domingo, 24 de dezembro de 2017

Feliz Natal

Hoje comemora-se o nascimento de Jesus. Para celebrar seu nascimento, as famílias se reúnem e festejam com banquetes e troca de presentes.

Sim, isso todos nós sabemos, mas a verdadeira história de Natal começa, na verdade, pelo menos sete mil ano antes do nascimento de Jesus, em Roma, e era uma homenagem à data de “nascimento” do deus persa Mitra, que representa a luz. E, ao longo do século 2, tornou-se uma das divindades mais respeitadas entre os romanos.

A comemoração é tão antiga quanto a civilização e tem um motivo bem prático: celebrar o solstício de inverno, a noite mais longa do ano no hemisfério norte, que acontece no final de dezembro. Dessa madrugada em diante, o sol fica cada vez mais tempo no céu, até o auge do verão. É o ponto de virada das trevas para luz: o “renascimento” do Sol.

Vale lembrar que os gregos aproveitavam o solstício para cultuar Dionísio, o deus do vinho e da vida mansa, enquanto os egípcios relembravam a passagem do deus Osíris para o mundo dos mortos. Na China, as homenagens eram (e ainda são) para o símbolo do yin-yang, que representa a harmonia da natureza.

O nascimento de Jesus, começou a ser comemorado no século quatro, quando o cristianismo virou religião oficial do Império Romano, no dia 25 de dezembro, juntamente com o nascimento de Mitra.

Já, a história de Papai Noel começa na Ásia Menor, século 4. Três moças da cidade de Myra (onde hoje fica a Turquia) estavam na pior. O pai delas, era muito pobre, e as garotas só viam um jeito de sair da miséria: entrar para o ramo da prostituição. Foi então que, numa noite de inverno, um homem misterioso jogou um saquinho cheio de ouro pela janela (alguns dizem que foi pela chaminé) e sumiu. Na noite seguinte, atirou outro; depois, mais outro. Um para cada moça. Aí as meninas usaram o ouro como dotes de casamento – não dava para arranjar um bom marido na época sem pagar por isso. E viveram felizes para sempre.

Papai Noel (Father Christmas), na verdade, era o bispo Nicolau de Myra, um ricaço que passou a vida dando presentes para os pobres e foi canonizado pela igreja católica como São Nicolau.

Mas, não podemos esquecer que o Natal além de celebrar o nascimento de Jesus também é tempo de perdão, de esquecer as tristezas e amarguras. É deixar renascer em nossos corações a paz, o amor e a esperança lembrando que o melhor presente é um abraço carinhoso em quem amamos.

Feliz Natal amigos! - JK

domingo, 17 de dezembro de 2017

50 e poucos anos



Completar mais de meio século de vida nesta terça-feira, dia 19, não é para qualquer um, nem mais como antigamente, no tempo dos meus pais e avós. Hoje, somos muito mais ativos, participativos do que antes.

Aos 50 anos ou mais, a gente ainda casa, se separa, muda de profissão, começa mais uma faculdade, faz filhos, cuida dos netos, cuida da casa sem medo de ser feliz ou do que os outros vão pensar. Ouso dizer que hoje, apesar de muitos quilos a mais, estou muito melhor do que há trinta anos atrás. Estou mais sábio, adquiri conhecimentos e experiências que ninguém vai me tirar.

Vale a pena lembrar que o tempo não está no relógio, na ampulheta, nem no cronômetro. Ele está dentro de nós, na intensidade que vivemos, ou seja, no tempo contido dentro de cada dia. Eu mesmo, friso que vivi meus mais de cinquenta e poucos anos intensamente e não me arrependendo de nada do que fiz. Pelo contrário, fiz no tempo certo, na hora que eu achei certo, mesmo estando errado.

Sim, errar também é preciso para termos a noção do que é certo. Eu errei muito, assumo, mas era preciso, foi preciso! Do contrário, não estaria aqui hoje, feliz, escrevedo esta crônica.

Discorda? Então, se imagine vivendo num tempo sem relógio, sem celular, sem televisão, .... sem nada que pudesse lhe dizer que horas são, nem o dia do ano, nem o mês ou ano. Nem o que é certro ou errado. Estaríamos perdidos, sem experiências, apenas soltos em um tempo que não pode existir.

