sábado, 15 de fevereiro de 2020

Abaixo o preconceito

Infelizmente grande parte das pessoas ainda não aprendeu que o que define as pessoas não é a cor, a raça, forma física, a opção sexual, a religião ou posição social. O que define uma pessoa é o seu caráter. Atire a primeira pedra que não tem um membro de sua família de outra cor, gay, gordo ou magro, ateu ou crente, rico ou pobre.

E, aqui, em tom confessional, eu sei muito bem o que é ser descriminado pela sociedade. Explico: se somos gordos, fugimos dos padrões da ditadura da beleza. Se somos educados, somos considerados alienígenas. Se não saímos contando quantas mulheres pegamos, somos gays. Se somos colorados, sofremos bulling pelos gremistas. Se somos brancos, somos classificados de brancos azedo. Se somos católicos, enfrentamos problemas com os crentes e, se somos pobres, a única vantagem e oferecer mão de obra barata ao patrão.

Sim, a sociedade é preconceituosa, nos somos preconceituosos. Todos temos um ou vários tipos de preconceitos, não a adianta negar. Hoje, para ser aceito pela sociedade, você tem que ser ser sarado, rico, usar roupas e perfumes caras, além de ser dono de um carro do ano. E vou mais além, se você tiver uma mansão ou cobertura, daí você é o “cara”, o “best friend”.

Mas, se todos somos iguais, porque complicar, classificar, rotular. Ser feliz é o que importa, interessa. Porque querer saber com quem fulano ou fulana dorme e querer julgar por isso. Deixa a pessoa ser feliz do seu jeito. Se ela quiser transar com o time de futebol inteiro, mais os jogadores do banco de reserva, a vida é dela, só dela. O que isso vai influenciar ou mudar na sua vida?

E, aos preconceituosos de plantão, antes de encerar este texto, deixo aqui alguns questionamentos: e se seu filho ou neto fosse gay, negro, amarelo, pobre, gordo, herege, deficiente, você deixaria de amar? E se teu Deus fosse negro, você deixaria de acreditar nele?

Talvez seja a hora de revermos nossos conceitos, deletar os rótulos e aceitar as pessoas como elas são, exatamente do jeito que elas são. Para que chamar as pessoas de gordo, magro, crente, gay, veado, sapatona, puta, negro, cafuzo, mameluco e outros termos pejorativos? Se coloque no lugar da pessoa. Você gostaria de ser tratado assim?

Abaixo o preconceito – JK – 15.02.20



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