Os loucos veem o mundo de outra forma, distorcida. Mas, prefiro pensar
que ao invés de distorção, existam diferentes pontos de vista, diferentes
perspectivas. As minhas, por exemplo, fogem muito dos padrões considerados
normais pela sociedade. Embora eu pareça normal, me acho bem doidinho.
Sou um louco domesticado e, confesso me sinto decepcionado com isso.
Acredite, um dia já tive muito vigor e vontade de mudar o mundo. Como não
consegui, mudei a mim mesmo. Deixei morrer parte da criança que brincava de se
esconder e fazia peraltices no meu interior.
Faz tempo que parei de sonhar que voava. Hoje, meus sonhos consistem em
uma boa música e de um bom livro quando chego em casa cansado após mais um dia
de trabalho. Hoje, espero a morte chegar diante da televisão e tenho a solidão
como companhia. E, me desculpe, adoro estar sozinho e sou feliz assim!
Enquanto ela não chega, me questiono: “Loucura maior foi Deus ter criado
o mundo em seis dias e não ter se arrependido no sétimo, sabendo de todas
atrocidades que iríamos cometer!”. Deus é digno de admiração e de exemplo a ser
seguido! Eu, no seu lugar, tinha apertado o botão e deletado tudo.
Sim, sou um aspirante a lunático. Quando a lua esta cheia, estou
minguante, meio perdido. É nestas horas que pego meu unicórnio e me perco pelas
esquinas de Caxias do Sul. Não, hoje não me leve a sério, apenas prenda-me na
minha camisa de força, azul!
Hoje, na minha inocente loucura, não entendo a pressa das pessoas em nascer,
em morrer. Tudo tem que ser imediato, na hora. E o louco sou eu que ainda sonha
em namorar, pegar na mão, passar horas e horas fazendo amor ou na companhia da
família, dos amigos. E, não, na frente de um computador ou celular! Sim, sou
louco porque ainda acredito no amor! – Jk 03.01.20
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