Um conto de fadas as avessas

Era uma vez um príncipe que sonhava ser um bom rei, mas, infelizmente, estava mal assessorado. Seu braço direito era nada mais que o lobo mau, que sonhava com seu trono, ver seu castelo desmoronar para então assumir seu lugar.

Diariamente, por mais que o príncipe fosse alertado, ele só acreditava e confiava no lobo mau, que além de comer o príncipe, queria devorar todos do reinado, pois assim o caminho ficaria livre para ele cometer suas maldades, fofocas e governar feliz, ou quase feliz, pois não há maldade que dure.

Pois então, o príncipe ludibriado pelas palavras do lobo mau, ou louco para ser devorado pelo lobo – talvez o príncipe seja uma princesa -, estava cego: nada via e nada sabia. É, o amor tem destas coisas!

O príncipe, ou  a Bela Adormecida -  já que não consegue despertar -, continua a reinar deixando todos seus súditos descontentes e descrentes. Enquanto isso, o lobo mau cria mais dois reinos em territórios diferentes, só aguardando a hora para dar o bote e mandar o príncipe embora para assim assumir o trono ou vender o trono ao inimigo.  Sim, aqui as histórias aqui se confundem e se misturam com a de dois reis vizinhos que só queriam enfraquecer o reinado do príncipe inexperiente para assumir o reino.

Mas, o que me pergunto é quando o príncipe vai acordar? Quando seu castelo estiver desmoronado, ou outro posseiro ter ser instalado, ter roubado sua administração na calada da noite? Infelizmente a vida é um circulo, o que plantamos colhemos.

Pois é, a vida não anda bem no castelo. O conto de fadas as avessas, diariamente, desmorona e o príncipe vira a princesa louca para ser devorada.

Enquanto isso a Bela Adormecida dorme com a Alice, Já o lobo mau não devora só a vovozinha, mas todos personagens infantis.

E, assim, o conto de fadas transforma-se num pesadelo, num trailer de terror, onde o vilão é o melhor personagem e sai-se vitorioso no final. Enquanto isso, a Bela sem fera - ainda na espera de um príncipe que lhe beije para viver feliz em outro reinado litorâneo -  pois aquele mundinho que ela vive hoje, já desmoronou. E, assim, o mau vence bem e todos viveram infelizes para sempre.