sábado, 26 de outubro de 2019

Saudades de você!



É nestes sábados em que acordo cedo, para lecionar que, entre um aluno e outro, me pego pensando em você e te escrevo estas linhas. Bate uma saudade apertada de você, de acordar com um sorriso teu e sentindo teu cheiro. Ver você desfilar pela casa, seminua, enquanto preparava a salada de frutas e o café passadinho na hora, com direito a xícara escaldada e o pão de milho que amo.

Saudades também de quando eu era “sócio” da Expresso Caxiense e de você ir me buscar na Rodoviária da capital. E, dentro do carro, contar, afoita, como foi tua semana. De escutar teus queixumes do trabalho. E, principalmente, de chegar na tua casa e ser recebido com aquela comidinha saborosa que só tu sabes preparar com todo amor e carinho. E, é claro, depois da janta e bem alimentado, fazer amor inúmeras vezes com você. Depois, assistir televisão. Tenho saudades até dos meus reclames, que você sempre me deixava assistindo o filme sozinho e dormia nos meus braços.

Tenho saudades dos teus amigos, que não eram poucos e que visitávamos constantemente. No início, queria você só pra mim, mas, depois, aprendi a dividir com todos eles. Melhor, era almoçar com tua família em Nova Hartz. Pessoas encantadas! E, passear com a Fátima pelas ruas de Porto Alegre e de tomar chimarrão com a Luh que, não sei o motivo, mas sou apaixonado.

Sinto saudades de tudo embora o tempo tenha nos separado e não vai mais unir. Tivemos nosso tempo e confesso que foi bom demais. Mas, hoje, seguimos caminhos totalmente diferentes, vidas diferentes, mas de ti não vou esquecer jamais. Hoje, és minha amiga do coração, aquela com sabor de chocolate, que derrete na língua, com sabor de disparate.

Saudades de você! – JK 26.10.19


domingo, 20 de outubro de 2019

Sim, eu sinto saduades!



Sim, sinto falta de você! De acordar aos domingos e fazer amor com você. Escutar seus gemidos e contemplar seus orgasmos múltiplos. De sentir seu cheiro gostoso e embriagador. Tomar café com você com aquela salada de frutas maravilhosa com canela que só você sabe fazer.

Sim, sinto falta de dormir de conchinha, roubar beijos durante a madrugada, de te ver nua andando pela casa. Mas, não pense que é só de sexo que eu sinto falta. Afinal, sexo a gente encontra em qualquer esquina e lugar.

Na verdade, sinto falta da nossa conexão. Nosso sexo era conversa sem palavras, dança sem música. Nosso sexo era carinho, respeito, cumplicidade, altruísmo, cuidado, o prazer de um com o prazer do outro. Nosso sexo era assim, amor é paixão misturada, somada e elevada ao cubo.

Sim, sinto saudades e carrego teu abraço, cheiro e beijo molhado comigo, todos os dias. Lembro das tuas covinhas escondidas e do sorriso lindo e encabulado quando eu dizia coisas obscenas ou quando me pedias para ter um filho comigo. Volto a dizer: o que carrego de ti é a saudade, o amor. Mudou um pouco, mas não deixou de ser amor.

Sim, eu ainda lembro de ti, mesmo tentando te esquecer. Não sei se você ainda é a mesma, ou já se reinventou, se tornou uma desconhecida, mas de ti não esquecerei jamais. O fato é que te vejo com os olhos que eu me apaixonei por ti, aqueles que um dia, te juraram eterno amor. Ainda estas em meu coração. E, cá entre nós: que lugar pior para guardar alguém que não me quis!

Sim, eu sinto saudades! – 20.10.19 - JK

Sejamos gentis


Como as pessoas andam sem conteúdo, principalmente as que a gente convive diariamente. Elas não são gentis e são pouco educadas. Dar um simples “bom dia” para elas é ameaçador, assustador. Parece que vai cair um pedaço delas.

E, a desculpa é sempre a mesma: muita coisa na cabeça, muita coisa para fazer. Pior é que isso procede, pois as pessoas passaram a ter mais pressa, serem imediatistas e esqueceram os hábitos da gentileza. As pessoas tem medo de serem educadas, gentis.

Sem contar que as pessoas não leem. Se uma frase tiver mais que cinco linhas para elas é textão. Leem somente as duas primeiras e deduzem o que está escrito nas duas seguintes. Sim, as pessoas estão sem conteúdo, além de escrever muito errado.

