É nestes sábados
em que acordo cedo, para lecionar que, entre um aluno e outro, me pego pensando
em você e te escrevo estas linhas. Bate uma saudade apertada de você, de
acordar com um sorriso teu e sentindo teu cheiro. Ver você desfilar pela casa, seminua,
enquanto preparava a salada de frutas e o café passadinho na hora, com direito
a xícara escaldada e o pão de milho que amo.
Saudades também de
quando eu era “sócio” da Expresso Caxiense e de você ir me buscar na Rodoviária
da capital. E, dentro do carro, contar, afoita, como foi tua semana. De escutar
teus queixumes do trabalho. E, principalmente, de chegar na tua casa e ser
recebido com aquela comidinha saborosa que só tu sabes preparar com todo amor e
carinho. E, é claro, depois da janta e bem alimentado, fazer amor inúmeras
vezes com você. Depois, assistir televisão. Tenho saudades até dos meus reclames,
que você sempre me deixava assistindo o filme sozinho e dormia nos meus braços.
Tenho saudades dos
teus amigos, que não eram poucos e que visitávamos constantemente. No início,
queria você só pra mim, mas, depois, aprendi a dividir com todos eles. Melhor,
era almoçar com tua família em Nova Hartz. Pessoas encantadas! E, passear com a
Fátima pelas ruas de Porto Alegre e de tomar chimarrão com a Luh que, não sei o
motivo, mas sou apaixonado.
Sinto saudades
de tudo embora o tempo tenha nos separado e não vai mais unir. Tivemos nosso
tempo e confesso que foi bom demais. Mas, hoje, seguimos caminhos totalmente diferentes,
vidas diferentes, mas de ti não vou esquecer jamais. Hoje, és minha amiga do
coração, aquela com sabor de chocolate, que derrete na língua, com sabor de
disparate.
Saudades de
você! – JK 26.10.19