sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Maturidade


Quando você madurece – tá bem, não muito – aprende que não deve fazer determinadas coisas – mas faz -, para agradar as pessoas com quem você convive diariamente. Tudo para se sentir querido, amado pelas pessoas. Mas, aí eu pergunto: até que ponto vale a pena?

As pessoas querem apenas sugar sua energia, sua felicidade. Somos bons para elas enquanto o sim for a última resposta. Experimenta dizer um não? Acabou a amizade e o coleguismo.  Descobri que o importante, hoje, e estar feliz comigo mesmo, viver a vida com intensidade, afinal estamos aqui apenas de passagem e, principalmente, não criar expectativas.


Eu descobri que a felicidade esta escondida nas cosias simples da vida como um happy com amigo ou um chimarrão no parque. Ela esta escondida nas páginas de um bom livro ou na melodia de uma canção. Encontramos também a  felicidade em um abraço sincero, no escurinho do cinema, numa simples viagem até a cidade do lado ou naquela jantinha em boa companhia.

Com a maturidade descobri o prazer nas coisas simples da vida. Mas, com isso não quero dizer que um bom salário fará alguém infeliz. Assim como também não quero dizer que ter um apartamento grande, recheado de obras de arte, será um passaporte para tristeza, pelo contrário!

O que quero dizer é quando amadurecemos aprendemos a ver e sentir a vida de outra maneira. E por incrível que pareça a vida flui naturalmente, positivamente, ou seja, você sorri para a vida e ela retribui.

Maturidade – Jk 24.01.20


sábado, 18 de janeiro de 2020

Muito prazer, Jean!

Perfeição não existe! E, eu, não sou perfeito, nem vou ser por mais que eu me esforce. Como todas as pessoas tenho as minhas imperfeições que, aliás, são muitas! Por exemplo, não sou de procurar as pessoas, os amigos. Se eles não me convidam para sair, fico quieto na minha embora confesse que os ame.

Sou estranho também! Hoje, não é qualquer convite que me faz sair de casa. Sou extremamente caseiro. Para sair, hoje, tem que ser um happy, teatro, shows, cinema, jantar fora e viajar. Adoro por o pé na estrada. Sou o parceiro certo para pegar a estrada e conhecer novos lugares. Mas, sou totalmente urbano! Convite para acampar, vários dias em contato com a natureza, nem pensar! Meu prazo de validade, nestes casos, vence em um dia, no máximo. E, como trabalho há mais de 20 anos em shopping, convite para fazer compras, nem pensar. Shopping somente para fazer as refeições, tomar café, cinema e teatro.

Ser engraçado, faz parte da minha natureza. Então, não estranhe se eu tirar altos sarros de mim mesmo. Adoro rir de mim mesmo! E, é lógico, vai sobrar para ti. Cedo ou tarde a vítima será você. Também adoro conversar sobre sexo, embora tenha certos pudores, mas, conforme o grau de intimidade, sou terrível. Falo besteiras até não poder mais. E, aos curiosos de plantão: sim, na cama vale tudo, desde que haja tesão, respeito e cumplicidade. Por favor, não me venha com isso não faço ou não posso. Inovar, é preciso para não cair na mesmice!

Tenho o péssimo hábito de sair sozinho, sem rumo. Portanto se eu te convidar para sair (se sinta lisonjeada) e você dizer não, vou do mesmo jeito. Não vou ficar em casa por tua causa nem a de ninguém. Eu sou a perfeita companhia mesmo para eu mesmo. Não deixo de fazer nada por estar sozinho. Raramente me digo não! E, adoro sair sem destino, rumo, planejamento. Meu lado sagitariano e aventureiro fala mais alto.

Apesar de ser tri comunicativo, não me considero e nem gosto de ser exemplo ou influenciador de ninguém. Aliás, nem tenho moral para isso! Sou péssimo para conselhos. Se você tem vontade de fazer algo, vou dizer faça: “se arrependa do que fez, não do que não fez”. Estamos aqui de passagem, vamos aproveitar, adquirir experiências não saber de tudo através da opinião dos outros, ou do que lemos nos livros e revistas, ou assistimos na televisão. É preciso ter personalidade para ser feliz. E ser feliz a ponto de incomodar os outros, causar inveja. Mas, para isso, não esqueça de agradecer ao universo cada conquista sua. Ele retribui. E, principalmente, todas as manhãs, agradecer por você estar com saúde e poder riscar mais um dia no teu calendário! Amo viver e agradeço sempre ao ser espiritual que me rege e ilumina diariamente.

