Sábado frio em Caxias do Sul, inverno. Como de costume, acordo cedo. Abro a janela para ver o nascer do dia, mas tudo o que observo é uma leve neblina e um dia cinza e frio. Bom para ficar em asa lendo um livro, escutando uma boa música ou um filme na telinha.
Como de costume, sábado é dia de faxinar o
apartamento, já que o dinheiro anda escasso e não sobra grana para pagar, semanalmente, a faxineira. Agora, só mensalmente. Mangas arregaçadas e vamos lá.
Arrumar a cama, trocar lençóis, passar aspirador, tirar pó, lavar banheiro e
cozinha, fazer almoço. Ufa, cansei! Vida de dono de casa não é fácil. A gente
faz todo dia e não aparece. Só aparece quando não fizemos.
Serviço concluído, hora de passar um bom café no
tradicional coador de pano e colocar as roupas na máquina. Primeira maquinada lençóis
e fronhas; segunda toalhas, terceira calças e camisetas e a última, meias e
cuecas.
Mas eis que na quarta maquinada, na hora de estender,
eis que surge um mistério, aquele jamais desvendado pela humanidade, aquele que
nem a NASA consegue explicar: o sumiço de uma das meias. Viro a máquina pelo
avesso, vasculho todo o chão e nada. Falta uma única meia. As outras três estão
emparceiradas, mas sempre uma desaparece misteriosamente.
Teria ela sido abduzida por um alienígena? Talvez
dentro da máquina exista um portal que leve as meias para outra dimensão? Fica
a sugestão para um Globo Repórter sobre este tema. Piro que este mistério
continua sem explicação há anos aqui em casa. Alguém sabe me explicar? – JK
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