sábado, 30 de março de 2013

Enterrado vivo


 De repente me vejo só, aliás, gosto de estar só! Adoro não ter que dividir meu tempo com ninguém a não ser minha família e colegas de trabalho. Gosto de ficar em casa, roupão, camiseta e cueca escutando meus cds, vendo meus dvds ou quem sabe lendo um bom livro.

 É lógico que também sinto falta de um romance, mas, os romances tem sido tão complicados. Não que eu quero que sejam fáceis, queria mesmo é que fossem menos complicados. A começar pela minha pessoa, talvez a mais complicada de todas.

Se minha antiga paixão fracassou, certamente, 90% da culpa é minha! Não me entreguei de corpo e alma, perdi a paciência, não soube manter a serenidade, a razão e a lógica. Mas, foi bom enquanto durou, perfeitinho mesmo tendo um grande estresse entre a gente.

 Durante o pouco tempo que nos conhecemos tivemos um desentendimento e uma briga, ambas por besteiras, minhas besteiras. Às vezes acho que só tenho idade, não passo de um jovem adolescente bobo e imaturo.

Confesso que adorei o tempo que passamos juntos. Pude degustar lentamente do teu ser, da tua essência, até na hora de entrar no seu íntimo, desvendar teus mistérios. Ouso dizer que aconteceu na hora certa, no momento certo, com a benção de São Sebastião. E o melhor, foi bom demais! Andar pelas ruas de Copacabana com você foi um sonho, uma magia. Adorei e vou guardar eternamente na memória!

Em Gramado, o final de semana foi redondinho, perfeito também. Foi ótimo termos mais um tempo só pra nós. Situações engraçadas quando vem à memória me fazem rir, como a camareira nos pegar dormindo nus. E os chocolates, delícia!

 Melhor foram os shows em tua companhia: Elton John e Maria Bethânia. Nem meu estresse ao dirigir apagou o brilho. Ver você dormindo durante o show do Elton John, embora não consiga entender, foi engraçado. Eu ria, sozinho, por dentro. Aliás, show maravilhoso! Já no de Bethânia, você pensou que eu dormia. Que nada! Eu fechava os olhos para sonhar, flutuar embalada pela doce voz da abelha rainha.

 Mas, como nada é perfeito, um desentendimento grande tivemos causando o fim da relação. Aliás, motivo bobo se hoje pararmos para pensar, refletir. Eu não medi as palavras deferidas a você e te magoei. E você, calou-se, magoada e com, justa causa. Não tiro sua razão, mas, acho – hoje – que isso não merecia o rumo que tomou. Radicalismo não levam a nada, pelo contrário, nos fazem perder quem gostamos, quem queremos ao nosso lado e sonhamos um futuro a dois.

 Respeito – não muito o teu silêncio – a tua radical decisão de nem sequer saber como vou, ao contrário da minha pessoa que quer saber, sempre de você! Como você mesmo disse: fui enterrado vivo, você me enterrou. Tuas palavras escritas também me feriram, mas, tens motivo para estar magoada e respeito – entra aqui o não muito de novo.

 Eu queria de novo te ver, conversar com minha “chata” predileta, ver teus olhos brilharem quando eu falo, degustar cafés em diferentes cafés e julgá-los. Não digo estar apaixonado por você, - com certeza você também não está por mim -, do contrário teria me perdoado -, mas gosto de estar com você, tenha certeza disso.

 Gosto dos teus beijos molhados na minha boca, das tuas mãos de polvo pelo corpo, de dormir agarradinho com você, de viajar como você, gosto mesmo! Adoro fazer amor com você, ver teus gemidos e sussurros. Gosto até do teu silêncio que me deixa constrangido e intimidado.

 Estou aqui de coração aberto, letras soltas e pensadas, pedindo para te ver, jantar ou mesmo o café. Não seja tão radical. Me perdoe! Esqueça do orgulho como eu esqueci. Ao contrário do que você escreveu não somos tão diferentes assim, pelo contrário, ambos sonhamos com um lar tranqüilo a dois, talvez a três ou quatro com gatos e cachorros. E, não tivemos tantos desentendimentos como dissestes também, foram dois ou três no máximo.

Antes de encerrar este desabafo em forma de jornal de tão extenso, não precisa ser educada e responder, basta ligar, mandar um torpedo e dizer que aceita um café comigo.  Ta, teclando sério, se não quiser responder, respeito, desta vez prometo. Tiro meu time de campo. Sempre digo comigo mesmo: é melhor eu me arrepender do que fiz do que deixei de fazer. To aqui tentando pedir pra você dar uma chance pra nós, mas, se não quiser, ok.

 Uma feliz Páscoa para você e sua irmã! Dê um beijo nela por mim! E, obrigado por tudo, pelos passeios, pela acolhida em tua família, por me permitir conhecer você.

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