Como diz a canção de Marina Lima: “vem chegando o verão, um calor no coração, essa magia colorida, são coisas da vida...”. A canção já diz tudo, afinal, verão é sinônimo de pouca roupa, pouco trabalho para alguns e muitas micoses para os outros. Verão é época de exibir que nem tudo esta perfeito, principalmente, o peso. Ainda mais quando saímos de uma epidemia onde nem transar era permitido, pois tínhamos que nos proteger, distanciar.
Verão é sinônimo de copo cheio de cerveja, chopp ou água de coco, de libido a flor da pele. E, é claro, muito calor e praia. E, aqui entre nós, o mar é lindo! A exceção fica com a disputa por um pedaço de areia e das bolinhas que levamos na cabeça por causa do frescobol. Eu mesmo que chego cedinho para aproveitar o sol ultravioleta, me divirto vendo as pessoas carregando dez cadeiras, cinco guarda-sóis, doze toalhas, balde, prancha, chapéu, isopor com bebidas, entre outros utensílios. Adoro ver uma pessoa da família sendo enterrada viva na areia pelas crianças, geralmente, os avós.
E, aqui entre nós, é mais fácil achar petróleo na areia do que perfurar ela para fazer o guarda-sol ficar de pé e não cair com o primeiro vento nordestão aqui do Sul do país. Mas, o melhor de tudo e ver os chinelos e os brinquedos das crianças sendo levados pelas ondas e a alguém correndo feito louco para não ver estes objetos sendo levados pelas ondas do mar. E a água aqui do Sul, nada cristalina, mas sim gelada e escura, que faz jus ao apelido: chocolatão”.
Mas, tudo tem seu lado bom: à noite o sol vai embora, refresca e já estamos em nossas casas outra vez, ardidos e queimados, mas em casa, sem antes termos que enfrentar uma longa e demorada fila para tomar banho, de termos que dividir o sabonete cheio de areia com vinte pessoas e de se enxugar naquela toalha com cheirinho de mofo que só as casa de praia oferecem. E, como não podia deixar de ser, durante a janta, aquela tradicional briga de família, onde todos vão dormir bêbados e emburrados com os outros. - JK
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