segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Surpresa frustrada.

 Feriado chegando. Nada melhor do que planejar o que fazer. Primeiro passo, Porto Alegre, afinal, namorar e preciso.

 Como sai antes do serviço, por volta das 17h, resolvi fazer uma surpresa e buscar meu amor no Zaffari. Toda sexta-feira, religiosamente, ela faz compras no mesmo mercado. Era o que eu pensava.

 Chegando à Porto, lá fui eu para o mercado. Estacionei o carro na garagem e fui procurar ela nos corredores. Não encontrando, a solução foi ligar. Ela já estava pronta, na fila do táxi. Disse para subir até o C3 que lá estava eu.

 Passado vinte minutos, nada dela aparecer. Ela ligou furiosa querendo saber onde eu estava, repeti. Mais dez minutos, ela liga, uma arara, me botando a boca, soltando os bichos para fora. Só depois de alguns minutos de estresse descubro que ela mudará de Zaffari, estava em outro. Pode?

 Tentando acalmar a fera, disse que ia buscá-la, mas, ela não quis, preferiu pegar um táxi. Fui para seu apartamento. Lá chegando, percebi que ela ainda não estava. O táxi chegou uns cinco minutos depois. Ela mal desceu do táxi e me fulminou. Quis ajudar com as compras, mas, ela não quis. Tive que me impor.

 No apartamento, brigou comigo e disse que não queria falar nada. E, não falou. Só voltou a conversar no dia seguinte próximo do meio-dia.

 Como era de se esperar, dormi na sala, optei por não enfrentar a fera e respeitá-la. Deixei o pó baixar, senão ela me corria de casa. Risos. Dormi mal pra cachorro. E pensar que tudo o que eu queria era matar a saudade, dormir de conchinha e fazer uma surpresa indo buscar ela no Zaffari.

 E, para completar o feriado, ela se resfriou, ficou mal da garganta. E, o pior, de dieta. Não queria comer nada. Passei o feriado a sopa e sanduíche. A única coisa que se salvava era o café da manhã, farto. Fomos ao cinema, e o filme era um belo abacaxi, ou seja, um típico feriado frustrado. Só espero que a semana seja bem melhor.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Velhos e bons tempos

 Tenho um bom gosto musical, não posso negar. Não tem música que eu não goste, tenho preferências. Entre elas esta a MPB.

 Adoro vozes femininas, como de Maria Bethânia, Gal Costa, Dalva de Oliveira, Dolores Duran, Elis Regina, Marisa Monte, Alcione, Roberta Sá, Ana Carolina, entre outras. Na parte internacional meu destaque fica com Shirley Bassey, Edith Piaf, Lisa Stanfield, Dalida, Billie Holiday, e Kd Lang. São tantas intérpretes que é impossível enumerar todas.

 Meu gosto musical foi uma herança deixada pelos meus pais e minha madrinha de escotismo, Vera. Meu pai tinha toda coleção de Nat King Cole e Ângela Maria, além de diversos LPs de boleros. Já minha madrinha, tinha a coleção mais incrível e variada que se possa imaginar. Foi com ela que ouvi pela primeira vez Maysa. Ainda recordo como se fosse hoje a capa do vinil: Gala 79 e a música em questão: Caminhos Cruzados. Fiquei apaixonado pela voz e pela letra da música. Ela também me ensinou a gostar de Bethânia. O disco em questão era Álibi. Sabia de cor todas as músicas do vinil, mas, entre minhas prediletas estavam e estão: Diamante verdadeiro, Explode coração, Negue, O meu amor e Sonho meu.

 Adorava ir no final de tarde para sua casa. Ela é minha mãe iam tomar chimarrão e colocar as fofocas em dia, enquanto eu Christiane, Rogério e Miguel, ficávamos brincando na sala, escutando música. Amava sua casa, sua hospitalidade. Lembro que lá, tudo era melhor que na minha casa. Considerava Vera como uma segunda mãe, além de seus filhos serem meus melhores amigos. Infelizmente, o tempo nos afastou, mas guardo com maior carinho aqueles velhos e bons tempos.

 Recordo que, aos domingos, fazíamos reuniões dançantes na casa de madrinha. Lá dançávamos de rosto coladinho. Um disco que era o xodó era a trilha sonora da novela Água Viva, que tocava sem parar. As trilhas sonoras de novelas sempre eram as favoritas, as que mais tocavam. Recordo que eu tinha poucos discos. Se não me falha a memória: Álibi de Bethânia, Mania de você, Rita Lee; Os Gigantes e Cara a Cara internacional, além de compactos que iam de Lilian (Uma música lenta) a Gretchen (Dance with me). Bons tempos, com certeza!

