Aos poucos, você foi saindo do meu cotidiano, e eu não sabia lidar com isso. No início, fiquei revoltado e não entendia por que a idade traz tantas limitações. Queria que o tempo respeitasse sua juventude e vitalidade, mas sei que não é assim que funciona.
Sinto saudades de chegar em casa e encontrar seu sorriso e beijo carinhoso. Sinto falta de sua voz me perguntando sobre o meu dia e de seus abraços apertados que me consolavam. Você sempre me dizia que amanhã seria um novo dia, e com um puxão de orelha, me fazia refletir sobre meus erros. Seu cafezinho na hora certa e suas comidinhas caseiras, preparadas com amor, eram o meu refúgio.
Não existe melhor tempero que o amor de mãe. Tudo o que você prepara é mais gostoso porque vem do coração. Embora faça mais de um ano que você foi morar com minha irmã por questões de segurança, eu ainda não me acostumei a ficar sem você. Mas hoje entendo que Deus está me preparando para o futuro, diminuindo o apego e a forte relação mãe e filho que temos. Confesso que dói pensar nisso, mas sei que é necessário para que eu não sofra tanto quando você partir.
Só sei que eu te amo muito, minha mãe, Helena Horária. Você é a minha referência, meu porto seguro, e eu vou carregar sua memória e seu amor comigo para sempre. – JK
Mas esse apego fica doendo muito, muito tempo ainda
ResponderExcluirNão acredito que a minha amiga partiu! Quando que a Helena faleceu?
ResponderExcluirEla não faleceu, foi morar com a filha
ExcluirSei exatamente o que está sentindo, nossas mães começam a morrer aos poucos...os esquecimentos, as limitações as fragilidades do corpo....tbm achei que ficando longe do meu pai ( 25 anos de serra) fosse mais fácil, faz 5 anos que ele se foi e ainda não chorei todo luto . Sinto falta todos os dias. Beijos meu amigo Claudia Zimmer
ResponderExcluirO que vc falou e a pura verdade! Obrigado pelo carinho!
Excluir