Hoje, dos altos dos meus cinquenta anos, posso pensar que vivi mais de meio século intensamente e exageradamente, volto a frisar e repetir. E, agradeço a Deus por esta oportunidade. E, a minha família e amigos por estarem sempre do meu lado nesta longa trajetória um tanto quanto atrapalhada e desatrada.

Ouso afirmar que me joguei de cabeça em tudo que eu fiz, dos amores ao trabalho. Tudo no seu tempo exato, nem mais nem menos.

E, quantas as marcas que o tempo deixou em minha pele, agradeço. São caminhos trilhados com êxito, marcas da minha passagem aqui na terra, pegadas da minha existência. Minhas rugas são vivências que nem todos tiveram o prazer de conquistar.

Mas, o melhor de tudo, é ser de sagitário, ser de dezembro, do mês mais festivo e alegre do calendário. É acreditar no nascimento de Jesus, no renascer da esperança, no ano novo que se inicia.

Hoje, me vejo mais feliz, mais elouquente, confiante e otimista que antes. Aposto nos jovens, tenho orgulho dos meus filhos, neto, sobrinhos e acredito no ardor das manifestações e revoluções, pacíficas é claro!

Meu coração, apesar de seus cinquenta e poucos anos, é de uma criança e com elas, me identifico e me dou tão bem. É que não sei mentir, embora esteja aprendendo. Assumo, com orgulho que sou brega, imaturo, tolo muitas vezes, mas com um enorme coração e uma sensibilidade que aflorou com o passar dos tempos.

Não, eu não endureci, pelo contrário, estou mais sentimental. Um simples beijo de novela me faz chorar e um abraço amigo me deixa feliz. Acredito, mais do que nunca na fidelidade e que se os homens, não voltarem amar e respeitar o próximo, nossas existência está com os dias contados.

E, o maior patrimônio que acumulei foi uma consciência tranquila, que cumpri minha missão aqui seja como pai ou filho, amigo e amante. Trago no peito, a saudade de amigos e parentes que já particiram, mas que nunca esqueço e que, em breve, tenho a certeza de que vamos nos reencontrar na outra margem da vida.

Enquanto esse dia não chega, a sorrir eu pretendo levar a vida por muitos dezembros e reveillons. Então, parabéns para mim! Muitos anos de vida! - JK

sábado, 9 de dezembro de 2017

51 mas com cara de 31

Estou impressionado com a rapidez que as horas, os dias, os anos estão passando. Há pouco tinha 18 anos. Quando me deparei comigo mesmo, já estava com 30 anos. Daqui a 09 dias literalmente estarei na fase do “enta”, do cinquentão, sessentão,... E o pior, me sinto como um meninão, como se tivesse, no máximo, 30 anos.

Olhando um pouco mais para trás, vejo o quanto meus sobrinhos cresceram. A Fernanda, que vi nascer, ajudei a cuidar, já está com 30 anos. Parece que foi ontem que eu corria para as Americanas, em Porto Alegre, atrás de brinquedos e bonecas, principalmente, da Xuxa.

O mesmo acontece com o Rodolfo. O guri apaixonado por Legos, hoje só quer saber de mini-séries televisivas, computador e livros. E o pior, eu também. Comprei para ele todas as temporadas de séries que achamos interessantes, entre elas, Motel Bates. Não resisti e já estou terminando a quinta temporada.

Minha mãe mesmo, que até então não parecia envelhecer, fiquei assustado quando ela disse que já iria fazer 77 anos em 2018. Para mim, o tempo não passou para ela. Ela continua linda e jovem. Notei que os anos passaram de tanto ela reclamar de dor nos braços e em outros lugares. Todos os dias surge uma dor nova. Até então, para mim, ela era uma jovem senhora. Imaginem como eu vou ficar: Jean das Dores. Risos.

Meu pai, parece que foi ontem que ele partiu, mas já faz 15 anos que ele faleceu. Sou capaz ainda de sentir o seu cheiro dele no meu quarto ou quando entro no meu apartamento. Ainda sinto-o tão presente. Em Finados, quando fui conversar com ele, em São Marcos, no cemitério, ainda não acreditava que seu corpo estava lá. Tenho sempre a impressão de que, quando menos espero, vou encontrar com ele em casa ao chegar.