 De lá para cá, meu gosto foi se apurando, modificando. Lembro que cheguei a ter três mil vinis, mas, com a chegada do CD, acabei me desfazendo de todos. Até hoje dói no peito.

 Na época, morava em Porto Alegre. Precisava voltar à Caxias do Sul e, num subido momento de loucura, dei todos os meus vinis para amigos e pessoas que passavam na rua. Outros, doei em sebos ou troquei por cd.´s. Para ser exato, um só. Dei uns 50 LPS em troca do CD Outras Palavras, de Caetano Veloso. Já meu primeiro cd foi MM, de Marisa Monte seguido pela trilha sonora do filme 9 ½ de amor.

 Atualmente, tive que mandar fazer uma estante sob medida para guardar meus CDs que já ultrapassam a margem dos 2.500, além dos 300 dvds musicais. Ás vezes acho que só sei viver de amor e música.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O problema é o regime que não dá satisfação

 Finalmente criei vergonha e comecei, recomecei, recomecei e recomecei minha dieta. Sim, um eterno recomeço. Já perdi as contas de quantas vezes recomecei e quantas vezes escrevi aqui neste blog sobre estar fora do peso, com uns quilinhos a mais e precisar de uma dieta.

 Passei o inverno todo tentando emagrecer e não consegui. Faltou força de vontade. E cá entre nós, inverno combina com comidas mais pesadas, alimentação mais encorpada e foi o que eu fiz. A vergonha só chegou quando, domingo, subi na balança e, para minha surpresa – nem tanto assim -, foram registrados exatos 95 kg. Que susto! E o pior, inventei de olhar-me no espelho pelado: que medo! Não era minha aquela barriga enorme. Risos! O pior é que é.

 Tomei vergonha e comecei a dieta já no domingo mesmo, na janta. Só um sanduíche com coca-cola, esta não pode faltar. Mas, desta vez, zero. A nutricionista disse que podia tomar, mas, nada em excesso.

 Na segunda, resolvi segui a risca a dieta que a nutricionista me deu e assim estou conseguindo levar durante a semana. São cinco dias e, para meu espanto, já perdi 250 gramas, embora sinta que minha calça já está caindo. No cinto, um furinho a mais esta sobrando. Às vezes acho que a balança está me enganando, pois parece que perdi mais, afinal, foi tanto sacrifício. Risos! Nada de chocolates e outras guloseimas que adoro. No cardápio, muita salada e verduras. Arghs! Justo eu que odeio saladas, mas, to começando a me reeducar. Até eu estranho ver no meu prato cenouras, beterrabas, brócolis, pepinos,... De quebra, uma minúscula colher de arroz e um bifinho de gado ou frango na chapa. Mas, fazer o que, é necessário.

 O engraçado é que durante o dia, com as cinco refeições, com direito a sobremesa, passo bem, não sinto fome. Mas, na hora da janta, é um sufoco, pois lá em casa somos acostumados a jantar, um jantar muito farto, afinal, é a hora que a família se reúne, uma vez que quase todos almoçam fora. Isso vem acontecendo desde pequeno. Meu pai era bancário. Geralmente almoçava com um cliente. Era na janta que nos reunimos e assim, permanece esta tradição de mais de 40 anos. Não vai ser fácil perder este hábito, mas estou tentando. Meu medo são estes feriados. Sempre acabo comendo mais do que o necessário.

 Lá em casa, com exceção de Fernanda, todos estamos acima do peso. Então, estamos equilibrando a comida. Não tenho deixado a mãe preparar o meu completo. Risos! Eu mesmo estou me servindo, vendo quais alimentos podem ser misturados ou não. E, até o presente momento, está funcionando, embora não coma como eu gostaria.

 Meu próximo passo e deixar de ser sedentário. Não sei de começo a caminhar ou vou para uma academia, coisa que nunca tive saco nem paciência. Talvez, os dois.

 Para caminhar, sou vadio, depois que entro em casa, só quero saber de banho, televisão e quarto. Sair de casa, nem pensar, quanto mais uma academia. A solução que encontrei, embora falte força de vontade, é ir de ônibus para o trabalho e voltar a pé. São oito quilômetros, um bom exercício para o corpo e para a mente, afinal, relaxo. Há dois anos fazia isso. Eu, meu MP4 e meus tênis, éramos companheiros inseparáveis. Vamos ver nos próximos dias que medida irei adotar. Prometo que relato aqui e informo os quilinhos que perdi.