Feriado chegando. Nada melhor do que planejar o que fazer. Primeiro passo, Porto Alegre, afinal, namorar e preciso.
Como sai antes do serviço, por volta das 17h, resolvi fazer uma surpresa e buscar meu amor no Zaffari. Toda sexta-feira, religiosamente, ela faz compras no mesmo mercado. Era o que eu pensava.
Chegando à Porto, lá fui eu para o mercado. Estacionei o carro na garagem e fui procurar ela nos corredores. Não encontrando, a solução foi ligar. Ela já estava pronta, na fila do táxi. Disse para subir até o C3 que lá estava eu.
Passado vinte minutos, nada dela aparecer. Ela ligou furiosa querendo saber onde eu estava, repeti. Mais dez minutos, ela liga, uma arara, me botando a boca, soltando os bichos para fora. Só depois de alguns minutos de estresse descubro que ela mudará de Zaffari, estava em outro. Pode?
Tentando acalmar a fera, disse que ia buscá-la, mas, ela não quis, preferiu pegar um táxi. Fui para seu apartamento. Lá chegando, percebi que ela ainda não estava. O táxi chegou uns cinco minutos depois. Ela mal desceu do táxi e me fulminou. Quis ajudar com as compras, mas, ela não quis. Tive que me impor.
No apartamento, brigou comigo e disse que não queria falar nada. E, não falou. Só voltou a conversar no dia seguinte próximo do meio-dia.
Como era de se esperar, dormi na sala, optei por não enfrentar a fera e respeitá-la. Deixei o pó baixar, senão ela me corria de casa. Risos. Dormi mal pra cachorro. E pensar que tudo o que eu queria era matar a saudade, dormir de conchinha e fazer uma surpresa indo buscar ela no Zaffari.
E, para completar o feriado, ela se resfriou, ficou mal da garganta. E, o pior, de dieta. Não queria comer nada. Passei o feriado a sopa e sanduíche. A única coisa que se salvava era o café da manhã, farto. Fomos ao cinema, e o filme era um belo abacaxi, ou seja, um típico feriado frustrado. Só espero que a semana seja bem melhor.