Eu mesmo, to com um barrigão indecente, os cabelos estão ficando ralos e brancos. E, os pelos das pernas começaram a cair, todos! Pode? Só posso dizer que o tempo não para e a idade não vem sozinha. E, deixa vir! É preciso saber envelhecer e aceitar-se! Até agora, estou conviendo muito bem com meus quase 51 anos que estão chegando junto com o Natal e Ano Novo. - JK


quarta-feira, 29 de novembro de 2017

A felicidade!



Eu não consigo compreender como, em determinados momentos da vida, somos felizes! Uma felicidade tamanha que envolve o coração, a alma, todo meu ser, praticamente impossível descrever! É tanta felicidade que contagia todos que estão ao meu redor. Ouso dizer que felicidade são pequenos momentos, segundos que parecem horas, mas que são eternos em nossos corações, na nossa mente.

A felicidade se esconde por detrás de um jantar a dois, um jantar com amigos, um cinema, um show de Elton John, talvez de Maria Bethânia. A felicidade está escondida no beijo de mãe, no abraço de irmão, no sorriso da colega bipolar e até mesmo no azedume do seu chefe, neste caso, do meu chefe!

São momentos tão pequenos que, na maioria das vezes, passam despercebidos, nem notamos. Mas, que em determinados momentos, nos pegamos rindo sozinhos, recordando. Acho que é por isso que estou sempre rindo. São tantos os bons momentos que o mau humor não me atinge! Raras vezes ele vence a batalha!

Felicidade está no beijo roubado da namorada, da nova conquista, no apertar de mãos durante o cinema, na troca de olhares e até mesmo naquela paquerinha de canto de olho. Realmente é impossível descrever tamanha felicidade!

Felicidade é saber que sempre é bem vindo em qualquer lugar do mundo, que lá deixamos um amigo. Felicidade é ser bem recebido pelos amigos, é tratar com respeito e dignidade seu semelhante. E, até mesmo, defender nosso meio ambiente tão maltratado por nós.

Ser feliz! Às vezes acho que ser feliz tem que merecer! Você colhe o que plantou: se semeou felicidade, felicidade você vai colher. Se semeou maldade, tristeza, você vai colher. O homem lá em cima, tarda, mas não falha! Sua justiça é divina, assim como a felicidade!



A felicidade, como dizia o saudoso poetinha: “é uma gota de orvalho que o sol evapora”. Lindo! Vinícius de Morais realmente sabia das coisas, sabia e conhecia a tal da felicidade. Ele cantou em prosa, verso e música a felicidade. Dividiu com nós a sua felicidade. A benção meu poetinha! A benção meu Senhor! Sempre que merecermos, cubra-nos de felicidade! - JK


sábado, 18 de novembro de 2017

Sim, sou gordinho!



Sim, sou gordinho e daí? Fazer o que se eu adoro comer!
Pode parecer grosseiro começar um texto assim, mas discordo. Grosseiro é o seu preconceito com os gordos, com os negros, com os gays, ...
Grosseiro é sua intolerância religiosa, seu comportamento que só seu time de futebol é o bom e achar que só você sabe das coisas. Grosseiro é você querer levar vantagem em tudo que você faz.
Mas, apesar da sua opinião ser diferente da minha, ao contrário de você, eu te respeito e não tenho problemas em admitir que sou gordo. Afinal, gordo também é bonito. Os negros, os gay também são lindos. Aliás, todas as pessoas são lindas a sua maneira. Meu único problema em ser gordo e a pressão alta e o fígado já meio ferrado.
O ruim de ser gordo e ter que ouvir o conselho das pessoas. Todo mundo tem uma receita, uma dica, um palpite, uma dieta para lhe dar. Eu admito que sou gordo e, modestamente falando, me acho um gordinho simpático e bonitinho. Sei que tenho um certo charme embora ele se esconda no meio das minhas loucuras, palhaçadas e atrapalhadas.
Se você quer me conquistar, me comprar, não precisa gastar muito. Basta me convidar para um jantar, para uma churrascaria, para um doceria, ou mesmo, me dar um chocolate, cahorro-quente ou brigadeiro. Pronto, você já me ganhou! Mas se quer que eu me apaixone, além de me alimentar, me de carinho e cds, muitos cds e livros. Serei a pessoa mais amável, fiel, apaixonada e tarada por você!
O bom de ser gordo e que ninguém pede um pedaço da sua comida porque sabe que você não gosta de dividir. Ser gordo, grande, amedronta as pessoas. Temos cara de maus, de sermos segurança de boates. Mas, o melhor de ser gordo é andar de transporte coletivo, pois ninguém quer sentar do teu lado e você tem os dois acentos só para você. E, como não somos adeptos aos esportes, temos menos chance de sofrer um infarto tentando correr.
O engraçado, é que todo gordo se baba. Eu, pelo menos, vivo com a camisa e as calças babadas. E o mais engraçado é que você nunca vê gordo numa briga ou tentando correr dela. Sim, não conseguimos correr e, como somos grandes, poucas pessoas nos encarram volto a frisar.
Mas, o mais engraçado é que a dieta sempre fica para o dia seguinte, pois nunca resistismos aquele último doce, aquele último bife, aquela última guloseima. Nem os farelos dispensamos ou o último gole de Coca-Cola.
Sim, eu sou um gordinho feliz e com muito orgulho. Me aceito do jeito que sou, embora de vez em quando reclame daqueles quilos extras na barriga. Mas, nem por isso deixo de viver, sorrir e me deliciar com todas as saborosas delícias que o mundo oferece e que quero devorar e experimentar todas.
E, para quem diz que eu estou gordo: cuidado ou eu como você também! - JK