Sou bom “vivant incurável” e desprovido de ambição, rótulos ou preconceitos. Não simpatizo com as classificações impostas pela sociedade e que fizemos questão de cultivar. Somos todos iguais perante as energias que regem o universo. E, aqui entre nós, confesso, sou um pouco doido. Acredito que a felicidade é homeopática e desfruto cada dose que ela me proporciona. E, para finalizar, sim, hoje posso dizer que estou exatamente aonde queria estar. Amo meu trabalho, meus colegas, meus amigos, minha família e cidade. E, principalmente, amo minhas qualidades, meus defeitos. Eu me amo assim, exatamente como eu sou!

Muito prazer, Jean! – 18.01.20

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Ser diferente



Se fossem escrever um livro ou rodar um filme sobre mim eu jamais seria o mocinho, o herói. Com certeza, seria o anti-herói, o personagem diferente, atrapalhado, engraçado. (Não que eu não tenha qualidades para ser o personagem principal, isso acho que até tenho ou tento...). Mas, o problema dos heróis, dos mocinhos, é que eles são perfeitos, são bonzinhos de mais, chatos até eu diria.

Para mim não existe pessoas que são 100% boazinhas 24 horas por dia. Todos temos um pouquinho de maldade, aquela vontade de fazer que nem o Papa e dar uns tapas em alguém quando ela é pegajosa ou chata demais. Sim, ninguém tem sangue de barata, nem o Papa. E é por isso que eu gosto dele. Ele não se faz de anto ou se esconde atrás da batina. Ele faz questão de ser um ser humano comum, como todos nós, com erros e acertos

E cá entre nós, a vida é uma selva, de concreto. Vence quem sabe se defender, lutar com unhas e dentes pela sobrevivência. E o pior, o mundo tá cheio, cada vez mais, de pessoas falsas, de lobos em peles de cordeiros, que se fazem de coitadinhos e, assim que puderem, te apunhalam pelas costas. E, só percebemos a covardia, a falta de escrúpulos, quando estamos feridos.

Eu gosto mesmo é de pessoas sinceras, honestas, que sabem ser gentis, verdadeiras, que sabem ajudar, estender a mão aos amigos e animais quando eles precisam. Gosto de pessoas que não se interessam por fofocas, posição social, cor, raça ou credo. Gosto de pessoas que não falam mal dos seus chefes ou amigos quando fazem happy-hour ou quando vão para academia para malhar.

Gosto de pessoas inteligentes, diretas, com alguma pitada de maldade e sarcasmo. Gosto de pessoas batalhadoras, de bem com a vida, felizes. Que não tem vergonha de sonhar ou de dividir seus sonhos com os amigos. Gosto de pessoas que se dão sem pedir nada em troca.

Embora, quase sempre mal interpretado em minhas postagens, eu gosto de mim, sou meu fã. Sou um gordinho simpático, querido e modesto. Não é porque eu publico uma frase lânguida, que eu esteja triste. Escrevo o que me vem pela cabeça e o que escrevi, quase sempre, não reflete meu pensamento. São palavras soltas, vazias, dentro de um contexto imaginário.

Eu gosto mesmo é de ser diferente, me expressar da minha maneira, engraçada, divertida e meio porra louca de quem já viveu quase tudo e não se arrependeu de quase não. Então, se você não gosta de viver intensamente, não gosta do medo, de ousar, inovar, não venha comigo. – JK 16.01.20

domingo, 12 de janeiro de 2020

Um conto erótico

Estes dias, na fila dos frios de um supermercado – olha eu aqui de novo -, conheci uma professora dona de um cérebro invejável. Uma boa representante das mulheres inteligentes. Só para ter uma ideia, nas horas vagas ouvia Coltrane, lia Sartre, contemplava Dali e fã de Godard. Simplesmente exalava saber.

E eu que sempre fui fascinado por mulheres fortes e inteligentes me senti burro como uma porta do seu lado. Queria ter apenas ¼ da sua sapiência. Mas, mesmo me sentindo inferior, não me fiz de rogado e encarei aquela linda mulher de 1.79 metros. Respirei fundo e convidei-a para jantar que, para minha surpresa, aceitou.