Toda semana publico um “textão” aqui e vejo que cada semana, menos pessoas leem e comentam. Tudo bem, às vezes os assuntos não lhes interessam, entendo. Mas, quando posto bobagens, muitos comentários e curtidas. E cá entre nós, rir, descontrair é muito bom, ainda mais nos dias de hoje, mas não podemos esquecer da educação e gentileza.

Vamos sorrir mais, lembrar de cumprimentar, de pedir “por favor” e agradecer, sempre! As cosias não são difíceis, nós que as tornamos. Então, sejamos gentis, vamos fazer os nossos dias e o dos outros melhor.

Sejamos gentis – Jk 20.10.19

sábado, 19 de outubro de 2019

Anjo caído!


Não, não sou um anjo caído. Talvez, um anjo desastrado, perdido, atrapalhado e perdido em meus pensamentos e sonhos. Também não sou um estudante para padre, seminarista, embora queira semear o amor em todos os corações. Tudo o que sei é que estou aqui de passagem. Amanhã posso não mais estar e quero ser lembrado como uma pessoa do bem, que não fez mal para ninguém. Pelo contrário, que deixou marcas nos corações.
Acredito que Deus sempre teve um propósito para mim que eu ainda não descobri. E, os dias passam ligeiros demais e eu já comecei a contagem regressiva para voltar para o seu lado. Só sei que tenho os bolsos rasgados de tanto ajudar quem precisa, sem nunca ter sido recompensando como deveria.
Não posso ter vindo ao mundo somente para me estatelar no chão. Por mais que eu tente, não consigo entender qual é a missa missão aqui na terra. Por mais que eu batalhe, minha vida não vai para frente. Será que sou um anjo renegado, bastardo? São tantas perguntas sem respostas, orações e preces sem retorno.
Olho a chuva que cai lá fora, os raios que rasgam o céu, entre um estrondo e outro penso que é Deus zangado comigo. Fixo meu olhar no céu cinza e escuro e vejo a imagem de um rapaz todo de branco. Ele me olha e pergunta: - “vai continuar se culpando, questionando?”. O silêncio perdurou por alguns instantes enquanto a chuva caia cada vez mais forte.
De repente, o sol começou a brilhar por trás da tempestade que milagrosamente terminou. Apenas uma brisa soprava e, misteriosamente, o rapaz desapareceu nos raios de sol que tomavam deixavam o céu luminoso e claro.
Então, percebo que não sou um anjo caído da legião de Lúcifer assim como não sou um anjo disfarço de homem. Não venho do inferno nem do céu. Sou apenas mais um filho de Deus. E, agora sei que o lado de lá é bem mais complexo do que pensamos. 
Anjo caído, 19.10.2019 - JK

sábado, 12 de outubro de 2019

Não me chame de fofo


Estranha esta mania que as pessoas tem de chamar os outros de “fofo” ou “gato” sem ter qualquer intimidade. Eu, particularmente, detesto! Nunca me viram antes e lá estão com esta estranha mania.
E, antes de mais nada, vamos deixar bem claro: não sou “fofo”, sou gordinho mesmo! Prefiro que me chame de gordo do que de “fofo”. Estou a milhares de quilômetros de ser “fofo”, pois sei que estou bem acima do peso. “Fofos” são os bichinhos de pelúcia, os recém-nascidos e alguns bonecos. Eu já estou mais para “Urso” mesmo, “Ursão” ou o maligno “Chucky”, o brinquedo assassino.
E, explicando, não há nada de errado com o adjetivo “fofo”. Eu não gosto é do jeito que ele é usado, assim como não gosto da mania das pessoas escreverem “hum” quando não sabem o que dizer. E, lembrando, algumas palavras são “fofas”, você sorri quando as lê. Mas, quando me chamam ou escrevem “fofo” ou “gato”, ignoro a pessoa.
Existem muitas coisas que podemos denominar de “fofa”, como, por exemplo, a cachorrinha da minha. Penélope é “fofa”, aliás, mais educada que muitas crianças que conheço por aí! E, pessoas “fofas”, na minha opinião, são sem graça, sem tempero, insossas. Eu não! Sou marrento, mandão, embora um amor de pessoa. E, não queira me ver brabo, caio e pasto. Sou sagitariano, metade homem, metade cavalo. E, não tente me adestrar, não vais conseguir. Tenho espírito livre e preso minha liberdade!
Chamar alguém de “fofo” ou de “gato” é como dizer que você tá “bonitinho”, ou seja, você é feio, mas tá arrumadinho. E como te chamarem com palavras no diminutivo como: “amiguinho”, “queridinho” ou “coleguinha”“. Cá entre nós, soa extremamente falso! E, por favor, não me chame, jamais, de “fofo” ou “gato”.