domingo, 22 de outubro de 2017

Separação, foi melhor assim!


Promessas em vão, você não segurou minha mão. O combinado era você segurar ela mesmo quando eu estivesse emburrado. Aliás, tu és a pessoa mais marrenta que eu conheço. E eu que pensei que o marrento da relação fosse eu. Enganei-me!
Não, não me arrependo de nada! Foi bom enquanto durou. Intenso, prazeroso, com direito a sonhos e castelos, hoje, ruídos e rompidos. Saímos com cicatrizes, mas mais fortes.
Não foi desta vez, talvez na próxima. Nós dois juntos de novo, jamais! A desilusão foi tão grande que não há perdão para o meu coração, apenas para amizade. Tens em mim o maior amigo que alguém pode ter, mas, nada mais do que isso.
Embora decepcionado, não guardo rancor ou raiva. Ainda, tenho mágoas, mas não o suficiente para lhe desejar mal, pelo contrário, apenas o bem. Desejo que aches, rapidamente, alguém que te faça feliz e que consiga mudar este jeito marrento de ser, mas de coração puro e intenso.
Não, a culpa não foi tua, foi minha! Assumo, friso e redigo. Não fui bom o suficiente para você, tampouco soube te entender ou compreender, mas, não tenho paciência nem forças para isso. Não sou tou pai, teu filho, mas posso ser teu amigo e sei que seremos.
Não vou te deletar do facebook, do instagram, do whats ou de qualquer outra rede social como fazem todos os casais que terminam um relacionamento. Ficaram apenas os bons momentos e eles são maiores que os ruins. Embora não tenhamos tido maturidade suficiente para o mundo real, teremos para o virtual. Bem, eu acredito nisso!
Hoje, agradeço por não termos misturados os amigos, de não termos seguido na base do “só vou se você for”, pois um de nós sairia prejudicado. Agradeço também por não ter conhecido teus amigos, razão de nossa briga. Também não quero  conhecer eles nem hoje ou amanhã. Eles são apenas os teus amigos e nada mais.
E a vida vai continuar. Eu sem você e você sem mim. Seremos felizes do mesmo jeito, do nosso jeito. Amanhã, outra foto teremos em nosso celular, outro rosto estampado na papel parede de nossos corações. Quero que seja feliz e eu hei de ser feliz  também! - JK

