sábado, 18 de maio de 2013

Mudar é preciso!


 De repente o estável não me satisfaz mais. Explico: estou a mais de 17 anos na mesma empresa, mas, de repente, percebi que não cresci ao longo dos anos, continuo exatamente com o entrei. E o pior, além de não crescer, o salário não teve aumento. Hoje, se for ver, ganho menos do que quando entrei. Isso, comprovado no papel.

 Embora ame meu serviço, meus colegas, meus patrões, sinto que já está na hora de abandonar o barco. Ir à luta e navegar outros mares, afinal, navegar é preciso! Não sou mais tão jovem. Preciso fazer isso rápido, afinal, já estou beirando os 50 anos. E o pior, já fiquei desatualizado para o mercado de trabalho, preciso me reciclar urgente.

 Hoje, me arrependo de não ter aceito, meses atrás, o convite de uma empresa concorrente. Com certeza, estaria mais qualificado e melhor remunerado. Talvez, mais satisfeito do que no emprego atual, talvez não já que amo o que eu faço, fator que me segurou e segura por tanto tempo na empresa.
 Ontem à noite, outra entrevista de emprego. A proposta, irrecusável! Fiz-me de difícil, que ia pensar, mas, cá entre nós, o SIM gritava dentro do meu ser. E o melhor, o emprego não é de imediato. É para daqui uns meses, tempo suficiente para eu desapegar do atual, que alias, não vai nada bem, está na UTI.

 Sinto meus administradores aéreos, desligados e ausentes. Parecem que vivem em seu mundo, não compartilham nada, não dizem nada, não vão atrás de novos empreendimentos para fortalecer o atual que, na minha opinião, anda no banco de reserva, precisando de um pouco mais de atenção e de pessoas maia acessíveis, que saibam lidar com as pessoas, mesmo quando temos vontade de mandar elas para aquele lugar.

 O pior é conviver com a insatisfação de colegas e clientes, que, diariamente, reclamam da administração e dos próprios colegas de trabalho. Segurar esta barra não tem sido fácil, pelo contrário, desanimador.
 Eu que sempre acordei disposto, alegre, de bom humor, confesso que não tem sido fácil. Demonstrar ser alegre, feliz, ser, não tem sido tarefa das mais fáceis. Mas, tenho esperança de que dias melhores virão.
 Seguido me pergunto: quando meus administradores vão acordar e perceber que estamos precisando de um incentivo, uma injeção de ânimo e de melhorias? Espero que isso aconteça logo, antes que seja tarde demais.

 Não sou vidente, mas, do jeito que as coisas vão, não temos vida pra muito tempo. Talvez este ano, talvez ano que vem, não posso prever, mas que a coisa está feia, está! Só eles que não perceberam.
 Embora as coisas não estejam fáceis, não podemos desanimar. Amanhã será um novo dia e, quem sabe, neste novo dia, um renascimento acontecerá na empresa e neste ser que escreve.

sábado, 11 de maio de 2013

E se...


E se ... 
você me ligar, procurar, o que é que eu faço?
Te aceito ou digo não!
Assim como eu, tu também me fizeste sofrer.
Tua ausência feriu mais do que as palavras não ditas
por mais amargas que as minhas tenham sido.

E se ...
você disse que me ama?
Acredito ou finjo que acredito!
Hoje não sei se confio em você
Tuas lindas palavras foram da boca para fora
Na primeira briga, vocês esqueceu todas.

E se ...
você disser que não quer mais me ver?
Eu acredito, tenha a certeza disso!.
Mas, você vai lembrar de mim, mesmo não querendo.
Foi pouco tempo, mas exato para deixar saudade.
Eu esperava mais de ti, menos da minha pessoa.

E se ...
eu disser que hoje sou eu que não quero mais você?
Você acreditaria ou não!
Sim, falhaste comigo e eu contigo.
Tentamos e não deu certo.
Partimos para outra, então.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Não é mais um cartão de aniversário e sim, o cartão.




É necessário muita criatividade para escrever um cartão de aniversário para você Helena Horácia, afinal são 72 anos de vida festejados hoje e, no mínimo, uns 65 cartões escritos por este ser maravilhoso, bonito, querido, gordinho e modesto que lhe escreve. Haja inspiração para escrever tanto sobre você.

 Com certeza, você deve ter guardado uns cinco ou dez cartões apenas, não mais do que isso. Mas, isso se justifica: foram tantas as mudanças de cidade, de casa que é quase impossível guardar tanto papel. Aliviei para você mãe!

 Um fato curioso e engraçado é que os cartões, na maior parte, ou quase todos, foram escritos pelos homens, ou seja, eu e o Rodolfo. A Jeanine e a Fernanda não são muito boas com as palavras para não dizer outra coisa.

 Mãe, você sabe, tá enrugada de saber que eu amo você, melhor: que nos amámos você! Tu é nosso alicerce, nosso castelo que pedimos abrigo sempre que a vida nos dá uma rasteira ou nos oferece uma festa e caímos na candaia.

 Você é que faz os chazinhos e as comidinhas deliciosas para curar nossa ressaca e o fígado destruído (exclusivamente para Fe). E, de quebra, dá aquele colinho quando mais precisamos. Às vezes, tenta dizer as palavras certas, mas, por ser muito moderna e liberal, ficamos meio sem jeitos, envergonhados e encabulados, mas escutamos e rimos muito depois. Nem sempre dá para seguir teus conselhos a risca.

 Apartamento de mãe, de vó, mesmo pequeno e apertado, é o melhor lugar para se estar, receber carinho e muitas guloseimas. É impossível não engordar ou ficar quieto perto de você, afinal, você cozinha divinamente e fala, fala muito, sua marca registrada. Quando está quieto é sinal de perigo. Alguma coisa não vai bem!

 Helena Horácia, ou HH como costumo escrever, fique tranquila, não vamos te enviar para casa de Repouso Heloisa Tramontina, em Carlos Barbosa. Você ficará conosco mesmo. Mas, quando incomodar muito aqui em Caxias do Sul, eu e a Fernanda te encaminharemos para São Marcos, para casa da Jeanine.

 Mas, deixando as gracinhas de lado, de todo coração, saiba que você foi e será sempre meu primeiro e maior amor, mesmo quando estiveres lá no ceú tagarelando com Jesus. Mas, enquanto este dia não chega – e ainda vai demorar -, continue tagarelando e zelando por nós, filhos e netos por aqui mesmo. Precisamos muito de você ainda!

Feliz Aniversário velinha!