domingo, 18 de fevereiro de 2018

Sonho de formatura



Era 2018, era fevereiro, era sexta-feira. Igreja dos Capuchinhos, eis o cenário desta nossa história!  Fazia frio, mas o calor humano era grande. Centenas de pais, parentes e amigos se aglomeravam na busca de um melhor lugar para assistir a missa de formatura dos formandos da FSG, de Engenharia Civil. No altar, a Famiglia Guerra, presenteava todos com sua belíssima música. Já Frei Jaime Bettega, abençoava os formados, familiares e amigos. Ouso dizer, que foi uma das melhores celebrações religiosas que assisti. Com mestria, Bettega comandou momentos de emoção e religiosidade. Formados com emoção a flor da pele, parentes e amigos sensibilizados, tomados por uma força chamada amor, carinho e admiração. Ouso dizer que, não foi uma missa comum, foi um espetáculo de fé registro por Bettega.
No dia seguinte, a emoção voltou a tomar conta, desta fez o palco escolhido foi o  Seminário Diocesano Nossa Senhora Aparecida. Lá, formandos receberam o tão sonhado e batalhado diploma numa cerimônia regada de homenagens e exemplo de organização. Seminário lotado, música ao vivo, chuva de papel picado em forma de corações, tudo perfeito. Até os chatos discursos de agradecimentos, foram rápidos e emocionantes.
E o melhor da festa, ainda estava por vir, a celebração com familiares e amigos na Casa Di Paolo. No discurso improvisado o formando Rodolfo Martins dos Reis junto com o pai, Cesar dos Reis, arrancaram lágrimas dos convidados, principalmente da vó Helena Horácia. A emoção voltou a tomar conta na hora das homenagens no telão que, como não poderia deixar de ser, em se tratando do Rodolfo, foi emocionante e engraçada. Logo em seguida o tradicional brinde de champanhe e, após, foi servido o delicioso e farto jantar.
Mas, quem pensa que a festa acabou por aqui, se engana. Ela se estendeu por toda noite na Zero54. E, hoje, domingo, todos felizes, todos de ressaca. No coração, a certeza de mais uma conquista, mais um sonho realizado. E que venham muitos sonhos pela frente, afinal, sonhar é preciso, sempre! - JK

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Partir



Por mais duro que seja, precisamos nos acostumar com a ideia de que somos passageiros na vida e que o nosso destino final não é aqui. Infelizmente, também não sabemos em qual estação devemos descer e nem em qual estação devemos nos despedir das pessoas que amamos. 

Para alguns de nós a viagem é mais curta, mas não significa que seja menos intensa e importante. Para outros a viagem é longa e descemos nas últimas estações, depois de termos cumprido nossa missão.
Quantas pessoas passam pela nossa vida rapidamente e deixam tão valiosas lições? Com outras, aprendemos o verdadeiro valor da amizade, do companheirismo, do amor vó, de mãe, de amiga.

Mas, infelizmente, a vida é assim, e nós seguimos viagem olhando para trás até a paisagem mudar, e ficar em nossa mente como uma fotografia bonita, que nos faz sorrir.

Minha amiga, minha outra mãe desceu inesperadamente numa estação agora, nesta segunda-feira. Partiu sem nos dar a chance de uma despedida. Mas a verdade é que não precisamos nos despedir, pois todos nós vamos nos reencontrar nos cruzamentos da eternidade. Nós só temos os nossos caminhos desencontrados por algum tempo.

Seguimos com a vida lembrando com carinho daqueles que já desembarcaram e pensando que um dia vamos nos reencontrar. Mesmo estando tão perto, mas tão distante, eu e Helena Horácia oramos para que nossa Amada Clori encontre a paz merecida. Ela partiu tendo a certeza de que cumpriu sua minha missão como amiga, como mãe e como a vó.

Saudades eternas na certeza de que um dia vamos nos reencontrar Clori Bertolazzi!

