terça-feira, 31 de março de 2020

Quarentena é um luxo que eu não posso me dar

A quarentena é um luxo que eu não posso me dar, aliás, grande parte dos brasileiros. Por fora, estou sorrindo, forte e motivado, mas, por dentro desconsolado. Separaram-me da minha família, dos meus amigos e do meu trabalho. E eu, não vejo a hora de voltar a trabalhar, de abraçar meus amigos e de me reunir com a minha família.


Sei que dentro de alguns dias, a vida começará, gradativamente, voltar ao normal, embora tenhamos que usar máscaras desconfortáveis, luvas e muito álcool gel. Este foi o presente, mais uma vez, nos dado pela China. Aliás, de tempos em tempos ela nos presenteia com um vírus novo ou com uma pandemia. E, mesmo assim, nos continuamos a consumir, diariamente, os seus produtos. É de se pensar!


E cá entre nós, este vírus me assusta, pois é algo novo para todos, até para os especialistas em saúde. Mas, também me assustam os danos colaterais que este confinamento vai causar. O impacto psicológico dos que não saem de casa, a violência doméstica, os que vão para fila do desemprego e os que estão a passar fome. Sem contar da dor de enterrar os seus amigos e familiares sem poder se despedir, estar presente.


E, lembre-se: nestes tempos de apocalipse temos tempo de sobra para colocar a nossa vida em dia, rever velhos conceitos e nos tornamos melhores, mais humanos e solidários. Tá liberado procrastinar, ficar de preguicinha, visitar mil vezes as redes sociais e distribuir muito amor e carinho à sua família. Mas, não esqueça do álcool gel nas mãos, do retiro espiritual e principalmente de agradecer por estarmos vivos. Ah! E, tente não pirar, mas se pirar, pire sem culpa! – JK 31.03.20

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