domingo, 6 de dezembro de 2020

Dizem que sou louco!


 

Era um domingo qualquer de primavera, quase verão! Era dezembro, recordo! Chovia, fazia frio e tinha serração.

 

Olho para janela quando uma estranha sensação de plenitude toma conta de mim, uma sensação estranha de liberdade e alegria apesar do dia cinza, sem cor. De repente, começo a falar sozinho, um estranho solilóquio seguido de altas gargalhas. Coisa de esquisito mesmo, de gente louca.

 

Ligo o som, Nirvana, em alto volume. Danço freneticamente, numa doideira só! Pulo e danço loucamente até cair completamente esgotado. Não satisfeito me entrego ao prazer de uma boa e transcendental leitura quando sou conduzido a um mundo de sonhos, de fadas e gnomos.

 

Percebo que fui contaminado, mais uma vez, por aquela idiossincrática e gratuita alegria. Felicidade esta que toma conta de mim todos os dias, onde colegas e amigos me olham assustados, incomodados e incrédulos de tanto bom humor. Adoro cumprimentar todos de maneira cordial e simpática. E, em época de convid, sinto falta de abraços.

 

Adoro sorrir gentilmente para todos que me olham, dar um simpático “oi”, mesmo com muitos olhares de censura e repreensão. Aprendi a desvencilhar-me do vitupério das pessoas. Elas dizem que sou louco, mas, como diz a canção: “mais louco é quem me diz que não é feliz”. Eu sou feliz! – JK

 

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