Quinta-feira, recém-chegado de viagem, uma voz sussurrava em minha mente dizendo que eu devia visitar a mãe de uma amiga que estava internada desde dezembro. Tomei banho e fui, afinal já havia adiado duas vezes esta visita.
Lá chegando, um aperto tomou
conta do meu coração por ver a mãe da minha amiga naquele estado. Naquele
instante percebi que não somos nada e que estamos aqui apenas de passagem. Que
a morte é a única coisa certa e que não estamos preparados para perder ninguém,
ainda mais uma mãe.
Após ter conversado com
minha amiga e amenizado a saudade, já era hora de ir embora. Fazia horas que
estava lá. Antes de partir, rezei e me despedi da mãe dela. E por mais loucura
que possa ser, tenho certeza que ela falou comigo em pensamento. Pediu que
auxiliasse sua filha sempre que pudesse e que fosse visitar a minha mãe.
Chegando em casa, arrumei
minha mochila e parti. Quando estamos na Rota do Sol, recebo um whats que a mãe
da minha amiga havia partido. Parei o kazinho e por segundos fiquei sem saber o
que fazer. Parece que o tempo parou naquele instante. E por mais estranho que
pareça, a mesma voz feminina falou comigo novamente, dizendo para prosseguir a
viagem.
Chegando ao meu destino, só
quis saber de abraçar minha mãe, abraçando e beijando ela incansavelmente.
Dormi abraçadinho nela. Não consigo imaginar como será a minha vida sem ela ou de
qualquer filho sem sua mãe. Só sei que as mães deviam ser eternas. - JK
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