domingo, 1 de dezembro de 2019

Quase lá: 52 anos





Chegar aos 52 anos é um privilégio de poucos. Eu que diga! Hoje, gosto muito mais de mim do que ontem. O tempo me encarregou de aprender e aceitar a vida como ela. Se existe algo que devemos mudar, somos nós mesmos. Afinal, só deixamos de aprender quando deixamos de existir.

Hoje, sou  companhia agradabilíssima para mim mesmo e para os outros, é claro! Tenho certa sensibilidade no coração e devoção à vida e ao próximo. Estou mais inteligente, vivido, charmoso e eloquente. Tudo bem, mais gordo também! Hoje, gosto de me fazer presente sem incomodar. Sei conquistar e conservar uma boa amizade, assim como sei quando e o que devo falar embora ainda não tenha aprendido a dizer não para as pessoas.

Em termos de relacionamento, troco a quantidade pela qualidade. Tenho visão aguçada sobre os valores da vida e priorizo o romantismo, a espiritualidade. Sei reconhecer as qualidades na parceira e aceitar seus defeitos. Trago na bagagem uma excelente formação familiar e os modos de viver que influenciaram minha época, uma geração, como filmes e música. Um tempo não tão remoto, mas que, infelizmente, não volta mais.

Ouso dizer que vivi no melhor período dos últimos tempos, onde o romantismo e a rebeldia foram vividas e cantadas em prosa e verso. Uma época em que o melhor da festa era dançar de rosto coladinho e namorar no ritmo das baladas românticas, roubar um discreto beijo e de conseguir, esporadicamente, por as mãos nos seios da namorada.

A juventude passou, mas a saudável influência de uma época, provocada por vários acontecimentos importantes, ficou na memória e mudou a vida de muitos. E, friso: não éramos superficiais como esta nova geração, éramos e somos intensos.

Toda tecnologia presente nos dias atuais não esfriou meus sentimentos que ainda se encantam com versos, rimas, músicas e palavras de amor. Ainda sinto necessidade de sentir e expressar os meus sentimentos e ser correspondido. E o melhor de tudo: a pesar da idade e das marcas deixadas pelo tempo, meu coração permaneceu jovem. – JK 22.11.19

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