quarta-feira, 14 de julho de 2010

Frio e solidão

Os últimos dias tem sido de frio intenso aqui no Sul, principalmente na serra gaúcha, aonde as temperaturas chegaram a dois graus negativos. Já a sensação térmica é de menos cinco graus. Sair de casa, só para trabalhar, pois o frio chega a doer os ossos. Há tempos não sentia tanto frio.

Nestes dias frios, meu trajeto tem sido de casa para o trabalho e do trabalho para casa. Estender o dia em um barzinho no final do dia para uma cervejinha ou cafezinho, nem pensar. É casa, banho, janta e cama.

Não tem nada melhor do que nossa caminha nestes dias gelados, ainda mais quando tudo que gostamos ou precisamos estão ao nosso alcance, como televisão, aparelho de som, dvd, ... Nem para ir ao banheiro dá vontade de sair da cama. Para se ter uma idéia, estou dormindo com dois cobertores e dois edredons. De quebra, antes de deitar, lençol térmico ligado e cama quentinha.

É nestas horas que faz falta um cobertor de orelha. Tem coisa melhor do que dormir, neste frio, de conchinha? Sentir o calor do outro corpo junto ao nosso corpo. Tá certo, tem! Mas, não se encaixa nesta questão. Risos!

Eu, para variar, durmo sozinho, em uma cama de casal, acompanhado, só aos finais de semana. E, olhe lá. Ás vezes ela está de plantão e não vou à Porto Alegre, fico em Caxias do Sul mesmo, como é o caso deste final de semana. Aliás, para variar, nem sei se estou casado de novo ou não.

Em média, a cada seis meses, temos uma crise. Desta vez, por causa da limpeza. Comendo um lanche na sala, mais precisamente, no sofá, em frente à televisão, tive a infelicidade de derrubar uma ervilha ou seria um milho no sofá. Para que? O mundo desabou. Ouvi cobras e lagartos. Até aí tudo bem, pois fiz uma pequena sujeira mesmo, mas, o que não tolero é a grossura. Fico louco! Resultado: um leve desentendimento.

Até aí, tudo bem, mas, isso aconteceu no sábado de noite e até hoje, quarta-feira, estou sem falar ou receber mensagem. Bem, eu mandei todos os dias, até hoje, mas, cansei de correr atrás.

No meu entender, não fiz nada de tão grave assim para ficar na reserva tanto tempo. São estas pequenas atitudes imaturas que me deixam P da vida. E, depois, vem falar em morar junto Eu hein! Muda ou mudo eu!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Amor e música


  Quem me conhece sabe, sou apaixonado por música. Se pudesse, escutaria música 24 h por dia.

  Quando estou em casa, estou sempre com um cd tocando e, na rua, mp4. Tenho mais de 2.500 cds e uns 300 dvds de shows e clipes.

  Não posso ver um lançamento que compro, na maior parte das vezes, por impulso. Escuto uma vez e dou de presente para amigos. Outras vezes, compro por causa de uma música apenas, como é o caso de Claudia Leitte, As máscaras. Um cd fraco, irregular. Não traz nada de novo, nem explora a boa voz da cantora, o que é lamentável Até a belíssima Paixão, sucesso dos gaúchos Kleiton e Kledir, Claudia conseguiu destruir. Transformou a balada romântica num fraco e inexpressível reggae.

  Por outro lado, cantoras que não era muito fã, como Celine Dion, Taking Chances World Tour the Concert, surpreenderam-me com seus novos trabalhos. O registro ao vivo (cds e dvds), é maravilhoso. Dion canta as baladas românticas que a consagraram, com mestria única. De quebra, ingressa no rock com louvor. Vale à pena conferir, mesmo não sendo fã da cantora.

  Outra cd maravilhoso é de Leila Pinheiro, Meu Segredo Mais Sincero. Neste, ela presta uma homenagem ao saudoso líder do Legião Urbano, Renato Russo. Constam no cd, músicas de todas as fazes do Legião. A belíssima voz de Leila, torna as letras ainda mais belas como: Pais e filhos, Teatro dos Vampiros, Ainda é cedo, Eu sei, entre outras... Na minha opinião, este não merece apenas ser conferido, e sim adquirido.

  Ainda falando em música, ontem morreu o produtor musical Ezequiel Neves, um dos principais dos anos 80 e 90. Por coincidência ou não, data em que faleceu o saudoso Cazuza há 20 anos. Talvez, um dos maiores poetas na nova geração, junto com Renato Russo.

  Decorrido 20 anos, o espaço deixado ainda não foi preenchido. Na música popular, nem um novo compositor/cantor surgiu para preencher a lacuna deixada por Russo e Cazuza. Tanto, que suas músicas continuam presentes no repertório dos principais intérpretes, sem contar nos ídolos da nova geração, muitas vezes, sem voz, sem talento, mas, com uma boa aparência para felicidade de suas fãs histéricas. Enquanto isso, só posso dizer que só sei viver de amor e música.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Forte sexo frágil


  Na minha empresa, um fato me chamou atenção esta semana: uma mulher trabalhando de servente de pedreira. Confesso que é a primeira vez que vejo uma mulher atuar nesta área tão restrita aos homens. E o melhor, totalmente feminina, arrumada, com direito a batom, calça de abrigo justa, blusa colada ao corpo e luvas amarelas. Pois é, como podem perceber, tenho prestado muito atenção nela. Ouso dizer que ela, além de bonita, tem um corpo perfeito. Ela se destaca entre os companheiros. Primeiro por ser a única mulher, segundo por não usar uniforme como seus colegas.

  Percebo que ela é tímida, encabulada. Várias vezes eu lhe sorri desejando um bom dia e ela, timidamente, apenas cumprimentou com a cabeça. Seria por vergonha? Acredito que não, pois a vejo trabalhar com tanta vontade que é bonito de ver e admirar. Entre suas funções, a vejo preparar o cimento e levar, no carinho, a massa cinzenta até a obra, um trajeto, digamos, distante. Ela tão frágil, miúda, mas, com tanta determinação.

  Conversando com algumas colegas de trabalho, descubro que ela sai, diariamente, vinte minutos antes do expediente terminar. Ela está fazendo um curso para trabalhar numa empresa de matrizes. Torço para que consiga seu objetivo.

  Constato que as mulheres estão presentes em quase todas as áreas. Eu mesmo tenho uma amiga que é motorista de ônibus. E, como a auxiliar de obras, uma linda mulher. Também conheço uma mulher que concerta máquinas de lavar e de louça. Esta, nem tão feminina assim. Risos.

  Gosto de ver esta conquista feminina. Afinal, quem foi que disse que as mulheres são o sexo frágil? Frágil, no meu entender, somos-nos, homens.

  Temos somente a força bruta. Somos dependentes das mulheres, o forte sexo frágil. Somo vil a dor. Já imaginou se nós tivéssemos que parir? O mundo seria bem menos populoso. Ou termos que cuidar da casa, filhos, preparar almoço, janta, entre outras tarefas e de noite estamos bem dispostos e lindos para nossas esposas. Seria, no mínimo, engraçado. Embora, muitos homens já façam isso. Mas, resumindo, friso que somos totalmente dependentes da mulher. Quando pequeno, de nossas mães e quando adultos, das nossas esposas. Ah! Essa estranha e adorável dependência.