domingo, 28 de julho de 2019

Assim sou eu


Ao contrário de quando era mais jovem, hoje não me envergonho mais de dizer que sou um sonhador, que ainda acredita no amor e que dias melhores virão apesar de não acreditar em perfeição. Gosto da minha paz, tranquilidade e não troco ela por nada.

Não vejo problemas em, hoje, estar só, solteiro. A vida de casado é muito boa, mas a de solteiro não fica atrás. Tenho a liberdade de ir aonde quiser sem dar satisfação para ninguém ou explicar. E, confesso, estou adorando isso embora tenha dias que a saudade aperta e o desejo de estar abraçado e dividindo suas horas com alguém aperte o coração.

Mas, não deixo de fazer nada por estar sozinho. Viajo, vou ao cinema, almoço e janta fora. E, apesar de ser muito comunicativo, ao contrário que transpareço, sou fechado e quieto. Não sou fã de lugares com muitas pessoas, aglomerações, talvez por trabalhar com multidões durante a semana, final de semana prefiro algo mais sossegado.

Sei que sou carismático, tagarela e que me defendo atrás de um sorriso amigo que ofereço a todos. Sempre digo: você pode me chamar de tudo, menos de antipático. Mostro os dentes até para os cachorros e animais de rua. Basta você me olhar e lá estarei lhe dando um sorriso. E, meu sorriso, é marca registrada. Mas, engana-se quem pensa que sou só sorriso. Também tenho meus dias de baixa, de problemas. Nestes, sou mais quieto e reservado. Podendo, me recolho e não saio de casa.

Sou muito transparente. Você percebe se estou gostando ou não de algo simplesmente observando minhas reações. Demonstro o que sinto e tento disfarçar, mas não consigo. Também sou muito intuitivo. Se simpatizo com alguém ou algo, raramente me engano. Tenho grandes amigos, mas nenhum considero meu melhor amigo. Todos tem o mesmo peso quando gosto.

Sou engraçado e irônico. Tento me policiar, mas raramente consigo. Sempre solto uma pérola fazendo todos rir. Mas, não queira me tirar do sério, me ver brabo. Segundo minha mãe, cai e pasto. E, ainda falo tudo o que penso, magoe ou não. Por causa disso, algumas pessoas dizem que sou frio. Mas, discordo, na hora de raiva falo tudo aquilo que você deveria ter escutado antes e ninguém teve coragem de dizer.

Sou católico, adoro igrejas e imagens santas. Acredito que existe um Deus que zela por nós, uma energia maior. Que estamos aqui de passagem e que a vida continua mesmo após a morte. Adoro pessoas com espiritualidade desenvolvida, independente da religião ou credo. Acreditar em um ser superior é preciso!

Adoro a natureza, mas sou totalmente urbano. Gosto do concreto, do cinza e do concreto das cidades. Adoro sair sem rumo observado à arquitetura das cidades, o progresso contrastando com o passado.

Gosto da simplicidade e repudio a mediocridade. Todos somos iguais independente da posição social, condição financeira, profissão, raça, credo ou opção sexual. Choro quando vejo uma injustiça, alguém enfermo e, até mesmo de alegria. Me emociono fácil, me apaixono mais fácil ainda e sofro com as dores dos amigos, dores que nem são minhas. Já minha apatia por determinadas pessoas as deixam perplexas.

Acima de tudo sou um “bon vivant” incurável. Minha alegria é homeopática e se adapta em quase todas as situações e ocasiões. E, por incrível que pareça, ainda “coro” quando falo uma bobagem ou sem-sem-sem-vergonhice. Minha falsa timidez é meu maior problema aliado com uma ingenuidade de criança e gagueira que não consigo perder. Mas, ninguém é perfeito! Assim sou eu! – JK 28.08.19

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