Não me chame de fofo – JK – 06.10.19

domingo, 6 de outubro de 2019

Atrapalhado eu? Capaz!

Que sou estabanado, distraído e atrapalhado, todos que me conhecem, já sabem! E, cada entre nós, não considero mais isso como um defeito, mas já como uma marca registrada. Com certeza, seria bem pior, se eu fosse chato, preguiçoso e sabe tudo.

Sim, eu caio sozinho, derrubo copos e pratos, tropeço toda hora, troco os nomes nas horas da conversa ou esqueço. Mas, como disse, não vejo isso mais como problema e sim parte do meu eu. E o melhor, dou altas risadas, sozinho, das minhas trapalhadas.

Mas, não pensem que meus dias são normais como os de outra qualquer pessoa. Eles me exigem muito, muita concentração, foco e atenção. Do contrário, me atrapalho todo e fico mais desorientado do que o normal.

E, meus dias, sempre vão ter um imprevisto, por isso sempre saio antes de casa para o trabalho para evitar me atrasar. Ou a porta da garagem não vai abrir, o pneu vai estar furado ou vou pegar congestionamento.

Na hora das refeições, outro problema. Vou derrubar sorvete, respingar café ou me sujar de molho. Raramente não me sujo. E vou mais, várias coisas ou tarefas vou esquecer ao longo do dia. Para evitar isso, procuro anotar tudo!

Uma tarefa simples como fazer compras em um supermercado ou loja é complicado para mim. Ao pegar um alimento na gondola do mercado, outro vou derrubar ou esbarrar o carrinho em alguém. Se entrou numa loja de utensílios domésticos, coloco as mãos para traz para evitar que quebre alguma coisa e depois tenha que pagar. E, acreditem, isso acontece seguido!

Se estou caminhando na rua e no caminho tiver um buraco ou uma pedra, podem ter certeza, vou esbarrar nela ou cair no buraco. Tem dias que me sinto um personagem dos filmes de comédias, minha vida é o filme! Mas, sou assim e adoro meu jeito atrapalhado de ser. Do contrário, não seria eu!

Atrapalhado eu? Capaz! – 06.10.19

Amizade doentia



Tudo começou de repente, na fila dos frios do Zaffari. Era uma sexta-feira, aliás, toda sexta-feira compro frios no Zaffari. Eram 17h, recordo perfeitamente! Ela estava lá, na minha frente. Dei um pequeno esbarrão com um carinho para me fazer notado. Pedi desculpas com um sorriso e a conversa começou a fluir naturalmente. Minutos depois, parecíamos velhos amigos. Como o assunto estava bom, tomei a liberdade e convidei para continuarmos a conversa num café ali perto. Para minha surpresa, ela aceitou!
Fomos caminhando, conversando. Chegando no café, fizemos o pedido e a conversa rolava solta e agradável. Hora da despedida, trocamos whats. E a conversa continuou no whats por dias três consecutivos, até que combinamos um novo café, no mesmo lugar. Um clima pintou e acabamos no motel. Passamos uma tarde de muito prazer e luxuria. Dois dias depois, outro encontro e mais uma tarde de muito amor e luxúria.

Mas, faltava algo, os encontros estavam muito carnais. Eis que a convido para jantar. E, para minha surpresa, ela revela que é casada! Por minutos, fiquei apenas olhando para ela, sem saber o que responder, apenas sorri timidamente. Recuperado do choque, achei melhor oferecer só a amizade a ela, nada mais. Conversas no whats, facebook e instagram.

E, aqui foi o meu erro! Para minha surpresa, ela não soube aceitar minha amizade, queria mais. A amizade que era saudável, tornou-se doentia. Marcava que estava em um happy com amigos e, quando menos esperava, ela aparecia. Coincidência ou não, foram três vezes. No facebook e instagram, todas minhas postagens, que não são poucas, eram curtidas e comentadas. E o whats, virou um pesadelo, cobranças. Nem parecia a mesma pessoa que curtia e comentava nas redes sociais e que eu conheci no Zaffari.

A amizade tornou-se doentia e sufocante. De repente me deparei sendo personagem de um filme de suspense psicológico, aqueles com psicopatas. Tive que parar de marcar os lugares que ia, deixar de ir no Zaffari e bloquear ela nas redes sociais e whats. Não vejo hora deste pesadelo acabar e ela encontrar uma nova paixão e me esquecer.

Amizade doentia – JK 29.09.19