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Dois velórios e uma formatura



Quem pensa que meus dias são tranquilos, engana-se! Em três dias, dois velórios e uma formatura.
É nestas horas que percebemos que estamos ficando velhos, quando encontramos os amigos em velórios, não mais em festas. No meu caso, mais em velórios do que em festas.
Mas, envelhecer é preciso! Aceitar a velhice, também. Mas, é triste vermos os amigos partirem antes de nós, ainda mais os mais jovens. Quando eles já tem uma certa idade, até aceitamos, é a ordem natural da vida, mas quando são mais novos e são tirados bruscamente de nós, não! Demora um tempo apara aceitarmos.
Esta semana, felizmente, os dois que partiram já tinha uma certa idade, mais de 70 anos. Com certeza, sua missão aqui na terra foi cumprida: filhos criados e netos crescendo. Deus, lá de cima, os acolheu de braços abertos e com aquele sorriso amigo. E, vale a pena lembrar que quando alguém parte é porque outro alguém vai chegar, essa é a lei dos deuses e assim diz o velho ditado popular.
E, nem só de tristeza é feita a vida. Existem momentos mágicos. Entre eles, a formatura do meu segundo e o último sobrinho, uma vez que a menina já se formou em Biomedicina há três anos e já exerce a profissão. Agora é a vez do sobrinho mais novo dar esta alegria ao tiozão aqui, e a toda família que acaba de ganhar um Engenheiro Civil.
Semana corrida e nervosa atrás dos últimos preparativos para a formatura, entre eles, entrega dos convites, missa, escolha do lugar do jantar e festa. Quando você vê, a semana passou, o ano terminou outra vez. Minha sorte é que estou de folga carnavalesca, sobra tempo para fazer tudo o que tenho pra fazer e mais um pouco.

Enquanto a formatura não vem, vamos aproveitar os últimos dias das férias de carnaval que segunda-feira, minha vida volta ao normal e eu ainda não descobri quais escolas de sambas ganharam os carnavais de Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. - JK


segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Relatos da EQM



Hoje resolvi escrever sobre uma tema polêmico, minha experiência de quase morte (EQM). Sim, eu também passei por isso! Eu não podia ficar de fora, afinal, experiências diferentes são comigo mesmo.
Ela aconteceu no dia em que fui fazer a cirurgia na mão direita. Quando criança, cortei todos os tendões em uma de minhas muitas travessuras. Tudo corria bem na sala de cirurgia quando eu acordei e reclamei de dores. Os médicos então, resolveram fazer uma anestesia geral e foi, justamente nesta hora, que tive uma parada cardíaca. Por alguns minutos, fiquei entre o mundo material e o espiritual. Nesta rápido fração, que pareceu durar horas, escutava e via tudo o que acontecia na sala de cirurgia, inclusive, eu vi meu corpo.
Depois de pairar alguns instantes sobre a sala de cirurgia, um túnel escuro com uma luz dourada e branca surgiu. Essa luz, quente e brilhante, proporcionava uma sensação muito agradável, de amizade, de acolhimento, onde minha vida passava num rápido flash back. Um sentimento enorme de amor e compaixão tomou conta de mim. Parecia que alguém me aguardava no fim do túnel. Por mais que eu tente explicar, o que vi e presenciei e indescritível.
Vocês devem estar perguntando o que houve comigo na sala de cirurgia. Sim, eu tive uma parada cardíaca. Voltei graças ao desfibrilador e aos excelentes profissionais que me operaram. E, quando voltei, aprendi a dar valor as coisas mais simples da vida, ser menos materialista.
Mas, o que aqui vale a pena aqui relatar e que eu escutava toda a conversa da equipe médica, seus esforços em me trazer de volta. Recordo de escutar o médico dizer que eu ainda estava vivo, pois uma lágrima rolou de um de meus olhos. Eu tentava me mexer, falar, dizer que eu estava vivo, mas não conseguia. E, o engraçado, é que não entrei em desespero, uma serenidade tinha tomado corpo do meu corpo embora eu sentisse que não estava mais lá. E, o mais incrível, não tinha medo da morte, de morrer devido a imensa paz e bem-estar que eu sentia.
Desde esta experiência, ganhei um novo amigo e converso com ele todos os dias. Dou bom dia, boa noite, conto meus problemas e como amigo, a gente briga, briga muito, mas nos damos bem. Ele sempre me perdoa e nele eu acredito e tenho fé! E, sei que em breve vamos nos tornar a ver. E, neste dia, trocaremos um forte abraço e direi: finalmente te conheci meu amigo! - JK