sábado, 10 de agosto de 2024

O estranho caso do sumiço das meias

 Sábado frio em Caxias do Sul, inverno. Como de costume, acordo cedo. Abro a janela para ver o nascer do dia, mas tudo o que observo é uma leve neblina e um dia cinza e frio. Bom para ficar em asa lendo um livro, escutando uma boa música ou um filme na telinha.

 

Como de costume, sábado é dia de faxinar o apartamento, já que o dinheiro anda escasso e não sobra grana para pagar, semanalmente, a faxineira. Agora, só mensalmente. Mangas arregaçadas e vamos lá. Arrumar a cama, trocar lençóis, passar aspirador, tirar pó, lavar banheiro e cozinha, fazer almoço. Ufa, cansei! Vida de dono de casa não é fácil. A gente faz todo dia e não aparece. Só aparece quando não fizemos.

 

Serviço concluído, hora de passar um bom café no tradicional coador de pano e colocar as roupas na máquina. Primeira maquinada lençóis e fronhas; segunda toalhas, terceira calças e camisetas e a última, meias e cuecas.

 

Mas eis que na quarta maquinada, na hora de estender, eis que surge um mistério, aquele jamais desvendado pela humanidade, aquele que nem a NASA consegue explicar: o sumiço de uma das meias. Viro a máquina pelo avesso, vasculho todo o chão e nada. Falta uma única meia. As outras três estão emparceiradas, mas sempre uma desaparece misteriosamente.

 

Teria ela sido abduzida por um alienígena? Talvez dentro da máquina exista um portal que leve as meias para outra dimensão? Fica a sugestão para um Globo Repórter sobre este tema. Piro que este mistério continua sem explicação há anos aqui em casa. Alguém sabe me explicar? – JK




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