sábado, 21 de outubro de 2017

Fera Ferida


Como dizia o Rei: “acabei com tudo, escapei com vida....sou Fera Ferida, no corpo e no coração”. Mas, aqui estou eu: bem forte, gordo e saudável. Bem, não tão saudável assim, mas firme e forte sim.
Nestas tempestusosoas brigas, descobrimos o quanto somos frágeis, que as razões do coração machucam e magoam. Mas, como sempre digo: foi bom enquanto durou.
Não a culpa, pelo contrário, tenho o gênio forte, sou azedo e brabo. As coisas tem que ser do meu jeito. Não gosto quando eu digo NÃO e a pessoa faz exatamente o que você pediu para não fazer. Não gosto quando digo que NÃO quero falar, e a pessoa existe e persisite para falar. Tanto que deu no que deu.
Mas, não a culpo, pelo contrário, assumo a culpa, pois sei que tenho milhões de defeitos, mais do que todos pensam e imaginam. E, não era de se esperar outro final, pois o que começou torto, acabou torto. Não podia acabar de outro jeito, a não ser cada um magoado pro seu canto. Afinal, dois marrentos não se bicam, principalmente quando somos maduros o suficiente. Maduros? Eu mesmo tive que rir agora. Talvez ela seja maduro, eu não!
Só sei dizer que foi bom enquanto durou. Sim, foi muito bom, embora tempestuoso, mas faltou muito coisa na minha opinião, entre elas, comunicação. E justo eu que sou formado nesta área, vejam só e ela também. O destino nos reservou uma bela presabada, mas gostosa e itensa enquanto durou. Hoje, cada um pro seu lado, amigos apenas.
Demoro para tomar uma decisão, mas quando tomo, sou pior que burro empacado. To cansado de me machucar e, principalmente, ferir ela. Ela não merece, pois é uma das mulheres mais formidáveis que conheci, mas marrenta. Pensa em alguém marrenta. E eu que me achava marrento. Não sou, não!
Mas, tudo somado, fomos felizes. Agora, bola pra frente que a vida continua. Cada um no seu canto, com seus amigos, com sua rotina. Volto a minha rotina que, aliás, eu adoro! Acho que desaprendi a dividir ou seria somar? Agora é recomeçar ao som de Fera Ferida: “Não vou mudar, Esse caso não tem solução...” – Fera Ferida - JK

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Crônica da despedida



Aos 50 anos percebemos que já vivemos meio século, que apesar de tudo, estamos aí dispostos, trabalhando, amando, cuidando da família, parentes e amigos. Acordamos felizes, na certeza de que deixamos mais coisas boas para trás, do que ruins.

Revejo meu passado e vejo que tudo que somado, fui mais feliz do que infeliz. Tenho uma família maravilhosa, tive amores que valeram apenas apesar de não terem dado certo, trabalhei apenas em empresas que amei e tenho poucos, mas os melhores amigos que um coroa cinquentão pode ter.

A vida é passageira, não sabemos quanto tempo temos ainda para frente. Talvez um dia, um mês, um ano ou ganhamos um bônus de mais 25 anos. Vai saber quais são os planos dos deuses para nós. Mas, o importante é viver a vida intensamente como se não houvesse amanhã.

Se é para morrer, que seja de amor, de felicidade, de excesso de carinho dos amigos e familiares. Eu, não me arrependo de nada do que eu fiz, mesmo sabendo que estava errado, mas no momento, era o que eu queria ter feito e fiz. Me arrependo apenas do que deixei de fazer por medo, por isengurança.

Como sempre digo, se hoje eu partir, não chorem por mim. Vivi tudo intensamente, no momento certo. Quero que sorriam, lembrem de mim com meu alto altral, com meu sorriso largo e farto, às vezes explosivo e tempestuoso.

E, se os deuses me permitirem, antes de partir, ou mesmo depois da partida, gostaria de abraçar e confortar todos os amigos e parentes. A tristeza não combina comigo embora ela seja necessária. Mas, nada melhor do que um dia após o outro para curar as cicatrizes, as feridas, mesmo sabendo que o vazio que ficou jamais será preenchido. O tempo é o senhor da razão e sabe amenizar todas as dores, sempre friso isso.

Enquanto minha hora não chega, vamos incomodando ou contagiando os amigos e parentes. Afinal, viver intensamente como se não houvesse amanhã é preciso! - JK

