Era um domingo qualquer de primavera, quase
verão! Era dezembro, recordo! Chovia, fazia frio e tinha serração.
Olho para janela quando uma estranha sensação
de plenitude toma conta de mim, uma sensação estranha de liberdade e alegria
apesar do dia cinza, sem cor. De repente, começo a falar sozinho, um estranho
solilóquio seguido de altas gargalhas. Coisa de esquisito mesmo, de gente louca.
Ligo o som, Nirvana, em alto volume. Danço
freneticamente, numa doideira só! Pulo e danço loucamente até cair
completamente esgotado. Não satisfeito me entrego ao prazer de uma boa e transcendental
leitura quando sou conduzido a um mundo de sonhos, de fadas e gnomos.
Percebo que fui contaminado, mais uma vez, por
aquela idiossincrática e gratuita alegria. Felicidade esta que toma conta de
mim todos os dias, onde colegas e amigos me olham assustados, incomodados e
incrédulos de tanto bom humor. Adoro cumprimentar todos de maneira cordial e
simpática. E, em época de convid, sinto falta de abraços.
Adoro sorrir gentilmente para todos que me
olham, dar um simpático “oi”, mesmo com muitos olhares de censura e repreensão.
Aprendi a desvencilhar-me do vitupério das pessoas. Elas dizem que sou louco,
mas, como diz a canção: “mais louco é quem me diz que não é feliz”. Eu sou
feliz! – JK
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