudo o que eu gosto e admiro em uma mulher. Adoro mulheres mais velhas, experientes, maezonas. E, pensando bem, 15 anos de diferença não é tanto assim.

 Para fronteira eu fui e ela para França, onde fica por um mês. Foi visitar o filho e os netos. Meu pensamento viaja junto. Durante a semana, e-mail e torpedos trocados. Agora, e esperar para ver onde vai dar este romance. Será breve como o anterior ou eterno enquanto o tempo permitir?