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Uma segunda chance



Chegar aos 50 anos e ter uma nova chance de reescrever sua vida, sua história é um privilegio. Eu, felizmente, agradeço a Deus por ter me proporcionado duas vezes esta oportunidade de recomeçar, reescrever minha vida. A primeira, aos 28 anos, quando tive uma parada cardíaca e agora, quando tive um AVC na última segunda-feira.
Nestas dois encontros, face a face com a morte, numa fração de segundos, você revê toda sua vida. É como se você caísse em um túnel do tempo. Lá, vi todos meus acertos e erros, meus familiares e amigos que já partiriam. Até meu cachorro Ling Ling estava lá!
E, por falar em partir, eis que seu Martins estava aqui segunda-feira. Pude ver claramente ele me ajudando a levantar-me enquanto Helena Horária (HH), desesperada sem saber o que fazer, corria de um lado para outro do apartamento. Aliás, foi HH ou talvez seu Martins, que me deram forças para ficar em pé e tentar sair desta sem nenhuma lesão grave.
Vendo o desespero de minha mãe, consegui me acalmar e, na medida do possível, orientar ela para que deveria fazer para me ajudar a levantar do chão após o segundo desmaio, para ligar para a Emercor, entre outras medidas necessárias. Nestas horas, mesmo mal, você tira forças que nem você sabe ter. Talvez tenha sido o seu Martins me aparando. Vais saber? Existem muitos mistérios a serem desvendados entre o céu e a terra!
São depois de momentos desesperadores como estes que você percebe o quanto é bom estar vivo, que precisamos agradecer, diariamente pela vida, pela saúde, pelo nosso emprego, nossa família e a pela nossa saúde, principalmente. Sim, agradecer é preciso, sempre!
Eu mesmo tenho o estranho hábito de falar com Deus todas as noite e amanhecer, pois não sou de rezar, apenas de conversar com Deus. De noite, antes de dormir, diariamente, agradeço a ele por ter me proporcionado mais um dia, seja ele bom ou ruim, pois aprendemos muito com isso. E a ele, dou boa noite! De manhã, quando o relógio desperta, agradeço por me proporcionar mais um dia e a ele desejo bom dia!
Agora, é recomeçar, cuidar do corpo e da alma e, é lógico, da saúde. Vou emagrecer, tomar menos Coca-Cola, deixar de ser tão guloso e seguir, religiosamente, as ordens médicas. Também vou aprender a ser mais otimista, a amar mais os amigos e familiares, me estressar menos no trabalho,..... Agora é reescrever um novo capítulo da minha história! - JK


domingo, 24 de setembro de 2017

A arte de ser feliz sozinho



Que me perdoe o poeta e músico Antônio Carlos Jobim, mas é possível sim ser feliz sozinho. Eu sou a prova disso! Gosto de pegar o meu violão e de encarrar a carreira solo.
Gosto da minha companhia, do meu espaço e do meu silêncio. Ouso dizer que sou a perfeita companhia para eu mesmo. E, não deixo de fazer nada, mas nada mesmo, por estar sozinho.
Isso não quer dizer que eu não sinto a necessidade de ter alguém do meu lado. Sim, eu tenho esta necessidade. Quando ela chega, recorro aos amigos, a família, aos colegas de trabalho, perfeitas companhias, pois estão sempre abertos a me receber, apoiar e ficar do meu lado, independente do que aconteça. Lógico que um carinho, às vezes cai bem, mas sempre encontramos alguém disposto a nos dar um conforto, um abraço ou uma noite ardente de amor.
Gosto de dormir sozinho, esparrado em minha cama de casal. Também gosto de acordar sozinho, dar bom dia ao sol e ao meu apartamento. Gosto do meu banho sozinho longo e demorado, de tomar o meu café matinal na companhia de um bom jornal.
Solidão, sim tenho! Ela senta em minha mesa diriamente. Conversarmos longamente e travamos longas batalhas. Às vezes confesso que ela não é boa companhia outras, assumo ser apaixonado por ela.
Ser solteiro não é apenas um status nas redes sociais. É uma descrição de uma pessoa forte, inteligente, que sabe o quer e, principalmente, sabe aproveitar a vida sem depender dos outros.
Não é porque um sentimento acabou que sua vida vai acabar também. Quantas vezes anunciaram o fim do mundo e ele não acabou. O mesmo acontece conosco, com nossos relacionamentos. Eles acabam e podemos ser felizes sozinhos sim, pois não há dor que não acabe, ferimento que não cicatrize e página que não possa ser virada.
Embora ainda exista pressão para namorar ou casar, a solteirice está se tornando cada vez mais comum e aceita pela sociedade. Antes, ser solteiro para homem era sinônimo de ser gay, enquanto para mulher, de piriguete. Felizmente, os tempos estão mudando.
E amo ser solteiro embora, constantemente, esteja com um rolinho aqui, outro ali. Mas, adoro minha liberdade. Gosto de ter mais tempo para passar comigo mesmo, de me permitir fazer tudo o que eu tenho vontade embora isso possa parecer egoísmo da minha parte.
E, ao contrário do que muitos pensam, não tenho medo de me relacionar. Não é porque tive uma ou várias experiências negativas – se é que foram -, que eu nunca mais vou me envolver com alguém. Sei que existem pessoas que realmente valem a pena estar ao nosso lado. E, quando surgir, sei que estarei preparado. Mas, enquanto isso não acontece, vou seguindo enamorado da solidão e feliz! - JK