De repente, durante o jantar, uma aura de silêncio se fez. Nos olhamos e sorrimos. Pontos de suor na minha testa delatavam que estava nervoso. Neste momento ela segurou minha mão, sorriu e me disse: “quero fazer amor com você, agora”! Chamou o garçom, pagou a conta e rumamos à um motel.

Lá chegando, me jogou contra parede, segurou com força meus braços e beijou-me. Ela era extremamente sedutora. Me senti como o policial Nick Curran, em Instinto Selvagem. Quando me soltou do lascivo beijo, me jogou em uma poltrona, escolheu uma música no radio e maliciosamente começou a dançar enquanto fazia um strip-tease. Foi a visão mais encantadora e sexy que já vi em todas as minhas vidas.

Vestindo apenas espartilho com cinta ligas, pediu uma champanhe, me ofereceu uma taça e lentamente despiu-me. Pegou minha mãe e me levou até a banheira que começava a encher. Lá, me deu champanhe na boca e fez eu saborear das bolhas em seus corpo. Disse ser encantada por sexo oral. Derramava o precioso líquido em seus mistérios e fazendo com que eu desvendasse e descobrisse todos seus prazeres. E assim, ficamos por horas até ela ter orgasmos múltiplos.

Agora ela minha vez. A virei de costas contra a parede, puxei seus cabelos e começamos um delicioso vai e vem. Entre tapas e beijos caímos exaustos, entregues a nossa luxúria e prazer. Que, aliás, repetimos esporadicamente, sem cobranças. Só sei que ela é demais, me fascina e encanta!

Um conto erótico – Jk – 12.01.20

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Hora do Adeus


Não podemos nos prender a vida de ninguém simplesmente pelo fato desta pessoa morar em nosso coração ou você residir no delas. Mesmo querendo, não podemos ter o controle de tudo que nos cerca ou acontece. A maioria das coisas assistiremos apenas de camarote, sem poder interferir no nosso destino ou no de outras pessoas.

Todos temos nossa hora de partir. E, quando antes nos conscientizarmos, melhor será para nós, menor será nosso desespero e choro. Novas pessoas vão entrar em nossa vida, mas, algumas, serão insubstituíveis. Ficarão para sempre em nosso coração e em nossas mentes. E, aqui entre nós, algumas a gente quer mesmo que vão embora, outras queremos que sejam imortais.

Existem várias maneiras de ir embora da vida de alguém. Às vezes vamos embora para todos e não podemos voltar, é o ciclo natural da vida. Para nossa sorte o tempo, senhor do destino, ameniza a dor, mas não a saudade.

Talvez seja a hora de partir, fechar as portas para o mundo. Hoje, o amanhã não tem mais sentido. Acabaram-se os planos, os sonhos. Restam-me os dias frios. E, mesmo longe, estarei presente. O futuro não mais me pertence. Deus sabe exatamente a hora de tudo: quando partir e quando chegar. - JK 10.01.20

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Geração WhatsApp


Cá entre nós, o WhatsApp só veio facilitar nossas vidas. Trocamos mensagens com o mundo inteiro numa fração de segundos e sem nenhuma complicação. Ela não rouba tempo de quem às envia ou recebe e você ainda pode se comunicar, quase que ao mesmo tempo, com todos seus amigos e contatos.

É surreal acreditar que até pouco tempo atrás uma correspondência demorava semanas para chegar ao seu destinatário. Hoje, obtemos feedback imediato dos acontecimentos. E, na ansiedade de enviarmos um texto, criamos uma nova linguagem, desprezando as normas ortográficas. O bom é velho “Português” começa a ser esquecido!

É uma geração inteira escrevendo por meio de caracteres. E, já estão tão acostumados com as fragmentações que escrevem somente textos pequenos e abreviados. Para eles, tudo que tiver mais que três linhas é considerado textão! Criamos aqui uma nova geração preguiçosa, imediatista, que tem preguiça de ler e escrever. Pior, não são capazes de lidar com textos mais complexos, que exigem vocabulário, articulação de linguagem e competência para ordenar frases e parágrafos em uma sequência lógica.

Experimente teclar com esta geração. Faça duas perguntas seguidas, no mesmo parágrafo. Uma será respondida, a outra não. Se você quiser a resposta das duas, terá que escrever em duas mensagens separadas. Volto a dizer: vale escrever, no máximo três linhas.

