terça-feira, 1 de maio de 2018

Distraído eu? Bem capaz, a continuação....



Se ando tranquilamente pelas ruas de Caxias do Sul, com certeza, uns quatros tropeções vou levar. Se tem uma pedra no meio do caminho, eu vou chutar. E, se tem um buraco na calçada ou na rua, com certeza, eu vou meter o pé. Assim sou eu! Uma das pessoas mais distraídas e estabanadas que eu conheço.

Se vou ao supermercado fazer compras, ao retirar um produto da gôndula, outro vou derrubar ou vou esbarrar o carrinho em outro ou em alguma parede. Se vou fazer o almoço ou janta, as panelas, comida, mãos ou o pano de prato vou queimar. Na hora de lavar a louça, não é diferente, alguma coisa vai escorregar da minha mão e vai parar no chão em mil pedaços.

E, na hora de limpar, as mãos vou cortar. Na hora de comer, vou respingar algo na roupa ou derrubar na mesa ou no chão. Quando aquele carroço de azeitona ou ovo de codorna não voa para a mesa ao lado causando o maior constrangimento.

Na hora de cumprimentar alguém, não pense que as coisas são diferentes. Certamente o nome da pessoa vou esquecer. Ao apertar a mão, como cortei os tendões da mão direita em um acidente, ou vou apertar com muita força ou nem vou conseguir apertar, ficando aquele aperto de mão frouxo, que odeio. Na hora de dar um tapinha nas costas, com certeza, vou empurrar a pessoa e o pulmão dela uns dois quarteirões para frente.

E, falando em mão aleijada, o pior é na hora de comer ou beber algo. A mão, de uma hora para outra resolve abrir e soltar os talheres e o copo. Imagine a lambança, o estrago e a minha cara de paisagem olhando para as demais pessoas com aquele sorriso amarelo estampado no rosto.

Agora fatos verídicos e reais que só acontecem comigo. Na época do segundo grau, estudava a noite e, de vez em quando, quando estava quente e a noite bonita, ia a pé para o Colégio Nossa Senhora do Carmo, distante umas seis quadras de casa. Pois bem que num certo dia, me deu uma dor de barriga daquelas, mas daquelas brabas, que você não consegue chegar ao local do destino, que você começa a suar frio e se contorcer, que não dá mais para segurar. No desespero, não vi outra solução do que bater na porta de uma casa e pedir emprestado o banheiro.

Bati na porta e nada. O desespero era tanto que abri a porta e fui entrando. Sim, para minha sorte a porta estava aberta. Procurei desesperadamente o banheiro enquanto gritava “ô de casa”. Ao encontrar o banheiro nem deu tempo de sentar no vaso e veio tudo abaixo. Que alívio. Suava frio, tremia. Foi aquele estrago. Risos. Aliviado me limpei, lavei as mãos e sai do banheiro chamando pelos donos de casa e nada. Aliás, conheci toda a casa, linda por sinal. Móveis antigos, típicos de museu. Fiquei apaixonado pela casinha simples e antiga. Fechei a porta, agradeci em pensamento e fui para a escola normalmente. Lá chegando, recordo que contei a história para os colegas e que ninguém acreditava no episódio. Só riam. Até hoje paço em frente aquela casinha e dou risadas sozinho.

Tenho uma amiga, que amo muito, que diz que quando eu nasci o médico não precisou me dar um tapinha no bumbum, pois eu sai do ventre de minha mãe e já fui direto ao chão, de tão estabanado que sou. Pode?  Isso não aconteceu, mas, de acordo com minha madrinha, que estava presente na hora do parto, disse que eu: ao nascer batizei o médico de cara fazendo xixi e cocô. Bem, não podia ser diferente. Este sou eu! - JK


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