Perceber que nossos pais estão envelhecendo e que precisar de nós, que cuidemos deles é um processo doloroso e inevitável. Embora saibamos disso, negamos esta realidade. Queremos que nossos pais sejam eternos.
Há 20 anos perdi meu pai,
Seu Martins, mas ainda não me acostumei com sua ausência e com a falta que ele
me faz. E hoje, aos 82 anos, começa acontecer uma inversão com Helena Horácia:
virei pai da minha mãe. Hoje ela tem várias limitações pela idade.
Mas, diferente de criar
uma criança que evolui diariamente, a satisfação de retribuir o carinho que
recebemos torna-se angústia porque eles vão deixando pedacinhos de vida a cada
dia. Confesso que por mais que eu esteja ciente não estou preparado para perder
meu porto seguro. Afinal, amor de pais é incondicional! Tanto que todos nos
buscamos alguém que nos ame como nossos pais.
E, aqui entre nós, não me
arrependo de ter abdicado minha vida pessoal para cuidar dela, pelo contrário,
faria tudo de novo. Afinal, este é o momento certo para agradecer e retribuir o
amor que recebemos. Afinal, o que somos hoje, foi graças aos nossos pais. A
melhor hora é agora para fazer isso, não depois que eles partirem! - JK
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