sábado, 15 de janeiro de 2011

Nada é pra sempre


 Tudo que pensei ser pra sempre, descobri que não é. Aliás, que nada é pra sempre. Tudo tem um prazo de validade: amores, eletrodomésticos, veículos, cds, livros... Viver não é fácil não. Diariamente somos submetidos a inúmeras provas, obstáculos que temos que superar, afinal ninguém quer ser um perdedor.
 Não sei se escrevo isso pelo fato hoje de estar triste, pois fazem nove anos que meu pai faleceu e ainda sinto saudades do meu velinho. De quebra, além de minha mãe, estou sem um ombro, um porto seguro. Assim como no Rio de Janeiro, vejo meu mundinho ruir, desabar onde estou perdido e só no meio dos escombros.
 Dor de amor, mágoa e fere a alma. É uma dor inexplicável, pois é uma dor silenciosa, que a gente não vê mas sabe que esta ali e vai continuar por um determinado tempo, senão para sempre.
 A minha alma, quando penso que ela está cicatrizada, descubro que ela continua exposta como uma ferida. Também descubro que sou mais vulnerável e frágil do que eu pensava. Sou carente, suscetível de paixão.
 Uma simples frase dita ou escrita de uma forma errada me magoa. Pareço ser durão, mas sou frágil, sou um menino mesmo sendo quarentão. Choro por qualquer coisinha: um beijo ardente de televisão, a despedida do casal que se ama no filme, a letra de uma música dizendo “meu bem voltei”.
  Ontem mesmo chorei por um amor que não desabrochou, não vingou. Não consigo entender como em dois dias é possível a gente se apaixonar e dizer que a criatura que estamos apaixonados e a mais linda do mundo: alta, inteligente, bem sucedida, além de ter o sorriso mais lindo que já vi. Isso, disse dois dias atrás em um texto que deletei sem querer e não consegui resgatar aqui no blog. Talvez só minha amiga compacta tenha sido a testemunha. Volto a frisar: seu sorriso parece ter saído de um comercial de creme dental.
 Pergunto ao meu coração como ele pode ter feito isso comigo: se apaixonar em apenas de dois dias. E, como dói não ser correspondido. Parece que dilaceram tua pele, que roubam tua alma. Só sei coração que você não podia ter feito isso comigo. Mas, como tenho a mania de sempre ver uma luz no fim do túnel: foi bom enquanto durou. Eu precisava desta alegria, mesmo que momentânea.
 Estou estranhando entrar 2011 solteiro, não era o que eu queria, pois tinha certeza que 2011 seria ou meu ano, talvez ainda seja. Torço para que sim! Mas, pensando bem, eu já estava solteiro há mais de um ano. Apenas não queria enxergar. Faltava algo que me libertasse daquele amor não correspondido, passional e singular, o que felizmente, aconteceu. Então, se pensar bem, 2011 não esta sendo de um todo ruim.
 Não querendo justificar, mas, já fazendo, também existe o lado bom de estar só. Tenho saído e revisto velhos amigos que gosto muito como a Dani, Marelise, Cris, Liandre, Roque, Ronaldo, Batista, entre outros. E não é que depois da família, amigo é o melhor lugar para se estar. Também tenho curtido meus sobrinhos, ido ao cinema, jantar fora, visitado minha irmã e cunhado, além de curtir meus velhos e bons discos e dvds. E, ainda meu quantinho, meu quarto, meu santuário.

Um comentário:

  1. Jean, meu amigo,
    eu, no lugar dela, também estaria sem saber o que fazer; ficaria perdida, e, literalmente, assustada, com medo, muito medo, de iniciar um relacionamento contigo, sem saber se esta história antiga com a outra realmente terminou. Afinal, pelos teus relatos no blog, há uma relação de dependência emocional muito grande, e nenhum indício de término definitivo.
    Mas não esquenta... seja feliz! Corra atrás disto, sem medo. Você merece mais do que ninguém.
    Beijo,
    Marcinha.

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