sábado, 26 de agosto de 2017

Sorrindo para vida

Sorrir é uma das melhores coisas da vida e não há dúvidas em relação a isso. E, o bom humor também é um dos ingredientes que não podem faltar na vida de qualquer pessoa, principalmente, na minha vida. Meu sorirso farto e meu bom humor são miinhas marcas registradas, meu cartão de visitas.

Sempre digo que meu corpo produz mais endorfina que os outros devido eu estar “quase” sempre bem-humorado e de bem com a vida. Por consequência, sei que sou mais feliz que a maioria das pessoas e também sei e, ouso a afirmar, que as pessoas que convivem comigo também são mais felizes, pois meu sorriso e o bom humor são contagiantes.

Vocês já perceberam que, quando alguém tem a coragem de romper os paradigmas e dar uma boa gargalhada, queremos logo saber qual o motivo e ficamos ansiosos para sorrir juntos? É que sorrir torna a vida mais leve, principalmente, as relações afetivas.

Aliás, quando o assunto é relacionamento, o bom humor é um dos ingredientes que não pode faltar. Pode ser que o casal não tenha dinheiro, casa própria, carro e nem tantas outras coisas que muitos defendem como condição para a felicidade, mas se esse casal tem amor e bom humor, ele aprende a aproveitar bem o tempo e é feliz na maior parte do tempo e, com certeza, o casamento irá durar muito mais, infinito enquanto durar.

Vale lembrar que ninguém tem uma vida “cor-de-rosa” o tempo inteiro! E isso não seria nem mesmo normal. Risos e lágrimas sempre se entrelaçam enquanto vivemos. Por isso, dar risadas juntos, contar casos, dançar até cansar, sorrir juntos é fundamental!

Seguido me encontro rindo sozinho pelas ruas de Caxias do Sul e Farroupilha. As pessoa devem pensar que sou louco. E, deixo que pensem, afinal, o que pensam de mim, embora muitas vezes me magoe, só faz aumentar meu sorriso. Adoro quando alguém passa e percebe que estou rindo sozinho e ri também, isso me torna ainda mais feliz dentro da minha loucura.

E, lembre-se, sorrir não custa nada! Então, sorria sempre! Tenha certeza de que a vida vai sorrir de volta para você! - JK


domingo, 20 de agosto de 2017

Carta de amor



Sim, eu te esperava! Esperei por você por mais de três meses para realmente te reencontrar, te conhecer melhor e me apaixonar rapidamente por você.

Em minutos você me trouxe de volta o brilho no meu olhar, aquele sorriso bobo e o frio na espinha. Trouxe também o medo de me envolver, de me machucar. Mas, quando penso em teu sorriso, no teu rápido abraço em frente ao Renner, esqueço de tudo e só penso em você!

Sim, em questão de três horas conversando contigo, meu mundo virou de pernas para o ar, os meus sonhos mudaram de lugar, estão pelo avesso. Meu sorriso tornou-se ainda mais largo e farto. Aquele desejo de viver intensamente, de ter um cantinho especial para dois ressurgiu do nada.

Horas abraçado em meu Garfield, virando na cama me fez pensar o quanto foi bom ter te reencontrado, na certeza de que você veio para ficar. Veio para eu chamar você de meu amorzão, para eu dividir com você minhas alegrias, tristezas e carinhos.

Sonho em construir um mundo melhor para nós, criar o nosso mundinho, justamente eu que estava descrente do amor há três anos e jurava não mais me apaixonar. Olha o três aqui de novo.

Estas linhas podem parecer ridículas, mas como dizia o poeta Álvaro de Campos: “Todas cartas de amor são ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas”. E, a minha primeira carta de amor não poderia ser diferente. Tinha que ser ridícula também, mas sincera e confessional.

Sim, em menos de 24 horas penso em você a todo momento e conto os minutos para te ver logo mais. Imagino como será nosso primeiro almoço, nosso primeiro filme juntos, nosso primeiro beijo. Penso em como será minha vida com você ao meu lado daqui para frente, isto é, se você me quiser.

