domingo, 21 de julho de 2019

Coração bobo.

Quem me vê assim, de sorriso farto e brincalhão, não sabe que eu tenho um coração bobo, babão, que se apaixona fácil e se desapaixona mais fácil ainda se você não souber cuidar. Meu coração bobo precisa de alimentos, palavras bonitas, abraços, carinhos e beijinhos sem ter fim. Ele precisa de atenção e juras incansáveis. Ele é carente e necessitado, indigente.

Meu coração é bom, não guarda mágoas, não sente raiva e sabe perdoar. Sabe se colocar no lugar do outro e medir as consequências. Quando fica triste, é por no máximo um dia ou dois. No terceiro já está sorrindo de novo, se importando com as pessoas, preocupando, querendo saber se elas estão bem, o que estão fazendo, sonhando, pensando...

Meu coração babão não consegue deixar de ser bobo. Ele se doa demais e se entrega totalmente sem medir as consequências. Confia em todos e vive quebrando a cara. Quando esta amando é fiel e pouco recebe ao tamanho que se doa. E, mesmo assim, não se cansa de se doar, de se doer. E, como dói quando ele é iludido! Mas, mesmo assim, ele insiste em deixar tudo para trás.

Minha razão questiona como meu coração consegue ser assim, mas nunca acha a resposta certa, ou ela simplesmente não existe. Sou assim, sempre amando demais, intenso e exagerado! Sempre inteiro e nunca pela metade.

Mas, não acho ruim, pelo contrário, gosto! Ter o coração assim, bobo, é um dom e admiro muito isso em mim. Não tenho vergonha de demonstrar o que sinto, sou transparente. Aliás, demonstro até demais!

Meu coração quer mais, muito mais. Quer sair de dentro do meu peito, quer se mostrar, se expor. Tem necessidade de dizer: “eu te amo”. Nada parece acalmar este turbilhão de sentimentos dentro dele. Ele sempre encontra um meio de perdoar e de ser feliz novamente. – Coração bobo - JK 21.07.19

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