quinta-feira, 1 de julho de 2010

Forte sexo frágil


  Na minha empresa, um fato me chamou atenção esta semana: uma mulher trabalhando de servente de pedreira. Confesso que é a primeira vez que vejo uma mulher atuar nesta área tão restrita aos homens. E o melhor, totalmente feminina, arrumada, com direito a batom, calça de abrigo justa, blusa colada ao corpo e luvas amarelas. Pois é, como podem perceber, tenho prestado muito atenção nela. Ouso dizer que ela, além de bonita, tem um corpo perfeito. Ela se destaca entre os companheiros. Primeiro por ser a única mulher, segundo por não usar uniforme como seus colegas.

  Percebo que ela é tímida, encabulada. Várias vezes eu lhe sorri desejando um bom dia e ela, timidamente, apenas cumprimentou com a cabeça. Seria por vergonha? Acredito que não, pois a vejo trabalhar com tanta vontade que é bonito de ver e admirar. Entre suas funções, a vejo preparar o cimento e levar, no carinho, a massa cinzenta até a obra, um trajeto, digamos, distante. Ela tão frágil, miúda, mas, com tanta determinação.

  Conversando com algumas colegas de trabalho, descubro que ela sai, diariamente, vinte minutos antes do expediente terminar. Ela está fazendo um curso para trabalhar numa empresa de matrizes. Torço para que consiga seu objetivo.

  Constato que as mulheres estão presentes em quase todas as áreas. Eu mesmo tenho uma amiga que é motorista de ônibus. E, como a auxiliar de obras, uma linda mulher. Também conheço uma mulher que concerta máquinas de lavar e de louça. Esta, nem tão feminina assim. Risos.

  Gosto de ver esta conquista feminina. Afinal, quem foi que disse que as mulheres são o sexo frágil? Frágil, no meu entender, somos-nos, homens.

  Temos somente a força bruta. Somos dependentes das mulheres, o forte sexo frágil. Somo vil a dor. Já imaginou se nós tivéssemos que parir? O mundo seria bem menos populoso. Ou termos que cuidar da casa, filhos, preparar almoço, janta, entre outras tarefas e de noite estamos bem dispostos e lindos para nossas esposas. Seria, no mínimo, engraçado. Embora, muitos homens já façam isso. Mas, resumindo, friso que somos totalmente dependentes da mulher. Quando pequeno, de nossas mães e quando adultos, das nossas esposas. Ah! Essa estranha e adorável dependência.

2 comentários:

  1. oi jean...que bom que voltou escrever...esse tema foi ótimo..
    um abração e bom fim de semana
    marco

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  2. Jean,que história legal.
    Eu já tinha visto reportagem com mulheres que exercem funções que seriam “para homens”,e que desempenham com maestria.
    Bjsss.

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