Amor original!

 Talvez um dia o nosso amor tenha sido algo parecido com um conto de fadas, mas, às avessas. Afinal, como diz minha mãe: “não sou como todo mundo. Sou original!”.

Meus sentimentos são diferentes, longe deste sentimento tão banalizado hoje em dia denominado amor. Ele, junto com as transformações léxicas e as mutações morfológicas da língua, também mudou, ganhou um novo sentido, uma conotação mais ampla e vulgar.

Eu ainda acredito no amor, dure ele o tempo que durar. Acredito em almas gêmeas embora não tenha encontrado a minha e, se a encontrei, deixei escapar.

Por outro lado, não acredito em princesas, contos de fadas de felizes para sempre. Todo relacionamento tem seus altos e baixos e cabe a nós sabermos lidar com eles. Eu confesso que nada sei sobre o amor. Falo muito de amor, mas não entendo nada de amor.

Entendo do amor à família, aos filhos, aos pais, aos amigos e ao trabalho. Este sim sou mestre, perito! Já o amor, da forma que acredito que ele seja, entre um homem e uma mulher, não sei lidar. Na minha opinião, ele não existe ou nunca fui correspondido como eu realmente idealizei!

Eu sempre amei mais do que fui amado, sai magoado de meus relacionamentos, frustrado e, principalmente, descrente em virtudes das constantes decepções. Olho para os casais de amigos que estão casados há tempos, mais de oito anos e percebo que estou cercado de aparências, fachadas.

Grande parte deles está infeliz com sua união estável. Felizes, só nas redes sociais. Mas, vale a pena ressaltar que toda regra tem sua exceção. Há casais felizes também, dignos de serem estudados e de servirem de exemplo por terem encontrado a fórmula certa.

No fundo, todos queremos ser amados, mas somos seres falhos e cheios de vícios e manias. Acredito que a companhia perfeita, que procuro, sou eu mesmo embora pareça ser egoísmo da minha parte.

Não tento me moldar e mudar. Me aceito como sou. E, da próxima vez que eu usar a palavra “eu te amo”, vou reparar bem antes na outra metade para não me enganar e nem enganar ninguém. – Jk