domingo, 19 de junho de 2011

Jean Das Dores, muito prazer!



  Hoje acordei triste! Talvez meu anjo da guarda tenha acordado de ressaca, casando, afinal, não tem sido fácil me proteger, me acompanhar estes últimos meses. Já adotei o codinome de Das Dores, Jean Das Dores, muito prazer!

 Minhas pedras nos rins andam acabando comigo. Ando brabo, azedo. No trabalho já me apelidaram de marrento. Tenho procurado me conter, mas, confesso, não tem sido fácil. A dor e tamanha que na hora você não pensa em nada, apenas manda tudo e todos pra aquele lugar.

  O pior é sorrir, atender bem o cliente quando você ta querendo é sumir, deitar, ficar quietinho. Mas, dias melhores virão! Já começo a ver a luz no fim do túnel. Se tudo der certo, início de julho já faço a cirurgia e acabo com este sofrimento, que sinceridade, não desejo nem aos meus inimigos, se é que tenho.

  Caxias do Sul é uma cidade grande, a segunda maior do estado, mas, ainda não acredito que só exista um hospital que realize este procedimento que vou fazer. Estou na fila de espera, mesmo com plano de saúde e requisição assinada. Tentei fazer a cirurgia particular para agilizar e nem assim consegui. Pode? Mas, resta aguardar. Sexta tenho entrevista com o anestesista. Espero que depois disso seja só operar e dar adeus as dores.

  Também ando me sentindo sozinho, por mais amigos maravilhosos que eu tenha. São excelente companhias, mas, falta alguma coisa. Amigos a gente não pode beijar, dormir abraçadinho, entre outras coisas. Mas, por outro lado, pode abraçar, desabafar, contar causos e histórias. Depois da família, amigo é o melhor lugar para se estar.

  Ainda sinto falta da ex! Mas, meu coração começa a cicatrizar. Ontem mesmo me interessei por uma florista. Fui comprar rosas para mãe e me apaixonei pela simplicidade, simpatia, pelo sorriso da menina. Parecia um anjo sem asas. O pior que me senti o Michael Jackson. Ela devia ter no máximo 21 anos. Mas, isso não impediu de dar uma volta na quadra e dar mais uma espiada, mas, infelizmente, ela já não estava. Mas, foi bom, alegrou meu coração, minha alma.

  Se tudo der certo, depois da cirurgia, quero ver se conheço melhor uma representante comercial. Ela tem me fascinado. Ficamos horas, horas e teclando. Gosto da sua sapiência. Mulheres inteligentes me fascinam, me seduzem. Também sai com uma metalúrgica uma vez. Tomamos um café juntos. Ela é encantadora, simples, meiga, dona de mãos lindas e de um belo sorriso. Adoro quando ela envia torpedos dizendo que pensou em mim ou mostra-se preocupada comigo. Me sinto importante, amado.

  Nesse sentido, não poderia dizer que estou triste, pois sinto-me muito amado pela família, pelos amigos, até pelos amigos virtuais. Todos demonstram carinho e preocupação comigo. É tão bom se sentir amado.

sábado, 11 de junho de 2011

Carta a uma amiga


 Sábado frio em Caxias do Sul, cinco graus. Há esta hora você deve estar se arrumando para ir à análise. Espero que já esteja surtindo os resultados, que esteja se sentindo melhor.

 Não fiquei brabo com o que vou escrever, mas você precisava de terapia. Tua bipolaridade era constante demais em tua vida. Em frações de segundos você mudava, pra pior, é claro! Eu nunca sabia como você ia estar, sem contar que você descontava tudo em mim. Eu era seu saco de pancadas, desabafo. Mas, tenho fé que você vai chegar lá, achar um equilíbrio. Estou feliz por você estar indo no Rogério, tenha certeza disso!

 Ao contrário de você, não consegui me relacionar com ninguém. Confesso que até conheci uma ginecologista da capital, inclusive, lhe enviei um torpedo dentro do ônibus quando estava indo pra aí.

 Ela é dez, super legal! Não sabia o que fazer para agradar, pra me cortejar, mas, não rolou. Fiquei com pena dela. Investiu pesado: jantar romântico, almoço refinado, presentes, shopping, cinema, cafés luxuosos,... mas, não rolou nada. Você ainda ta muito presente comigo. Aqui em Caxias também conheci, pra variar - outra médica, desta vez uma recém formado -, mas, não me agradou.

 Meus amigos insistem em me apresentar alguém, mas, não tenho interesse. Não gosto destes encontros às escuras, sem contar de que em Caxias do Sul já conheço grande parte das pessoas. Então, com certeza, esta pessoa não deve ter despertado minha atenção. Até um amiga do peito resolveu investir em mim. Pode? Não vou pra cama com amigas, disso eu tenho certeza! Prefiro preservar minha amizades.

 Tenho teclado com quatro pessoas legais, mas falta coragem e vontade de conhecer. Uma é metalúrgica, outra representante comercial, uma pediatra e a última, professora. Não quero iludir ninguém, portanto acho melhor ficarmos, ao menos por enquanto, só no msn, orkut e face book, embora saiba que ta na hora de eu te esquecer, seguir minha vida. Não posso mais ficar aqui sentado à beira do caminho.

 Enquanto meu coração não bate descompassado por alguém, torço por você, que teu namoro vá pra frente, tenha certeza disso! Volto a frisar: tudo o eu que quero e ver você bem, feliz, embora, saliente, sentir tua falta. Afinal, foram sete anos. Éramos cúmplices, amigos. Eu vivia pra você, pra minha família e pro meu trabalho. Este era meu mundinho. Nunca te trai, nem tive vontade. Estava feliz com você, com meu mundinho, conosco.

 Seguido me pego pensado em você! Saudades das nossas conversas, nossa rotina, nossas comidinhas em casa ou fora, passeios, cinema, de ficar em casa abraçadinhos vendo filmes, do seu apartamento, de passar horas no Expresso Caxiense, dos nossos torpedinhos, dos passeios pelo brique, da longas horas na Saraiva seguido de Cultura e Fnac... Ás vezes quando percebo estou com olhos cheios de lágrima chamando mor, mor, mor, pelos cantos da casa. Mas, bola pra frente que atrás vem gente. A fila tem que andar e a vida continua, não para.

Enquanto a separação fez bem pra você, afinal emagreceu 14 quilos, eu engordei dois. Não consigo emagrecer, nem tenho vontade. Quem me quiser vai ter que me querer gordinho mesmo, terá que me aceitar do jeito que sou.

Por aqui todos bem! A Mãe ontem que desmaiou na rua e ta com o rosto todo roxo. Mas, isso não impediu de irmos almoçar logo mais no Iguatemi e escolher a armação do meu óculos. Sim, fui ao oftalmo ontem e terei que usar.  Já na quarta-feira tenho urologista. Exames revelaram duas pedras nos rins esquerdo. Quero ver se já marco a cirurgia. Não agüento mais sentir dor.

 Fico triste por tua mãe não estar gostando de Palmeiras das Missões. Por outro lado espero que teu pai esteja. Torço para que seja só o período de adaptação. Eu gostava dela quando morei. É pequena, mas, uma boa cidade.

 Ah! Mãe pediu para você não dar os quadros que ela pintou. Se quiser dar, ela os quer de volta. E, a Jeanine quer a outra cadeira preta. Não dê para ninguém a não ser pra nós.

Se cuida! O que precisar, conte comigo! E, tenha certeza: não guardo mágoas. Como diz a canção: “A mágoa é como um rio, é bom de ver passar”.

Beijos