Sim, amar é bom, mais dói, ainda mais quando não somos correspondidos ou
amamos em silêncio. Ás vezes, acredito, que adoro um amor inventado, uma
literatura barata, um amor de cordel. Sou fã dos amores sofridos, da fossa, do
piano bar, dos amores rasgados.
Sofro de dores de amores até que não são meus. Me identifico, sou
solidário. Gosto de sentar com a tristeza, beber com ela. Somos amigos e
confidentes ainda mais quando toca uma sofrência no rádio, aí, o clima fica
perfeito.
Meu peito decadente cultiva feridas eternas. E decadente e moribundo. Sofro
de carência aguda. Meu poeta maior é Lupicínio Rodrigues. Suas canções falam de
amores não correspondidos, traições, amores e feridas da noite. Adoro esta
criação poetizada e calcificada nas palavras de dor!
Sim, sou codependente de amor, de amores tóxicos, fracassados. E, não
tenho cura. Meus relacionamentos e começam do mesmo jeito que terminam, da
mesma intensidade e voracidade. Gosto de ir até o fundo do poço e conversar com
a Samara. Minha patologia é grave, reconheço! Um ciclo vicioso, mas que me faz
tão bem!
De uma hora para outra arranjo desculpas para brigar, levar um fora. Só
eu sei o quanto sofro comigo mesmo por ser assim. Sou auto sabotador de eu
mesmo! Eu cheguei a pensar que tinha transtorno bipolar. Não tenho oscilações
de humor, sou estável!
Mas, não morro de amores, também penso em suicídio, sobrevivo e sou
feliz do meu jeito. Minha autoajuda é saber que alguém vai acabar com meus dias
de fossa ou não? Não sou infeliz por ser assim, apenas não encontrei alguém que
realmente soubesse me entender e compreender, coisa que, aliás, nem eu mesmo
sei. Só sei que tudo sei e nada sei! – JK – 21.07.19
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