domingo, 11 de agosto de 2019

Ainda espero muito de mim



Escrever é como desabafar, me dá consolo. É como se alguém dentro de mim lesse o que eu escrevo. Sim, escrevo longos textos e desabafos para eu mesmo. Isso me conforta e faz-me seguir adiante.

Não sei se espero demais das pessoas ou de mim mesmo. São tantas decepções, sejam elas de amigos ou relacionamentos.

Estes dias, teclando com uma quarentona do facebook, elogiei o modo que ela escreve, se expressa . Disse que gosto de pessoas cultas - tão raras hoje em dia -, e dos textos que ela escreve. Para minha surpresa, ela disse estar à procura apenas de amigos, não de sexo! Fiquei sem entender nada! Nem passou pela minha cabeça transar com uma desconhecida virtual, sem contar que ela nem faz meu tipo. Passei da idade de querer pegar todas (sexo tem que ter qualidade, não quantidade). Simplesmente o encanto sumiu, desapareceu.

Dias atrás, escrevi um texto para uma amiga que gosto e admiro muito. Mas, infelizmente, ela não entendeu o que eu queria transmitir. Eu momento algum eu quis magoar. Apenas disse que ela, assim como eu, era uma pessoa solitária, mas nem por isso, sem encantos e fascínios. Li calado seu direito de resposta e não a procurei mais. Amizade é para ser saudável, não motivo de estresse para ambos.

Com meu último relacionamento, não foi diferente! Triste quando ele termina e você percebe que só você se envolveu, entregou. Amor, quando há amor, não acaba por briguinhas e discussões banais. A gente puxa a orelha e perdoa. Afinal errar é humano! Erramos todos os dias. Corrigir e aprender com nossos erros e deslizes é preciso para melhoramos! A vida é um eterno aprendizado!

Minhas últimas três tentativas de me relacionar com alguém, desde minha separação, foram frustradas. Uma, além de ser bem mais jovem do que eu, era imediatista demais. Queria tudo no seu tempo e na sua hora. Este é o mau desta nova geração. Já a outra, embora presente em whats, era ausente, vazia de conteúdo, mas belíssima, de parar o trânsito! E, a terceira, esta bem mais velha do que eu, não soube esperar o momento certo. Parecia que o mundo ia acabar amanhã para ela. Esquece que às vezes não temo dinheiro para viajar, deslocar.

Chego a pensar que eu que estou andando na contramão, devagar demais para os dias atuais! Que sou o único que ainda acredita no amor e gosta de cortejar, ser cortejado antes de partir para a intimidade. Embora não mande flores, ainda sou um amante à moda antiga. Gosto de conhecer, conquistar, namorar para depois dividir o prazer. Acho que estou fora da realidade atual, precisando, urgentemente, me atualizar e adaptar-me ao mundo contemporâneo.

Ainda espero muito de mim – 11.08.19 - JK

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