segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

50 e poucos anos



Completar mais de meio século de vida nesta quarta-feira, dia 19, não é para qualquer um, nem mais como antigamente. Hoje, somos muito mais ativos, participativos do que antes.

Aos 50 anos ou mais, a gente ainda casa, se separa, muda de profissão, começa mais uma faculdade, faz filhos, cuida dos netos, cuida da casa sem medo de ser feliz ou do que os outros vão pensar. Ouso dizer que hoje, apesar de muitos quilos a mais, estou muito melhor do que há trinta anos atrás. Estou mais sábio, adquiri conhecimentos e experiências que ninguém vai me tirar.

Vale a pena lembrar que o tempo não está no relógio, na ampulheta, nem no cronômetro. Ele está dentro de nós, na intensidade que vivemos, ou seja, no tempo contido dentro de cada dia. Eu mesmo, friso que vivi meus mais de cinquenta e poucos anos intensamente e não me arrependendo de nada do que fiz. Pelo contrário, fiz no tempo certo, na hora que eu achei certo, mesmo estando errado.

Sim, errar também é preciso para termos a noção do que é certo. Eu errei muito, assumo, mas era preciso, foi preciso! Do contrário, não estaria aqui hoje, feliz, escrevendo esta crônica.

Discorda? Então, se imagine vivendo num tempo sem relógio, sem celular, sem televisão, sem nada que pudesse lhe dizer que horas são, nem o dia do ano, nem o mês ou ano. Nem o que é certo ou errado. Estaríamos perdidos, sem experiências, apenas soltos em um tempo que não pode existir.

Hoje, dos altos dos meus mais de cinquenta anos, posso pensar que vivi mais de meio século intensamente e exageradamente, volto a frisar e repetir. E, agradeço a Deus por esta oportunidade. E, a minha família e amigos por estarem sempre do meu lado nesta longa trajetória um tanto quanto atrapalhada e desastrada.

Ouso afirmar que me joguei de cabeça em tudo que eu fiz, dos amores ao trabalho. Tudo no seu tempo exato, nem mais nem menos.

E, quantas as marcas que o tempo deixou em minha pele, agradeço. São caminhos trilhados com êxito, marcas da minha passagem aqui na terra, pegadas da minha existência. Minhas rugas são vivências que nem todos tiveram o prazer de conquistar.

Mas, o melhor de tudo, é ser de sagitário, ser de dezembro, do mês mais festivo e alegre do calendário. É acreditar no nascimento de Jesus, no renascer da esperança, no ano novo que se inicia.

Hoje, me vejo mais feliz, mais eloquente, confiante e otimista que antes. Aposto nos jovens, tenho orgulho dos meus filhos, neto, sobrinhos e acredito no ardor das manifestações e revoluções, pacíficas é claro!

Meu coração, apesar de seus cinquenta e poucos anos, é de uma criança e com elas, me identifico e me dou tão bem. É que não sei mentir, embora esteja aprendendo. Assumo, com orgulho que sou brega, imaturo, tolo muitas vezes, marrento, mas com um enorme coração e uma sensibilidade que aflorou com o passar dos tempos.

Não, eu não endureci, pelo contrário, estou mais sentimental. Um simples beijo de novela ainda me faz chorar e um abraço amigo me deixa feliz. Acredito, mais do que nunca na fidelidade e que se os homens, não voltarem amar e respeitar o próximo, nossas existência está com os dias contados.

E, o maior patrimônio que acumulei foi uma consciência tranquila, que cumpri minha missão aqui seja como pai ou filho, amigo e amante. Trago no peito, a saudade de amigos e parentes que já partiram, mas que nunca esqueço e que, em breve, tenho a certeza de que vamos nos reencontrar na outra margem da vida.

Enquanto esse dia não chega, a sorrir eu pretendo levar a vida por muitos dezembros e reveillons. Então, parabéns para mim! Muitos anos de vida! - JK

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