Estava ansioso pela chegada da chuva, por temperaturas mais baixas e elas vieram neste domingo. No início, fiquei feliz, até acendi uma vela para meus santinhos para agradecer e pedir que as chuvas não viessem seguidas por temporais. Acredito que fui atendido, ao menos, aqui em Caxias do Sul.
Como moro sozinho e agora, começando a gostar, me
arrisquei a fazer um almoço mais reforçado. O friozinho pedia e até que ficou
bom. Depois de meses, finalmente consegui ficar um domingo em casa de roupão e
usar uma mantinha para maratonar séries na televisão. Confesso que era tudo que
eu queria.
Até pouco, estava tri feliz, mas ao saber da morte
repentina de uma amiga de infância, enfarte fulminante, uma melancolia, seguido
de tristeza, tomaram conta do meu ser. Percebo que a vida é sopro. Num instante
estamos aqui, no outro, não mais.
Fiquei pensando que podia ser eu, afinal, nossa
diferença de idade era pouca. Quantos dias demorariam para sentirem minha falta
e encontrarem meu corpo? Também descobri que nos dias de sol, nunca estamos
sozinhos, pois saímos as ruas e em minutos encontramos um conhecido. Ao
contrário dos dias de chuva, quando a solidão aperta no quarto andar do Paineiras.
- JK
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