Infelizmente esta “geração whats”, tem dificuldade de se expressar, redigir relatórios e monografias, documentos que exigem introdução, desenvolvimento e conclusão de ideias. E vou mais, dificuldade de ler, de se expressar. Mudanças dos tempos! E, não adianta reclamar, a solução é adaptar-se e acompanhar a modernidade, aos novos tempos. – JK – 06.01.20

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Sou louco!



Os loucos veem o mundo de outra forma, distorcida. Mas, prefiro pensar que ao invés de distorção, existam diferentes pontos de vista, diferentes perspectivas. As minhas, por exemplo, fogem muito dos padrões considerados normais pela sociedade. Embora eu pareça normal, me acho bem doidinho.

Sou um louco domesticado e, confesso me sinto decepcionado com isso. Acredite, um dia já tive muito vigor e vontade de mudar o mundo. Como não consegui, mudei a mim mesmo. Deixei morrer parte da criança que brincava de se esconder e fazia peraltices no meu interior.

Faz tempo que parei de sonhar que voava. Hoje, meus sonhos consistem em uma boa música e de um bom livro quando chego em casa cansado após mais um dia de trabalho. Hoje, espero a morte chegar diante da televisão e tenho a solidão como companhia. E, me desculpe, adoro estar sozinho e sou feliz assim!

Enquanto ela não chega, me questiono: “Loucura maior foi Deus ter criado o mundo em seis dias e não ter se arrependido no sétimo, sabendo de todas atrocidades que iríamos cometer!”. Deus é digno de admiração e de exemplo a ser seguido! Eu, no seu lugar, tinha apertado o botão e deletado tudo.

Sim, sou um aspirante a lunático. Quando a lua esta cheia, estou minguante, meio perdido. É nestas horas que pego meu unicórnio e me perco pelas esquinas de Caxias do Sul. Não, hoje não me leve a sério, apenas prenda-me na minha camisa de força, azul!

Hoje, na minha inocente loucura, não entendo a pressa das pessoas em nascer, em morrer. Tudo tem que ser imediato, na hora. E o louco sou eu que ainda sonha em namorar, pegar na mão, passar horas e horas fazendo amor ou na companhia da família, dos amigos. E, não, na frente de um computador ou celular! Sim, sou louco porque ainda acredito no amor! – Jk 03.01.20

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Crônica para minha mãe!



Nesta virada de ano descubro que minha mãe esta ficando velinha. Percebo que ela caminha mais devagarinho, com calma e cuidado. Ela já não tem mais tanta agilidade como antigamente. Mas, diante dos meus olhos, ela continua linda! E, cá entre nós, sabe fazer uma comidinha como ninguém e não existe nada melhor do que seu cheirinho e carinho.

Descubro que para as mães, filhos não crescem, não importa a idade que eles tenham. Para elas, moramos todos na “Terra do Nunca”. Assim como Peter Pan, nunca vamos crescer. E, vou mais além: mãe, a gente não entende ou tenta compreender, apenas respeita. Vai saber o que passa dentro do coração delas quando se trata dos filhos.

Todo este excesso de zelo faz parte da natureza delas. Elas não pensam, agem por instinto. Ontem mesmo eu tinha uma sujeirinha no rosto. Quando percebi, minha mãe umedeceu o dedo em sua saliva e esfregou na minha cara para tirar a sujeira. Pior, estava cheio de gente ao redor. Coisas de Helena Horácia, mais conhecia por HH, como carinhosamente a chamo. HH nada mais é do que uma alusão a “gaga”.

Sem contar que minha mãe tem o maior coração que já conheço. No dia seguinte da virada, sobrou três pedaços de torta de brigadeiro com leite condensado que eu amo. Estávamos em quatro pessoas. Quando fui dividir meu pedaço em dois, ela me olha e diz: “não gosto de torta de brigadeiro”. E, eu sabendo que ela ama chocolate! Quem além de uma mãe deixaria de comer para alimentar seus filhos?

Hoje, só tenho que agradecer a Deus por ter me presenteado com a melhor mãe do mundo. E, pedir que ele a conserve mais alguns anos entre nós, com muita saúde, pois ainda tenho muito que aprender com ela e me estressar já que ela tá cada dia mais impossível! E, principalmente, ganhar seu carinho quando chego em casa de uma dia agitado de serviço! Eu amo muito isso! – JK 02.01.20