quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Feriados e finais de semana


Sempre gostei de finais de semana, feriados, mas, de uns tempos para cá, confesso que não gosto mais, pelo menos, acredito nisso hoje. Claro que tudo tem sua lógica, explico: antes eu estava casado. Contava os dias, as horas para descer à Porto Alegre. Afinal, foram mais de sete anos descendo quase todos os finais de semana e feriados. Eu já me sentia sócio do Expresso Caxiense.

 Com o término da relação, passei a ficar em casa lendo, vendo dvds, escutando música, curtindo a família e amigos. No início, gostava, afinal, quase nunca tinha tempo para eu mesmo. Hoje vejo que sinto falta daquele corre-corre para pegar o ônibus, descer à Porto Alegre, do brique, chimarrão, cinema, shows, teatros... Caxias ainda está muito atrasada neste sentido. Culturalmente a vida deixa muito a desejar.

 No cinema, por exemplo, só passam filmes americanos. Raramente um filme estrangeiro entra em cartaz. Sem contar que hoje só temos o GNC Cinemas que, cá entre nós, deixa a desejar, seja nos filmes e no atendimento. Para selecionar funcionários acredito que eles façam um teste para escolher e contratar os piores.

 O teatro ainda se destaca. Temos excelentes grupos locais e regionais. Sempre vale a pena prestigiar e assistir. Shows, raramente temos por aqui. Quando vem, só sertanejo. Feliz de quem gosta, o que não é o meu caso, mas, respeito.

 Meus amigos, hoje, a maioria estão casado, com filhos. Me sinto deslocado, afinal, todos tem sua vida. Aqui é uma terra que se trabalha muito. O lazer fica para segundo plano, mas, felizmente, as coisas começam a mudar graças a esta nova geração.

 Tenho até tentando conhecer alguém interessante, mas, confesso que não está fácil. Hoje as pessoas não querem compromissos, apenas uma noite de prazer e nada mais. Ou, quando você encontra alguém, pensa que vai rolar algo mais, descobre que a pessoa é complicada demais, ou, talvez, eu seja complicado demais. Eis uma boa pergunta. Pior quando você descobre que ela é casada ou já é comprometida.

 Conheci pessoas legais nos últimos meses, mas, infelizmente, nada teve continuação. Quando chegamos a uma certa idade, somos muito exigentes, não temos mais aquela paciência para determinadas coisas, mudanças. Queremos que as pessoas nos aceitem como somos, o que é um erro. A vida é um constante aprendizado, temos que nos adequar para sobreviver. Aprendi isso na marra, infelizmente!

 Mas, não posso me queixar muito não. Viver é bom demais! Tudo na vida tem seu tempo, seu preço. Quando menos esperar, encontrarei uma pessoa legal, um sapato velho para um pé casando, mas, com muita disposição de aprender e amar.

 E, enquanto isso não acontece, vou levando minha vidinha, entre amigos, trabalho, cds, dvds, família...Reclamo de boca cheia, afinal, tudo isso é muito bom! Mas, infelizmente, somos eternos insatisfeitos, estamos sempre reclamando. Ainda bem, pois o dia que nos contentarmos com tudo, já cumprimos nossa passagem por aqui.

Um comentário:

  1. A vida é assim, cheia de altos e baixos. Pessoas que chegam, pessoas que parte, mas no fundo estamos sempre sozinhos.
    Temos que aceitar a vida como ela é, mas, nunca desisitindo de viver.

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