Quando setembro chegar vou dedicar-me mais a minha pessoa. Afinal, é quase primavera e já é mais do que tempo do que pensar em mim.
Neste inverno, depois da separação, me joguei de cabeça ao trabalho, esqueci de mim, de me cuidar, coisa que hoje já não faço mais não. Em primeiro lugar estará a minha pessoa.
Quero começar revendo meus conceitos, me aceitar um pouco mais, mesmo estando acima do peso. Quem me quiser, terá que me aceitar do meu jeito, como sou, embora, quero começar a sonhada e desejada dieta. Já fui até na nutricionista. Ta faltando somente à força de vontade e esta já tenho. Nunca vi dieta com hora, data marcada, a não ser a minha. Me aguardem!
Cabeça boa, corpo legal, ta na hora de conhecer alguém que realmente valha a pena conhecer, estar junto. Amores passageiros, não correspondidos, problemáticos não quero mais. Chega de sofrer por quem não me merece. Meu coração se casou de apanhar, agora ele quer e vai bater feliz.
Como sempre digo e volto a frisar: “meu coração é um barco a deriva. Se atracar em algum porto, melhor. Do contrário, bom também. Afinal, navegar é preciso!”. É preciso conhecer novos territórios, desbravar novos continentes, realizar novas conquistas... Quero conquistar o mundo, o coração de alguém.
Mas, enquanto setembro não chega, me despeço de agosto sem saudades! Foi um mês difícil, pesado, estressante. Aliás, eu e agosto nunca nos demos muito bem. O ditado popular que diz que é “o mesmo do cachorro louco” faz sentido para mim.
Para começar, bati o carro no início do mês! Sorte que foi só o pára-choques dianteiro e mais nada. Mas, o rapaz que bateu em mim era menor de idade, humilde. Não deu para acionar a seguro, pois a franquia era muito alta. E, não tive coragem de cobrar da família. Afinal, o guri havia “tomado” emprestado o carro da empresa onde o pai trabalha, sem avisar. O pai tava sujeito a perder o emprego por causa da irresponsabilidade do filho. Não tive coragem! De quebra, ainda dei algumas roupas para o pai e para o filho.
E, os acidentes não pararam por aí. Voltando do trabalho, de carona, tombamos o carro. Felizmente, apenas danos materiais, alguns pontos e cortes. O carro, perda total. No trabalho, duas colegas e a esposa do meu chefe se acidentaram. Para completar, morre o pai de um amigo meu. Meu pai, se fosse vivo, completaria 81 anos. E, não vou nem citar as incomodações no trabalho e as desilusões amorosas.
Mas, setembro ta chegando. Como diz a canção de Tim Maia: “É primavera, te amo”. Apesar de todos estes contratempos, só sei dizer que viver é bom demais! Acordar de manhã, abrir a janela e dizer “Bom Dia Natureza” não tem preço. Afinal, mesmo com tempo ruim, todo mundo dá bom dia!