Se você quiser um eterno garotão  cinquentão mimado, cheio de manhas e manias, explosivo, distraído, estabanado, mas apaixonado pela vida, pelo trabalho, pela família, pelos amigos e agora, por você! Sim, estou aqui!

De repente, estou indo com muita sede ao pote, tento frear meus sentimentos, meus impulso e procuro seguir o conselho de outro poeta: “que seja infinito enquanto dure”. Sim, eu gostaria que durasse uma eternidade, mas se durar um dia, uma semana, um mês, um ano ou vários anos, tenho certeza que vou poder dizer do mesmo jeito: o amor valeu. Valeu te conhecer!

sábado, 19 de agosto de 2017

Geração fast


Hoje em dia, está difícil de manter um relacionamento. Estamos na geração dos “fast Amores”, das “fast Fodas”, do “delivery”, da banalização do sexo. Se você está se sentindo sozinho, vai para os sites de encontros, os chats e para os aplicativos de paquera. Lá, encontra e conhece alguém, no dia e na maior parte das vezes, conhece, transa e até nunca mais. O sexo acontece feito delivery: “você come e acaba”.

Esta nova geração, ao contrário da minha, não se preocupa mais com o ritual da conquista e da sedução. No meu tempo, sabíamos esperar a hora certa para transar com a menina ou mesmo para pedir ela em namoro ou casamento. Sabíamos que a vida era feita de altos e baixos, que tínhamos que batalhar, saber esperar e, na minha opinião, sabíamos o que queríamos.

Esta nova geração creceu mimada. Não saber o que realmente quer. Começa uma faculdade, não gosta, troca ou tranca! Trabalha em uma empresa, não gosta, pede demissão! Começa a namorar, na primeira briga, termina e assim por diante. Hoje, tudo é fácil, simples e rápido! Não se mede as consequências.

Exemplo: se você tem fome ou quer algo, passa no fast food, nos fast fashion, usa o aplicativo, silencia, dá block, mute, desfaz a amizade. Sempre se dá um jeitinho para tudo, há uma artimanha para cada situação, a final tudo que ser rápido, do jeito que elas querem, sem dar muito trabalho e assim vão pulando de galho em galho, sem saber o que realmente querem ou almejam.


Pior que estão sempre tentando suprir o vazio da alma, na certeza de que persistir em algo é um erro. Não sabem que é preciso plantar para depois colher! - JK

sábado, 29 de julho de 2017

Despedir-se!





Depois de muito pensar, resolvo que é hora da despedida, deixar para trás velhos sonhos, velhos projetos e velhos amores platânicos. Se em 50 anos não realizei, talvez seja hora de deixar os velhos sonhos para trás e partir atrás de novos, reciclar-me.

Aquele sonho de casar de você, de ter uma casa com cerca branquinha, uma varanda e um cachorro, deu lugar para um prédio imponente e uma cinquentona  charmosa e inteligente. Aquele sonho de conhecer o mundo, deixei para o Pink & Cérebro. Hoje, se conhecer Belém do Pará me dou por satisfeito. O sonho de criar nossa empresa, o Temer e os políticos acabaram após tantos tributos e ladroagem.

Agora, que venham novos sonhos, novos trabalhos e novos amores. É hora de recomeçar em um emprego novo, fazer novas amizades, rever conceitos e ideologias enquanto é tempo.

Acredito estar na crise dos 50 anos, na andropausa. De repente, um calorão aparece, de repente um frio medonho. Tudo o que eu sabia até ontem, hoje já não sei mais, já não sei se quero saber.

Sinto-me perdido e sozinho dentro do meu eu. Estou fechado, introspectivo, preso ao mundo que eu criei. E o pior, dele não quero sair.

O mundo lá fora, apesar dos encantos, revela mais perigos que possamos imaginar. Eu mesmo, recentemente, conheci a pior pessoa que podia se imaginar conhecer. Aquelas, ruins e ardilosas como as piores vilãs de novelas. Jamais pensei que existiria no mundo real. Mas, não me preocupo em revidar, o tempo é o senhor da razão.


Enquanto não tomo a decisão certa, ou a errada, escrevo este desabado. Restam-me dois dias, tempo suficiente para pensar e repensar se haverá despedida ou não. Parei na contramão!