sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Outra história de amor

Amor, mas o que é o amor? Eu falo e escrevo muito de amor, mas confesso que pouco sei. Sou diplomado na universidade da vida, aprendi o amor aos pais, irmãos, filhos, parentes, amigos, a Deus e ao próximo.

Revejo meus amores do passado e penso: será que amei? Sim, amei, cada uma de uma forma diferente, mas todas intensas, exageradas, sofridas e felizes. Algumas duraram um dia, outros anos, mas todas tiveram o mesmo valor, mesmo peso. Às vezes confundimos amor com paixão ou com sexo. E aqui, pensando em silêncio: me relaciono bem com todas as minhas “exs”, por incrível que pareça.

Não é porque não deu certo que não podemos ser amigos. Sou a favor de deletar todos as brigas e sentimentos que nos magoaram e salvar apenas os bons momentos, os felizes. Afinal, a vida é feita de pequenos momentos. E, se somarmos tudo, tivemos mais momentos felizes do que tristes.

E, não me arrependo e ter amado intensamente. Em cada uma, deixei uma marca, tenho certeza, assim como não me arrependo dos meus três casamentos e das escolhas que fiz. No momento, era o que meu coração almejava. Aliás, vida a dois não é fácil! Eu que diga!

Sempre fui difícil e com o passar dos anos, fiquei mais chato e seletivo. Não é qualquer uma que me satisfaz. Apenas um corpinho bonito não me prende! Para estar do meu lado tem que ter conteúdo, inteligência, vivência de vida e as marcas no corpo que a idade proporcionou. Beleza tem que ser interior. A minha alma tem que combinar com a dela.

Estou sozinho há tempos! Talvez por opção, talvez por ser exigente demais. Nem eu mesmo sei explicar nem quero, nem para eu mesmo, muito menos para os outros. De vez em quando, é claro, gosto de contar as desavenças aos poucos e bons amigos. E, damos risadas juntos com minhas trapalhadas e mancadas.

Mas, todo este tempo que estive sozinho não pensem que não fiquei com ninguém! Tive mulheres inteligentes, boas de cama, psicopatas, chatas e pegajosas. Mulheres de todas as cores e tamanhos como diz o mestre Martinho da Vila.

E, ao contrário do que muitos pensam, casar, morar junto não faz parte dos meus planos. Cada um na sua casa. Gosto da minha liberdade, de poder ir e vir sem dar explicações ou ser cobrado. Afinal, é desperdício dois quererem viver a vida de um.

E, aqui entre nós, talvez o segredo da minha felicidade, da minha juventude, seja amar demais e exageradamente, sem se preocupar se vai dar certo ou não, se vai durar o dia, um mês, um ano ou toda eternidade. Sou feliz e deixo a porta, sempre aberta, se o amor quiser entrar e ficar. Não prendo, pois sei que assim como eu, o amor gosta de liberdade, de escolhas.

Outra história de amor – Jk 20.09.19

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